
A pol�cia do Paraguai investiga a morte do brasileiro Rog�rio Laurete Buosi, 26 anos, no s�bado (25/9). O corpo dele foi encontrado na casa em que morava alvejado por 11 tiros no total. Sete disparos o atingiram na cabe�a, tr�s no bra�o e um na m�o esquerda. Ao lado do rapaz, um bilhete dizia: "N�o roubar na fronteira. Juss Front". A assinatura faz refer�ncia ao grupo de exterm�nio autointitulado Justiceiros da Fronteira.
Natural de Rondon�polis (MT), a fam�lia do rapaz mora em Ara�atuba, interior de S�o Paulo, onde ele foi sepultado na segunda-feira (27/9). De acordo com os familiares, Rog�rio havia se mudado h� dois meses para a cidade paraguaia Pedro Juan Caballero, que faz divisa com Ponta Por�, Mato Grosso do Sul. Ele morava com amigos e n�o era investigado pela pol�cia local por cometer qualquer tipo de crime.
Ainda assim, o bilhete deixado ao lado do corpo levantou a hip�tese de que Rog�rio fosse autor de algum tipo de furto ou roubo. Isso porque o grupo de exterm�nio que atua na divisa entre Brasil e Paraguai � conhecido por matar pessoas com hist�rico de crimes similares. Em entrevista ao portal G1, a irm� da v�tima, Ana Lara Batista Leal, desabafou sobre as circunst�ncias do crime.
"Ele gostava de viver a vida intensamente, mas n�o estava roubando. Acredito que colocaram o papel para disfar�ar. Ficou um coment�rio de que meu irm�o mereceu morrer porque era ladr�o. Al�m de passarmos pelo sofrimento, temos que aturar o julgamento das pessoas", declarou.
Ana Lara reclama ainda que a fam�lia n�o recebeu qualquer informa��o da pol�cia paraguaia ou das autoridades brasileiras que atuam na fronteira. "O que ficamos sabendo � que meu irm�o foi encontrado morto pela amiga. Eles estavam bebendo em algum lugar, mas meu irm�o decidiu voltar para a casa", lembrou.