
"As pessoas que n�o est�o vacinadas representam uma maioria substancial daqueles que precisam de cuidados intensivos e contribuem, de maneira desproporcional, para a press�o sobre a nossa infraestrutura de sa�de", disse o Minist�rio da Sa�de em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 8.
Cingapura registrou cerca de 91.000 novas infec��es por coronav�rus nos �ltimos 28 dias, 98,7% das quais eram casos assintom�ticos ou leves, de acordo com o Minist�rio da Sa�de.
O territ�rio enfrenta sua pior onda de cont�gios desde o in�cio da pandemia, com 2.000 a 3.000 novos casos por dia e algumas mortes. Em 8 de novembro, 1.725 pessoas foram hospitalizadas com o v�rus. Destes, segundo o Minist�rio da Sa�de, 301 necessitaram de oxig�nio, 62 est�o na unidade de terapia intensiva e 67 est�o gravemente enfermos e intubados. Isso colocou a atual taxa de uso de UTI de Cingapura em 68,5%.
"Embora isso ainda seja administr�vel aumentando nossa for�a de trabalho de sa�de, n�o devemos baixar a guarda e evitar o ressurgimento de casos que podem mais uma vez amea�ar sobrecarregar nosso sistema de sa�de", disse o Minist�rio da Sa�de na segunda-feira, 8.
At� agora, o governo cobriu os gastos m�dicos de seus cidad�os e de alguns residentes infectados com o v�rus, exceto os que tiveram resultado positivo logo ap�s retornar de uma viagem ao exterior.
A partir de 8 de dezembro, por�m, as autoridades come�ar�o a cobrar a fatura dos pacientes com COVID-19 que tenham se negado a se vacinar.
Hoje, o governo agora paga a conta de qualquer cidad�o de Cingapura, residente permanente e portador de um passe de trabalho de longo prazo que esteja doente com COVID-19, a menos que o teste seja positivo logo ap�s retornar do exterior.
"Isso foi feito para evitar que considera��es financeiras aumentassem a incerteza e preocupa��o do p�blico quando a COVID-19 era uma doen�a emergente e desconhecida", disse o Minist�rio da Sa�de em seu comunicado.
"At� que a situa��o da COVID-19 esteja mais est�vel", acrescentou, o pa�s continuar� a cobrir os custos m�dicos dos vacinados, bem como para os que ainda n�o podem tomar a vacina: crian�as com 12 anos ou menos e pessoas com certas condi��es m�dicas. Pessoas parcialmente vacinadas em Cingapura estar�o cobertas at� 31 de dezembro.
O sistema de sa�de de Cingapura � considerado um dos melhores do mundo. Um estudo de 2017 no principal jornal m�dico do mundo, o The Lancet, mostrou que Cingapura ficou em primeiro lugar entre 188 pa�ses nos esfor�os para cumprir as metas de desenvolvimento sustent�vel relacionadas � sa�de estabelecidas pelas Na��es Unidas para 2030.
O modelo de Cingapura, no entanto, mistura presta��o de servi�os de sa�de p�blicas e privadas. Existem hospitais p�blicos e privados, bem como v�rios n�veis de cuidados. S�o cinco classes: A, B1, B2 +, B2 e C. A "A" oferece um quarto privativo, banheiro pr�prio, ar-condicionado e m�dico � escolha. A "C" d� a voc� uma enfermaria aberta com sete ou oito outros pacientes, um banheiro compartilhado e qualquer m�dico designado para voc�. Mas escolher "A" significa que voc� paga por tudo. Escolher "C" significa que o governo paga at� 80% dos custos. Al�m disso, todos os trabalhadores s�o obrigados a colocar uma porcentagem de seus ganhos em economias para o futuro e poupan�a sa�de - exatamente para arcar com estes custos.
Sob esse sistema, as contas para os n�o vacinados ainda ser�o "altamente apoiadas e altamente subsidiadas", disse o ministro da Sa�de, Ong Ye Kung, em entrevista coletiva na segunda-feira. "Os hospitais realmente preferem n�o ter de cobrar esses pacientes", disse Ong. "Mas temos que enviar este importante sinal para exortar todos a se vacinarem, se voc� for eleg�vel."
No in�cio da pandemia, Cingapura contava com ampla vigil�ncia, rastreamento de contatos e restri��es r�gidas de movimento para manter o n�mero de casos de v�rus baixo. A cidade-estado fortemente vigiada desde ent�o come�ou a aliviar algumas restri��es relacionadas ao v�rus. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)