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Estado de Minas CONFLITO NO ORIENTE M�DIO

Qual o verdadeiro poder de fogo do Hamas contra Israel

Tens�o na regi�o � a maior em d�cadas; Hamas afirma que grupo poderia manter poder de fogo dos ataques dos �ltimos dias por "um per�odo significativo de tempo"


14/05/2021 08:06 - atualizado 14/05/2021 09:23


Hamas e outros grupos palestinos contam com uma variedade de mísseis(foto: Getty Images)
Hamas e outros grupos palestinos contam com uma variedade de m�sseis (foto: Getty Images)

conflito entre grupos palestinos na faixa de Gaza e as For�as Armadas israelenses t�m causado morte e sofrimento em ambos os lados. O conflito, contudo, � bastante assim�trico.

O poder b�lico de Israel � consideravelmente maior. O porte de sua For�a A�rea, seus drones armados e sofisticados sistemas de coleta de informa��o permitem que o pa�s atinja praticamente qualquer alvo em Gaza.

O governo israelense tem repetido que seus ataques se restringem a pontos usados para fins militares.

Gaza �, entretanto, uma regi�o densamente povoada. A popula��o est� muitas vezes pr�xima de instala��es usadas pelos grupos Hamas e Jihad Isl�mica, que em algumas ocasi�es chegam a esconder suas atividades em edif�cios majoritariamente usados por civis. Fatores como esses tornam quase imposs�vel se evitar mortes entre cidad�os comuns.

Embora sejam o lado mais fraco, Hamas e Jihad Isl�mica t�m armas suficientes para atacar Israel e j� experimentaram diferentes t�ticas.

As for�as de defesa israelenses derrubaram, por exemplo, um drone - possivelmente armado - que tentava atravessar a fronteira a partir de Gaza.

Um porta voz do Ex�rcito israelense mencionou que uma "unidade de elite do Hamas" j� havia tentado se infiltrar em Israel por um t�nel constru�do no sul de Gaza. Os militares israelenses teriam sido alertados sobre a investida e, segundo o porta-voz, conseguiram fazer com que o t�nel fosse implodido.


Israel afirma que mais de mil foguetes foram lançados a partir de Gaza desde a noite de segunda(foto: Reuters)
Israel afirma que mais de mil foguetes foram lan�ados a partir de Gaza desde a noite de segunda (foto: Reuters)

O armamento mais significativo no arsenal palestino s�o, de longe, seus m�sseis superf�cie-superf�cie.

Parte deles, acredita-se, entra em Gaza por t�neis cavados a partir da pen�nsula do Sinai, no Egito. Essa tamb�m seria a origem de outros artefatos que t�m sido usados nos �ltimos dias, como os m�sseis guiados antitanque Kornet.

A maior parte do arsenal de Hamas e Jihad Isl�mica vem, contudo, da pr�pria faixa de Gaza, que conta com uma capacidade produtiva relativamente complexa e sofisticada para esses armamentos.

Especialistas internacionais, inclusive israelenses, acreditam que o know-how iraniano e a assist�ncia do pa�s tenham um papel importante no crescimento da ind�stria b�lica na regi�o.

Locais de fabrica��o e armazenamento de armas est�o entre os alvos israelenses na mais recente escalada de viol�ncia na regi�o.


Forças Amadas israelenses empreenderam centenas de ataque a Gaza(foto: Reuters)
For�as Amadas israelenses empreenderam centenas de ataque a Gaza (foto: Reuters)

Estimar a dimens�o exata do arsenal do Hamas � imposs�vel, mas ele certamente inclui milhares de armas de diferentes alcances. Os militares israelenses t�m suas pr�prias estimativas - que n�o chegam, contudo, a compartilhar com o p�blico.

Um porta-voz se limita a dizer que o grupo poderia manter o poder de fogo dos ataques dos �ltimos dias por "um per�odo significativo de tempo".

Os grupos palestinos t�m usado diferentes tipos de m�sseis, nenhum deles novo em termos de design b�sico. De forma geral, contudo, as armas t�m apresentado alcance maior e cargas explosivas mais potentes.

O Hamas opera uma variedade de m�sseis de longo alcance como o M-75, que avan�a at� 75 km, o Fajr (at� 100 km) e o R-160 (at� 120 km). Tamb�m conta com alguns M-302s, que chegam ainda mais longe, at� 200 km.

Assim, o grupo teria capacidade de atingir tanto Jerusal�m quanto Tel Aviv, al�m da faixa costeira, que concentra maior densidade populacional e infraestrutura.

H� ainda um vasto estoque de m�sseis de menor alcance como o Qassam, que chega a 10 km, e os Quds 101, que atingem 16 km. O arsenal � refor�ado pelos m�sseis Grad e Sejil 55, ambos com alcance at� 55 km.

O Ex�rcito israelense diz que mais de mil foguetes foram disparados contra o pa�s nos �ltimos tr�s dias. Outros 200 teriam ca�do na pr�pria Faixa de Gaza, um poss�vel indicativo dos problemas oriundos de um processo de produ��o disperso e ainda pouco desenvolvido.

Entre os m�sseis que cruzaram a fronteira, 90% foram interceptados pelo sistema antim�sseis Domo de Ferro, ainda de acordo com as For�as Armadas israelenses.


(foto: BBC)
(foto: BBC)

Apesar do sucesso, a estrutura que defendia a cidade de Ashkelon chegou a parar de funcionar momentaneamente por um problema t�cnico, mostrando que o escudo n�o � uma rede capaz de deter absolutamente todos os m�sseis que cruzam seu espa�o a�reo.

As op��es para combater os ataques de m�sseis s�o limitadas. H� defesas antim�sseis, os bombardeios aos dep�sitos que guardam as armas e, pelo menos em teoria, as opera��es terrestres que empurram os lan�adores de m�sseis a �reas em que n�o tenham alcance efetivo.

Parte da vulnerabilidade dos palestinos reside no fato de que eles n�o t�m uma estrat�gia sofisticada de combate e est�o territorialmente limitados, n�o t�m para onde ir.

Uma opera��o terrestre para reprimir o poder de fogo dos m�sseis seria poss�vel, mas o custo humano seria consider�vel, como aconteceu na �ltima grande incurs�o de Israel em Gaza em 2014.

Foram mortos 2.251 palestinos, incluindo 1.462 civis. Do lado israelense, foram 67 soldados e seis civis.


Faixas de luz são vistas em Ashkelon no momento em que o sistema antimísseis Domo de Ferro de Israel intercepta foguetes lançados de Gaza(foto: Reuters)
Faixas de luz s�o vistas em Ashkelon no momento em que o sistema antim�sseis Domo de Ferro de Israel intercepta foguetes lan�ados de Gaza (foto: Reuters)

O ciclo repetitivo de ataques de foguete, resposta e incurs�o terrestre n�o leva qualquer dos lados a lugar nenhum.

Diante dos acordos de paz selados entre outras na��es �rabes e Israel, da divis�o pol�tica entre os palestinos - hoje aparentemente mais aguda do que nunca -, e as prioridades da agenda do governo israelense, que passam longe da contenda com os vizinhos, � dif�cil enxergar possibilidade de progresso em dire��o � paz no conflito palestino-israelense.

Para que isso fosse poss�vel, seria necess�rio que houvesse um desejo genu�no de avan�o de ambos os lados e um esfor�o consistente de atores externos. Essas condi��es n�o parecem estar presentes.

Jonathan Marcus � analista de rela��es internacionais e foi rep�rter de defesa e diplomacia da BBC News

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