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Estado de Minas MASSAGENS E ESTUPROS

J�ri declara socialite brit�nica Ghislaine Maxwell culpada de crimes sexuais

As acusa��es contra Maxwell remetem ao per�odo entre 1994 e 2004, quando ela namorava o consultor financeiro Jeffrey Epstein


30/12/2021 00:27 - atualizado 30/12/2021 08:44

Ghislaine Maxwell e Jeffrey Esptein
Ghislaine Maxwell e Jeffrey Esptein (foto: Handout, Laura Cavanaugh / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / New York State Sex Offender Registry / AFP)


A socialite brit�nica Ghislaine Maxwell foi declarada culpada de crimes sexuais nesta quarta-feira (29), incluindo o de recrutar e assediar meninas para serem abusadas por seu namorado, o consultor financeiro Jeffrey Epstein, que se suicidou na pris�o.

Maxwell, de 60 anos, foi declarada culpada por um j�ri composto de 12 pessoas em um tribunal de Nova York de cinco das seis acusa��es a que respondia, incluindo a mais s�ria delas, a de tr�fico sexual de menor.

- Leia: Como testemunhas de acusa��o confirmaram tr�fico sexual

Ela se manteve sentada passivamente na corte de Manhattan, retirando lentamente a m�scara para tomar goles de �gua, enquanto o juiz Alison Nathan lia o veredicto de cada uma das acusa��es, alcan�ado ap�s cinco dias inteiros de delibera��o dos jurados.

A filha do falecido magnata da m�dia Robert Maxwell, que estudou em Oxford e cresceu em um mundo de privil�gios e proximidade com a realeza, poderia potencialmente passar o resto da vida atr�s das grades.

O crime de conspira��o para cometer tr�fico sexual de menores � punido com pena de 40 anos de pris�o. Os crimes mais brandos s�o punidos com penas de cinco a dez anos.

Maxwell foi considerada inocente da acusa��o de sedu��o de menor de idade para viajar e se envolver em atos sexuais ilegais.

Nathan deu seus "sinceros agradecimentos" ao j�ri por seus servi�os, acrescentando que seus membros atuaram com "dilig�ncia".

Depois da leitura do veredicto, Nathan suspendeu os procedimentos e Maxwell deixou a corte rumo � pris�o, como tem feito a cada dia de seu julgamento, que durou um m�s.

Ap�s a decis�o, o advogado de Maxwell, Bobbi Sternheim, afirmou que sua equipe j� trabalhava na apresenta��o de uma apela��o e que t�m "certeza que o pedido ser� aceito".

"Acreditamos firmemente na inoc�ncia de Ghislaine. � claro que estamos muito decepcionados com o veredicto", reconheceu Sternheim aos jornalistas ao deixar o tribunal.

N�o foi divulgada uma data para o an�ncio da senten�a.

O procurador federal Damian William saudou o veredicto. "Um j�ri un�nime considerou Ghislaine Maxwell culpada de um dos piores crimes imagin�veis: facilitar e participar do abuso sexual de crian�as", disse em um comunicado.

"O caminho para a justi�a foi longo demais. Mas hoje a justi�a foi feita", acrescentou.

As acusa��es contra Maxwell remetem ao per�odo entre 1994 e 2004.

Duas das supostas v�timas de Epstein disseram ter 14 anos quando Maxwell come�ou a assedi�-las e depois arranjado para que elas fizessem massagens em Epstein que terminaram em atividades sexuais.

Uma delas, identificada apenas como "Jane", contou em detalhes como Maxwell a recrutou em um acampamento de ver�o, fazendo-a se sentir "especial".

Ela contou que os encontros sexuais com Epstein se tornaram rotineiros e que Maxwell �s vezes estava presente.

Outra, identificada como "Carolyn", disse que recebia pagamentos frequentes de US$ 300 ap�s os encontros sexuais com Epstein, e que a pr�pria Maxwell era quem costumava lhe entregar o dinheiro.

Uma terceira suposta v�tima foi Annie Farmer, hoje com 42 anos. Ela disse que Maxwell acariciou seus seios quando ela era adolescente no rancho do Novo M�xico de propriedade de Epstein.

- "Predadora sofisticada" -

Em 2019, Epstein suicidou-se na pris�o aos 66 anos, enquanto aguardava seu pr�prio julgamento por crimes sexuais. Maxwell foi detida um ano depois.

Maxwell alegou inoc�ncia de todas as acusa��es. A promotoria a retratou como uma "predadora sofisticada que sabia exatamente o que estava fazendo".

A promotora Alison Moe disse que Maxwell era "a chave" para o esquema de Epstein para persuadir jovens meninas a lhe fazer massagens, durante as quais ele abusaria sexualmente delas.

Moe citou registros banc�rios que mostram que ela recebeu 30 milh�es de d�lares de Epstein entre 1999 e 2007 como evid�ncia de que suas motiva��es eram financeiras.

Maxwell "foi a parceira de crime de Epstein", disse Moe.

A equipe de defesa de Maxwell contestou, alegando "falta de evid�ncias" para conden�-la e questionou a habilidade das acusadoras para se lembrarem de eventos ocorridos h� 25 anos.

Os advogados de defesa tamb�m argumentaram que Maxwell estava sendo usada como "bode expiat�rio" pelos crimes de Epstein, depois que ele escapou da justi�a.

Maxwell se recusou a testemunhar durante o julgamento, mas fez uma curta declara��o ao juiz.

"Merit�ssimo, o governo n�o provou seu caso para al�m da d�vida razo�vel. Portanto, n�o h� necessidade de que eu testemunhe", disse ela.

Os irm�os de Maxwell, Kevin, Isabel e Christine, estavam na primeira fila do tribunal enquanto os veredictos eram lidos e n�o quiseram falar com a imprensa ao deixar o tribunal.

Virginia Giuffre, que alega que Epstein a emprestou para fazer sexo com seus parceiros ricos e poderosos, incluindo o pr�ncipe Andrew do Reino Unido, depois que Maxwell apresentou o empres�rio � realeza, comemorou o veredicto em um comunicado no Twitter.

"Minha alma ansiava por justi�a durante anos e hoje o j�ri me deu exatamente isso. Sempre me lembrarei desse dia", disse Giuffre, que n�o foi demandante no caso.

"Espero que hoje n�o seja o fim, mas mais um passo da justi�a. Maxwell n�o agiu sozinha. Outros devem ser responsabilizados. Tenho f� que o ser�o".

O pr�ncipe Andrew nega as acusa��es.


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