
O governo do Equador trocou nesta segunda-feira (15/11) o chefe do comando conjunto das For�as Armadas e tamb�m o respons�vel pelas penitenci�rias, em meio a uma crise carcer�ria com assassinatos que deixaram mais de 320 presos mortos este ano e uma luta contra o narcotr�fico.
O presidente Guillermo Lasso "aceitou a ren�ncia" tanto do chefe do comando conjunto, vice-almirante Jorge Cabrera, como do diretor do �rg�o encarregado das pris�es (SNAI), Bol�var Garz�n, informou a secretaria de Comunica��o da presid�ncia em nota.
O governador tomou essas decis�es em reuni�o com os ministros do Governo e da Defesa, assim como com os chefes militares e de pol�cia para "definir as principais a��es a seguir executando diante da situa��o carcer�ria", acrescenta o texto, embora n�o especifique os motivos das ren�ncias.
Lasso nomeou como novo chefe do comando conjunto o general Orlando Fuel, que ocupava o posto de comandante do Ex�rcito, e deixou a dire��o do SNAI � cargo de Marlo Brito, at� ent�o titular do Centro de Intelig�ncia Estrat�gica (CIES). O general Luis Burbano ficou com o comando do Ex�rcito.
Estados de exce��o
Entre sexta e s�bado, houve um massacre de 68 presos na principal penitenci�ria do porto de Guayaquil , palco tamb�m de outro confronto armado entre gangues ligadas ao tr�fico de drogas em setembro, com 119 mortes, que constituiu um dos maiores massacres carcer�rios da Am�rica Latina.O governo informou no domingo que "atualmente n�o h� incidentes nos centros de priva��o de liberdade do pa�s", que enfrentam uma crise h� anos devido � viol�ncia e uma superpopula��o de 30%.

Frente � situa��o, Lasso decretou dois estados de exce��o: um em 30 de setembro por 60 dias para as pris�es, e outro em 18 de outubro tamb�m por 60 dias, mobilizando militares nas ruas em apoio � pol�cia em patrulhas e buscas.
Mas o Tribunal Constitucional limitou seu alcance, proibindo a entrada de militares nas pris�es, limitando sua presen�a no exterior at� o final deste m�s, e determinando que patrulhassem as ruas por no m�ximo 30 dias.
A taxa de homic�dios no pa�s subiu de 7,8 por 100 mil habitantes em 2020 para 10,6 entre janeiro e outubro de 2021, segundo o governo do Equador, que apreendeu mais de 155 toneladas de drogas este ano, um novo recorde.
Os massacres carcer�rios s�o sangrentos, com corpos queimados, decapitados e desmembrados. Os presos se enfrentam com armas de fogo e explosivos.