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Estado de Minas CABUL

Cabul recebe 1� voo comercial internacional ap�s Talib� voltar ao poder

Aeroporto da capital afeg� estava praticamente inoperante desde que os Estados Unidos conclu�ram sua ca�tica sa�da em 30 de agosto


13/09/2021 07:40 - atualizado 13/09/2021 09:43

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(foto: Aamir QURESHI / AFP)
Um avi�o da companhia paquistanesa PIA se tornou, nesta segunda-feira (13/9), o primeiro voo comercial internacional a pousar e decolar do aeroporto de Cabul, desde que os talib�s recuperaram o poder no Afeganist�o em 15 de agosto passado.

O aeroporto estava praticamente inoperante desde que as tropas dos Estados Unidos conclu�ram sua ca�tica sa�da em 30 de agosto, ap�s uma fren�tica opera��o de retirada que permitiu a fuga de mais de 120.000 pessoas do pa�s.

Desde ent�o, as novas autoridades afeg�s tentavam retomar as opera��es no aeroporto, com a ajuda t�cnica do Catar e de outros pa�ses.

Nesta segunda-feira, um avi�o da Pakistan International Airlines procedente de Islamabad pousou �s 10h30 locais (3h de Bras�lia), antes de decolar horas depois rumo � capital paquistanesa.

Quase 70 pessoas estavam a bordo do voo para Islamabad, em sua maioria parentes de funcion�rios de organiza��es internacionais, como o Banco Mundial, informaram fontes aeroportu�rias.

"Estou sendo retirado. Meu destino final � o Tadjiquist�o", disse uma mulher de 35 anos que trabalha para o Banco Mundial e que n�o revelou a identidade.
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(foto: Aamir QURESHI / AFP)

"Retornarei apenas se a situa��o permitir que as mulheres trabalhem e se movimentem livremente", completou.

Um estudante universit�rio de 22 anos afirmou que pretende ficar um m�s no Paquist�o.

"� como f�rias. Estou triste e feliz. Triste pelo pa�s, mas feliz de partir por certo tempo", destacou.

No voo que pousou em Cabul, "quase n�o havia ningu�m no avi�o, umas dez pessoas (...), talvez mais membros da tripula��o que passageiros", relatou um jornalista da AFP que estava a bordo.

A retomada dos voos comerciais � o primeiro sinal de normaliza��o econ�mica do pa�s e um teste para o Talib�. Em v�rias ocasi�es, o grupo prometeu que permitir� a sa�da livre dos afeg�os que estiverem com a documenta��o em ordem.

V�rios pa�ses-membros da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) admitiram que n�o tiveram tempo de retirar milhares de afeg�os sob risco antes do prazo de 31 de agosto estabelecido por Washington para deixar o pa�s.

Os �ltimos dias da presen�a americana foram marcados pelo atentado cometido no aeroporto de Cabul, em 26 de agosto, pelo bra�o local do grupo extremista Estado Isl�mico (EI). Mais de 100 pessoas morreram, incluindo 13 soldados americanos.
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(foto: Karim SAHIB / AFP)

"Bem-vindos ao Afeganist�o"

Na semana passada, dois voos charter da Qatar Airways decolaram para transportar cidad�os estrangeiros e afeg�os que n�o conseguiram deixar o pa�s em agosto.

Al�m disso, uma companhia a�rea afeg� retomou os voos dom�sticos em 3 de setembro.

No fim de semana, a companhia paquistanesa PIA anunciou que pretende retomar os voos comerciais. Destacou, no entanto, que � muito cedo para informar a frequ�ncia das conex�es entre as duas capitais.

"� um momento importante. Estamos muito emocionados", disse � AFP um funcion�rio do aeroporto de Cabul vestido com uma longa t�nica azul tradicional.

"� um dia de esperan�a. Outras companhias a�reas podem ver isso e decidir voltar", completou.

Na pista do aeroporto, estava um �nibus, com a frase "Bem-vindos ao Afeganist�o", que deveria transportar os passageiros at� o terminal. Todos decidiram percorrer a dist�ncia a p�.

As salas de espera, as passarelas de embarque e outras infraestruturas t�cnicas ficaram gravemente danificadas nos dias posteriores ao retorno dos talib�s, quando milhares de pessoas seguiram aterrorizadas para o aeroporto.

Muitos afeg�os temem repres�lias por terem ajudado as pot�ncias estrangeiras durante os 20 anos de ocupa��o dos Estados Unidos e de seus aliados. O Talib� prometeu uma anistia geral, incluindo para as for�as de seguran�a contra as quais lutaram nas �ltimas d�cadas.

O grupo tamb�m prometeu instaurar um regime mais tolerante do que o imposto entre 1996 e 2001, mas j� deu sinais contr�rios, como a proibi��o de manifesta��es n�o autorizadas, ou tiros para o alto para dispersar protestos.


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