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Estado de Minas ESTADOS UNIDOS

Governo dos Estados Unidos alerta cubanos a n�o tentarem ir ao pa�s por mar

Secret�rio de Seguran�a dos Estados Unidos frisou que todos que tentarem ser�o repatriados


14/07/2021 08:00 - atualizado 14/07/2021 10:46

(foto: AFP / Johan ORDONEZ)
(foto: AFP / Johan ORDONEZ)
O governo americano alertou, nesta ter�a-feira (13/7) aos cubanos a n�o tentar chegar aos Estados Unidos por mar, destacando os riscos e advertindo que ser�o repatriados caso o fa�am. O alerta foi feito dois dias depois dos maiores protestos contra o governo cubano desde o chamada "maleconazo", em 1994, quando milhares de pessoas tomaram o cal�ad�o � beira-mar de Havana para protestar contra as condi��es de vida na ilha ap�s a queda da Uni�o Sovi�tica. Meses depois, mais de 35 mil cubanos deixaram a ilha para ir para os EUA.

"Nunca � o momento adequado para tentar migrar por mar", disse o secret�rio de Seguran�a Interna, Alejandro Mayorkas, um cubano-americano. "N�o vale a pena correr o risco. Deixem-me ser claro, caso se lancem ao mar n�o ser� para ir para os EUA."

Desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo no fim de janeiro, o n�mero de cubanos que chegam � fronteira entre o M�xico e os EUA aumentou drasticamente. De outubro at� maio, as autoridades de fronteira encontraram mais de 22 mil cubanos, o n�vel mais alto em mais de uma d�cada. E, em uma ruptura brusca com as pol�ticas de seu antecessor, Donald Trump, Biden tem permitido a entrada de muitos imigrantes, enquanto aguardam o resultado de seus pedidos de asilo.

Em dezembro de 2020, o �ltimo m�s completo da presid�ncia de Trump, quase dois ter�os de todos os cubanos pegos cruzando a fronteira foram expulsos para o M�xico sob uma ordem de sa�de relacionada � pandemia conhecida como T�tulo 42. Em maio deste ano, os �ltimos dados dispon�veis, 96% dos cubanos foram autorizados a entrar nos EUA para se reunirem com parentes residentes no pa�s e buscarem status legal no tribunal de imigra��o.

A Guarda Costeira dos EUA e o grupo de exilados cubanos Movimento pela Democracia tamb�m pediram aos cubanos que vivem principalmente na Fl�rida que n�o organizem flotilhas para retirar as pessoas de Cuba.

O governo cubano aumentou a presen�a de seguran�a nas ruas, principalmente com policiais � paisana, ap�s os protestos se espalharem por v�rias cidades e Havana. Segundo a Organiza��o Human Rights Watch, pelo menos 150 pessoas foram detidas durante os protestos. O governo confirmou ontem que um homem de 36 anos, identificado como Diubis Laurencio Tejeda, morreu durante os dist�rbios na periferia de Havana.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, exortou ontem o governo de Havana a "respeitar a voz do povo cubano", restaurando a internet e outros meios de comunica��o na ilha, ao mesmo tempo em que pediu a liberta��o dos presos.

O governo cubano n�o admite que houve bloqueio � internet na ilha, mas o presidente Miguel D�az-Canel acusou os cubanos no ex�lio de usar as redes sociais para "criar inconformismo, insatisfa��o e manipular as emo��es e os sentimentos" na ilha.

"N�o h� internet nos celulares. S� conseguimos acessar por meio de um servi�o de VPN nas casas ou em alguns parques com Wi-Fi e isso n�o � em todos os lugares. Meus primos na regi�o oriental (do pa�s) n�o t�m internet de jeito nenhum, disse ao Estad�o o cubano Rafael A.B. Moreno que mora em Vedado, regi�o central de Havana.

Ele n�o era o �nico a ter dificuldades com a comunica��o ontem. Muitos cubanos acreditam que est�o vivendo um "apag�o" em raz�o dos protestos do domingo, que se espalharam depois da divulga��o nas redes sociais da manifesta��o em San Antonio de Los Ba�os.

Segundo Doug Madory, diretor de an�lise de internet na Kentikinc, que monitora o acesso � rede na web, no domingo � tarde - dia das manifesta��es que surpreenderam o governo - a conex�o de e para Cuba foi interrompida por 30 minutos e, na segunda-feira, ficou inst�vel durante toda a tarde.

Em Havana Velha, bairro hist�rico da capital, a comunica��o estava mais dif�cil ontem, mas ainda era poss�vel. "Meu pai conseguiu falar comigo de l�, disse que as ruas ali estavam calmas, sem muita presen�a militar, mas n�o conseguia saber o que estava ocorrendo em outras partes do pa�s", diz Salom� Garc�a Bacallao, cubana que h� tr�s anos vive na Espanha.

Energia

Fontes do governo afirmam que a ilha sofre com problemas de corte de energia e n�o est�o sendo realizados bloqueios ao servi�o de internet.

"O governo vai tentar controlar redes sociais, pode ser uma t�tica para conter as manifesta��es, afinal o provedor � estatal, mas � um tiro pela culatra, pois � poss�vel usar um provedor por sat�lite ou superpotente dentro de sua casa", explica Mois�s Marques, coordenador de Rela��es Internacionais da Funda��o Escola de Sociologia e Pol�tica de S�o Paulo (Fesp-SP).

Para Marques, � imposs�vel dizer agora qual ser� a extens�o dos protestos e seu resultado pol�tico, mas o acesso �s redes sociais � inevit�vel.

"Existe uma gera��o jovem com acesso � internet, muitos andam com celular, t�m acesso ao conte�do de blogueiros, n�o � � toa que a m�sica que faz sucesso hoje � de gente com conex�o em Miami. Agora, esses jovens t�m acesso a tudo isso, mas n�o t�m como escoar", afirma. (Com ag�ncias internacionais)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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