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Estado de Minas INTERFER�NCIA NAS ELEI��ES

R�ssia mant�m ofensiva contra gigantes da internet na v�spera de elei��es

Americanos Twitter, Google e Facebook s�o acusados de m� modera��o de conte�do, principalmente de pol�tica, e foram questionados pelo presidente Vladimir Putin


14/09/2021 10:30 - atualizado 14/09/2021 12:33

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(foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS /AFP)
A Justi�a russa condenou Facebook e Twitter a mais multas, nesta ter�a-feira (14/9), em meio a uma ofensiva contra as gigantes americanas da Internet, acusadas de interfer�ncia na corrida para as elei��es legislativas desta semana.

H� v�rios meses, a R�ssia refor�a o cerco �s redes sociais estrangeiras, porque o movimento de oposi��o do principal cr�tico do Kremlin, Alexei Navalny, tem um p�blico muito grande na Internet.

J� condenados v�rias vezes por se recusarem a remover conte�dos, apesar das ordens de Moscou, o Facebook e o Twitter foram multados em 21 milh�es e 5 milh�es de rublos (245.000 e 58.200 euros), respectivamente, por um tribunal de Moscou.

Fundado pelo russo Pavel Durov, que vive no exterior, o aplicativo de mensagens Telegram foi multado em 9 milh�es de rublos (105.000 euros).

Os americanos Facebook, Twitter e Google s�o acusados de m� modera��o de conte�do, principalmente de conte�do pol�tico, e foram questionados diretamente pelo presidente Vladimir Putin.

Moscou acusa-os de terem deixado passar conte�do de apologia �s drogas, ou ao suic�dio, de n�o retirarem publica��es convocando manifesta��es a favor da oposi��o, ou de n�o armazenarem na R�ssia os dados de seus usu�rios russos.

Esta ofensiva de Moscou foi acentuada com a aproxima��o das elei��es legislativas marcadas para 17 a 19 de setembro. A disputa se d� sem a participa��o de Navalny, na pris�o desde janeiro deste ano, e de seus aliados, exclu�dos da vota��o, ou for�ados ao ex�lio - especialmente depois que seu movimento foi declarado "extremista" por parte do governo.

Ainda assim, o grupo promove uma estrat�gia de "voto inteligente", convocando os russos de cada distrito a votarem no candidato, seja qual for seu partido, em melhor posi��o para derrotar o que est� no poder.

Este m�todo tem tido algum sucesso nas elei��es locais desde 2019, sobretudo, em Moscou.

"Interfer�ncia eleitoral"

As autoridades responderam, bloqueando o acesso ao site que organiza este "voto inteligente", e exigiram que Google e Apple retirassem o aplicativo correspondente de suas lojas. Os dois gigantes parecem n�o ter atendido a estes pedidos.

Diante dessa recusa, Moscou acusou Google e Apple, na sexta-feira (10), de "interfer�ncia eleitoral" e amea�ou ambas as empresas americanas com a abertura de um processo criminal contra elas.

Uma fonte do Minist�rio russo das Rela��es Exteriores disse � AFP, na segunda-feira (13), que o "voto inteligente" de Navalny est� ligado aos "servi�os secretos americanos". A Chancelaria alega que o desenvolvedor russo do aplicativo tamb�m trabalha para uma empresa aeroespacial, cujos executivos s�o ex-funcion�rios de alto escal�o do Pent�gono.

Em meio � estagna��o econ�mica e aos esc�ndalos de corrup��o, o partido do presidente Vladimir Putin, R�ssia Unida, sofre com a baixa popularidade. De acordo com o instituto de pesquisas pr�ximo �s autoridades Vtsiom, a sigla tem apenas 27,3% de opini�es favor�veis.

Deve, no entanto, vencer as elei��es legislativas, em particular porque as vozes cr�ticas ao poder, que poderiam se beneficiar desse descontentamento, foram exclu�das da disputa.

Al�m disso, as autoridades russas aumentaram seu controle sobre a Internet, o �ltimo espa�o onde as vozes cr�ticas ainda podiam se expressar de forma relativamente livre no pa�s.

Recentemente, Moscou bloqueou v�rios VPNs muito usados para contornar a censura aos sites da oposi��o.

As autoridades tamb�m est�o desenvolvendo um pol�mico sistema de "Internet soberana" que acabar� por isolar o segmento russo da rede mundial de computadores, separando-o dos principais servidores globais.

As autoridades russas negam querer construir uma rede nacional sob controle, como � o caso da China, mas � isso que as ONGs e opositores temem.

No final de janeiro, o presidente Putin estimou que os gigantes da Internet estavam, "de fato, em competi��o com os Estados", e denunciou suas "tentativas de controlar brutalmente a sociedade".


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