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Estado de Minas AFEGANIST�O

Mulheres afeg�s protestam, indignadas por restri��es impostas pelo Talib�

As mulheres afeg�s, embora ainda marginalizadas, fizeram progressos not�veis nos �ltimos 20 anos, tornando-se poilciais, deputadas, pilotos ou ju�zas


20/09/2021 08:38 - atualizado 20/09/2021 09:56

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(foto: BULENT KILIC / AFP)
As restri��es do Talib� ao trabalho das mulheres no Afeganist�o entraram em vigor nesta segunda-feira (20/9), gerando indigna��o pela perda de direitos para professoras e alunas do ensino m�dio.

Apesar de ter prometido uma vers�o mais branda de seu regime brutal e repressivo de 1996 a 2001, os fundamentalistas isl�micos est�o aumentando seu controle sobre a liberdade das mulheres, um m�s depois de assumir o poder no Afeganist�o.

"Poderia estar morta", diz uma mulher, expulsa de um cargo importante no minist�rio das Rela��es Exteriores. "Eu estava encarregada de um departamento inteiro e tinha muitas mulheres trabalhando comigo (...) Agora todas perdemos o emprego", conta � AFP, pedindo anonimato por temer repres�lias.

O prefeito em exerc�cio de Cabul declarou que os cargos municipais ocupados por mulheres agora ter�o que ser assumidos por homens.

Tudo isso no momento em que o minist�rio da Educa��o ordenou que professores e alunos do sexo masculino voltassem �s escolas de ensino m�dio neste final de semana, mas sem falar nas milh�es de professoras e alunas no pa�s.

O Talib� fechou na sexta-feira o antigo minist�rio da Mulher, implementado pelo governo anterior, que ser� substitu�do por outro, j� famoso durante o passado regime talib�, com o objetivo de refor�ar a doutrina religiosa.

Muitas mulheres afeg�s temem nunca mais trabalhar.

Governo sem mulheres

O novo governo do Talib� anunciou h� duas semanas que n�o teria mulheres no gabinete.

As mulheres afeg�s, embora ainda marginalizadas, fizeram progressos not�veis nos �ltimos 20 anos, tornando-se ju�zas, pilotos, deputadas ou policiais, embora a situa��o tenha ocorrido principalmente nas grandes cidades.

Centenas de milhares delas entraram no mercado de trabalho, muitas vezes for�adas como vi�vas ou como apoio a maridos deficientes no contexto de duas d�cadas de conflito armado.

Mas desde seu retorno ao poder em 15 de agosto, o Talib� parece n�o querer preservar esses direitos.

Quando questionados, os l�deres talib�s dizem que as mulheres s�o sugeridas a ficar em casa para sua pr�pria seguran�a, mas que ter�o permiss�o para trabalhar assim que as regras de separa��o estiverem em vigor.

"E quando isso vai acontecer?", questionou uma professora nesta segunda. "Isso aconteceu da �ltima vez. Disseram que poder�amos voltar a trabalhar, mas nunca aconteceu", acrescenta.

Durante o �ltimo regime talib�, as mulheres foram amplamente exclu�das da vida p�blica e n�o eram autorizadas a deixar suas casas, exceto na companhia de um parente do sexo masculino.

Na sexta-feira, em Cabul, o minist�rio para a Promo��o da Virtude e Preven��o do V�cio foi instalado no mesmo pr�dio que abrigava o antigo minist�rio da Mulher.

E no domingo, algumas mulheres protestaram brevemente do lado de fora do pr�dio, mas se dispersou quando os oficiais do Talib� apareceram.

Nenhum respons�vel do novo regime concordou em comentar esta situa��o.

Em Herat, uma autoridade do setor educacional insistiu que o retorno de alunas e professoras �s escolas � uma quest�o de tempo e n�o de pol�tica.

"N�o est� claro quando isso vai acontecer: amanh�, na pr�xima semana, no pr�ximo m�s, n�o sabemos", disse Shahabudin Saqib � AFP.

"N�o depende de mim, porque tivemos uma grande revolu��o no Afeganist�o", acrescentou.

Os Estados Unidos expressaram "profunda preocupa��o" com o futuro das estudantes no Afeganist�o.

"� essencial que todas as meninas, mesmo as mais velhas, possam retomar seus estudos sem mais atrasos", disse a ag�ncia da ONU para crian�as, Unicef.


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