
Pelo menos 176 contas, a maioria no Twitter, de jornalistas, parlamentares, influenciadores e cidad�os, al�m de meios de comunica��o e ONGs, foram bloqueadas pelo presidente, segundo pesquisa da HRW publicada em seu site, na qual estima que o n�mero total pode ser maior.
Bolsonaro est� tentando eliminar as pessoas e institui��es que discordam dele de suas contas nas redes sociais e, assim, transformar essas redes em espa�os onde apenas aplausos s�o permitidos, disse Maria Laura Canineu, diretora para o Brasil da entidade.
Essa a��o, disse ela, � parte de uma estrat�gia mais ampla para silenciar ou marginalizar aqueles que o criticam.
As redes sociais s�o um meio de comunica��o crucial para o presidente de extrema direita, como canal de propaganda, ataques a advers�rios e intera��o com apoiadores.
No Twitter, ele tem quase sete milh�es de seguidores. No Facebook, onde faz uma transmiss�o semanal ao vivo, tem cerca de 14 milh�es, e no Instagram, 18,6 milh�es. Portanto, o ato de bloquear dificulta a estes usu�rios obterem informa��es do governo, disse a HRW.
Por n�o poder interagir com as postagens, como responder ou comentar, n�o permite que pessoas bloqueadas participem de debates p�blicos, viola a liberdade de express�o e as discrimina por causa de suas opini�es, acrescentou.
No caso dos jornalistas, a impossibilidade de fazer perguntas ou solicitar informa��es � contr�ria � liberdade de imprensa, avalia a HRW.
O ministro das Comunica��es, F�bio Faria, considerou os bloqueios um direito individual. "Uma coisa � a rede do governo, o site da Secom, outra coisa � da pessoa f�sica Jair Bolsonaro", afirmou durante entrevista coletiva virtual com correspondentes internacionais.
"Se a pessoa chega l� e posta uma foto jogando futebol com a cabe�a dele, chamando ele de genocida, por que n�o vai poder excluir essa pessoa", questionou Faria, rejeitando que o bloqueio de Bolsonaro impe�a qualquer pessoa de acessar informa��es oficiais.
Sem resposta do governo, a estimativa da HRW vem de uma consulta nas redes sociais em abril e junho. Os 176 bloqueios confirmados pela ONG ocorreram depois de publica��es cr�ticas ao governo, segundo os titulares dos perfis.
Por outro lado, Bolsonaro reclama das limita��es das redes, que eliminaram suas postagens com informa��es falsas.