
Enquanto isso, o surto na cidade hist�rica chinesa de Xi'an parece estar sob controle, ap�s duas semanas de confinamento for�ado.
Em Hong Kong, o governo proibiu nesta quarta-feira (5) a chegada de passageiros de voos de oito pa�ses, com o objetivo de tentar conter a dissemina��o da variante �micron, que tem causado uma explos�o de casos no mundo.
A proibi��o afeta voos da Austr�lia, Estados Unidos, Reino Unido, Canad�, Fran�a, �ndia, Paquist�o e Filipinas.
A regi�o administrativa chinesa, centro financeiro do Sudeste Asi�tico, tamb�m proibiu eventos de massa e ordenou o fechamento de 15 tipos de estabelecimentos comerciais, entre bares, boates, academias e sal�es de beleza.
Hong Kong, assim como a China continental, optou por uma estrat�gia de "covid zero" que consiste em aplicar uma longa quarentena em quem entra no territ�rio e isolamento severo para os enfermos e seus contatos.
Essas medidas fizeram esta cidade de 7,5 milh�es de habitantes registrar apenas cerca de 12.000 casos de covid e 213 mortes desde o in�cio da pandemia.
Nesta quarta-feira, um navio de cruzeiro que zarpou de Hong Kong foi for�ado a retornar ao porto para testar seus 3.700 passageiros ap�s nove serem declarados contatos de um foco da variante �micron.
Explos�o de casos no mundo
As infec��es na China s�o insignificantes em compara��o com outras partes do mundo, onde os n�meros se multiplicam de uma forma que �s vezes � dif�cil de acreditar: cerca de 890.000 casos em 24 horas nos Estados Unidos, 270.000 na Fran�a, mais de 200.000 no Reino Unido.
Israel anunciou que registrou quase 12.000 novos casos de covid-19 nas �ltimas 24 horas, uma nova alta desde o in�cio da pandemia.
Na Am�rica Latina, a �micron est� se espalhando de maneira incontrol�vel. A Argentina registrou 81.000 novos casos na ter�a-feira, quase o dobro do dia anterior.
No Brasil - o segundo pa�s do mundo com mais mortos pela pandemia, em termos absolutos, depois dos Estados Unidos -, as autoridades do Rio de Janeiro decidiram suspender o carnaval de rua no final de fevereiro.
Os casos voltaram a disparar no Brasil ap�s as festas de fim de ano, com o avan�o da �micron e a atualiza��o dos dados ap�s um ciberataque contra o Minist�rio da Sa�de, que registrou 18.759 novos casos em 24 horas na ter�a-feira, o pior n�mero di�rio desde 5 de outubro.
O M�xico ultrapassou quatro milh�es de infec��es com mais de 15.000 casos na ter�a-feira, o maior n�mero desde setembro.
Desde que o coronav�rus foi detectado em dezembro de 2019, a pandemia matou mais de 5,4 milh�es de pessoas em todo mundo, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Muitas personalidades est�o entre os novos casos positivos, como o rei sueco, Carlos XVI Gustavo, e sua esposa, Silvia, al�m do presidente da Pol�nia Andrzej Duda.
No Reino Unido, mais de uma em cada 20 pessoas teve covid-19 na �ltima semana de 2021, a maior taxa de infec��o registrada durante a pandemia, de acordo com dados oficiais desta quarta-feira.
Na Espanha, os tribunais prorrogaram o toque de recolher noturno por mais 14 dias em grande parte da comunidade aut�noma da Catalunha, enquanto na Rep�blica Tcheca todos os funcion�rios devem se submeter a testes de ant�geno duas vezes por semana.
A Holanda anunciou nesta quarta-feira o maior n�mero de casos de coronav�rus j� registrados em um �nico dia, com 24.590 testes positivos.
- Macron e Djokovic, alvos de cr�ticas -
Neste contexto de agravamento da pandemia, a derroga��o m�dica concedida ao tenista s�rvio Novak Djokovic para jogar o Aberto da Austr�lia suscitou muitas cr�ticas.
O presidente da Federa��o Australiana de T�nis pediu explica��es sobre os motivos que justificam essa isen��o ao atleta, que mostrou sua relut�ncia � vacina��o e n�o se sabe se finalmente concordou em se vacinar.
Por fim, na Fran�a, declara��es pol�micas do presidente Emmanuel Macron deram muito o que falar nesta quarta-feira.
O presidente garantiu na ter�a-feira sua inten��o de "irritar", ou "incomodar", os n�o vacinados at� ao fim, em uma express�o muito coloquial, que suscitou cr�ticas de toda oposi��o - de direita e de esquerda.
Suas palavras tamb�m contribu�ram para que os deputados suspendessem novamente o debate para a aprova��o de uma lei sobre o passaporte de vacina��o para ter acesso a locais de lazer e transporte. At� agora, um teste de diagn�stico negativo era o suficiente.