
Pesquisadores no Reino Unido querem que o governo do pa�s inclua quatro sintomas � lista que orienta os pedidos de exame diagn�stico para covid-19.
Ao ampliar o rol de sintomas, seriam identificados 40% mais casos da doen�a, dizem os autores da proposta, que est�o � frente do aplicativo Zoe, um amplo estudo de sintomas da covid feito em parceria com a universidade King's College London.
As autoridades de sa�de, entretanto, temem que um aumento no n�mero de testes possa sobrecarregar o sistema da sa�de.
Como os sintomas s�o bastante comuns e podem surgir a partir das mais diferentes causas, um volume maior de pessoas que n�o est�o infectadas com o coronav�rus tamb�m ser�o testadas.
Os pr�prios pesquisadores envolvidos no estudo estimam que o total de resultados negativos para cada positivo aumentaria de 46 para 95, mas argumentam que o pa�s hoje tem condi��es de fazer frente ao aumento de demanda.
"Os principais sintomas foram cuidadosamente selecionados para identificar aqueles com maior probabilidade de terem covid-19, ao mesmo tempo em que excluem uma grande quantidade daqueles que n�o t�m a doen�a", afirmou um porta-voz do Departamento de Sa�de e Servi�o Social.
A equipe do app Zoe esteve entre as primeiras a identificar a perda de olfato e paladar como sintomas da covid-19.
Isso foi poss�vel gra�as ao volume de informa��es cadastradas no aplicativo, onde brit�nicos com sintomas da doen�a compartilham o que est�o sentindo e, posteriormente, se tiveram diagn�stico positivo ou negativo para a doen�a.
Os sete principais sintomas foram filtrados a partir dos dados fornecidos por 120 mil adultos ao app. Do total, 1,2 mil foram efetivamente diagnosticados com a doen�a.
Para os pesquisadores, o paciente que apresente qualquer um dos sete sintomas deveria estar eleg�vel ao teste de PCR, o "padr�o ouro" do diagn�stico de covid-19, que investiga a presen�a de material gen�tico do v�rus na regi�o da orofaringe e nasofaringe.
"Quando os testes de PCR eram escassos, fazia sentido uma maior restri��o", afirma Claire Steves, que lidera o estudo.

"Agora, o Reino Unido tem testes o suficiente, gra�as ao esfor�o feito pelos laborat�rios em todo o pa�s, e cada diagn�stico positivo ajuda a salvar vidas."
"Sabemos desde o in�cio que focar a testagem apenas nos tr�s sintomas cl�ssicos - tosse, febre e anosmia [perda de olfato] — significa perder uma propor��o significativa dos casos positivos", acrescenta Tim Spector, que tamb�m coordena o projeto.
"Para n�s, a mensagem para o p�blico � clara: 'Se voc� n�o estiver se sentindo bem, isso pode ser covid e voc� deveria ser testado'."
Spector acrescenta que esse aspecto ganhou nova import�ncia recentemente, com a identifica��o no pa�s de variantes mais transmiss�veis do Sars-CoV-2.
Estudo conduzido pelo Escrit�rio Nacional de Estat�sticas (ONS, na sigla em ingl�s) identificou que tosse, fadiga, dor de garganta e dor muscular est�o entre os sintomas mais comuns entre aqueles infectados pela nova variante.
Para a m�dica Margaret McCartney, a conduta poderia chegar a um meio termo, de forma mais pragm�tica. Em entrevista ao programa Inside Health, da BBC Radio 4, ela prop�s que se levasse em conta a gama mais ampla de sintomas para requisi��o de testes em regi�es onde h� sabidamente maior circula��o do v�rus.
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