
O an�ncio ocorre no mesmo dia em que o Reino Unido inicia uma campanha com 530 mil doses da vacina AstraZeneca em sua luta para controlar a alta de cont�gios que amea�a provocar o colapso do sistema de sa�de p�blica.
Muitos especialistas consideram que a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford ser� um marco nas campanhas de imuniza��o porque n�o exige temperaturas t�o frias para o armazenamento como os f�rmacos da Pfizer-BioNTech e da Moderna.
Isso pode representar um acesso maior � vacina contra a COVID-19 nas regi�es mais pobres do mundo, uma doen�a que j� infectou quase 85 milh�es de pessoas e provocou mais de 1,8 milh�o de mortes, segundo os n�meros oficiais.
Brian Pinker, um brit�nico aposentado de 82 anos, recebeu no Hospital Churchill da Universidade de Oxford a primeira das duas doses da vacina, informou o Servi�o Nacional de Sa�de (NHS).
"Estou muito feliz de receber esta vacina e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford", afirmou, antes de destacar que foi "f�cil".
Cr�ticas � vacina��o lenta
No resto da Europa, os pa�ses da Uni�o Europeia come�aram a imunizar a popula��o em 27 de dezembro com a vacina da Pfizer-BioNTech, mas o avan�o tem sido muito mais lento que nos Estados Unidos, Reino Unido e Israel.
A Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta segunda que n�o n�o se pronunciar� sobre a autoriza��o da vacina da Moderna, enquanto a da AstraZeneca tamb�m aguarda aprova��o.
As cr�ticas foram particularmente intensas na Fran�a, onde em 1º de janeiro apenas 516 pessoas haviam recebido a primeira dose, em compara��o com mais de 200 mil na Alemanha e mais de 85 mil na It�lia, no mesmo per�odo, al�m de cerca de 1 milh�o no Reino Unido.
"Estamos diante de um esc�ndalo de Estado", declarou Jean Rottner, membro do partido de oposi��o de direita Os Republicanos (LR), que exigiu que a vacina��o fosse "acelerada" no pa�s.
Filas para vacina��o na China
Na China, milhares de pessoas formaram filas em Pequim para receber a vacina. As autoridades querem acelerar a campanha antes das viagens de fevereiro, por ocasi�o do Ano Novo lunar.
Somente na capital, mais de 73 mil pessoas receberam a primeira dose entre sexta-feira e domingo, informou a imprensa local.
Pequim administrou nos �ltimos meses 4,5 milh�es de doses de vacinas em car�ter de emerg�ncia, em grande parte n�o aprovadas oficialmente, a maioria em profissionais da sa�de e funcion�rios estatais que trabalham no exterior, segundo as autoridades.
Nos Estados Unidos, as autoridades de sa�de rejeitaram as afirma��es do presidente Donald Trump de que o n�mero de mais de 350 mil mortos no pa�s, o mais afetado do planeta, � exagerado.
A na��o registra mais de 20 milh�es de casos e a administra��o Trump, criticada por sua gest�o da pandemia, come�ou a distribuir as vacinas da Pfizer e do laborat�rio Moderna.
Mas o n�mero de 4,2 milh�es de pessoas vacinas at� o momento est� muito abaixo das previs�es oficiais, que apontavam 20 milh�es at� o Ano Novo.
Mais de 13 milh�es de doses de vacinas foram distribu�das no pa�s, mas os esfor�os para imunizar profissionais de sa�de e pessoas vulner�veis esbarraram em problemas log�sticos e cl�nicas e hospitais sobrecarregados.
"Houve algumas falhas, isso � compreens�vel", afirmou o principal assessor cient�fico do governo, Anthony Fauci, alegando que � um desafio "come�ar um programa de vacina��o em massa e inici�-lo com o p� direito".
Vacinas de emerg�ncia na �ndia
A �ndia, que tem o segundo maior n�mero de casos registrado no mundo de coronav�rus, aprovou no domingo o uso emergencial de duas vacinas, o que abre o caminho para uma das campanhas de vacina��o mais importantes do planeta.
O pa�s do Sul da �sia estabeleceu a meta ambiciosa de vacinar 300 milh�es de seus 1,3 bilh�o de habitantes at� meados de 2021. As autoridades indianas aprovaram a o uso emergencial da vacina da AstraZeneca, assim como do f�rmaco desenvolvido pela empresa local Bharat Biotech.
Por sua vez, Israel, pa�s com o ritmo mais acelerado de vacina��o, anunciou no domingo que dois milh�es de pessoas, quase 20% de sua popula��o, receber�o as duas doses da vacina at� o fim de janeiro.
Enquanto isso, os confinamentos continuam sendo a �nica solu��o que os governos encontram para conter as sucessivas ondas da pandemia.
Al�m da Inglaterra e da Esc�cia, o L�bano anunciou nesta segunda um reconfinamento do pa�s de quinta-feira at� o final de janeiro, em consequ�ncia ao disparo das infec��es pela COVID-19 durante os feriados de fim de ano e a satura��o dos hospitais.