
*Reportagem atualizada �s 22h40 de 24/02
A R�ssia iniciou nesta quinta-feira (24/2) um ataque militar em larga escala contra a Ucr�nia, pa�s vizinho ao sul, por ordem do presidente russo, Vladimir Putin.
H� relatos de ataques � infraestrutura militar ucraniana em todo o pa�s e de comboios russos chegando de todas as dire��es.
Ao menos 137 ucranianos foram mortos como resultado da invas�o russa, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, e 169 ficaram feridos.
- QUEREMOS CONTAR SUA HIST�RIA: voc� ou parentes est�o agora na Ucr�nia?
- R�ssia invade Ucr�nia: 7 quest�es para entender a crise
- Que san��es est�o sendo impostas � R�ssia e o que mais pode ser feito?
A seguir, confira o que sabemos at� agora.
Putin ordena ataque
Em pronunciamento televisionado �s 05h55 (hor�rio de Moscou), Putin anunciou uma "opera��o militar" na regi�o de Donbas, no leste da Ucr�nia.
Esta �rea abriga muitos ucranianos de l�ngua russa. Partes dela foram ocupadas e administradas por rebeldes apoiados pela R�ssia desde 2014.
Putin disse que a R�ssia estava intervindo como um ato de leg�tima defesa. A R�ssia n�o queria ocupar a Ucr�nia, segundo ele, mas iria desmilitarizar e "desnazificar" o pa�s.

Ele pediu aos soldados ucranianos na zona de combate que baixem suas armas e voltem para casa, mas disse que os confrontos s�o inevit�veis %u200B%u200Be "apenas uma quest�o de tempo".
E acrescentou que qualquer interven��o de pot�ncias externas de resist�ncia ao ataque russo seria recebida com uma resposta "instant�nea".
Explos�es ouvidas em todo o pa�s

Correspondentes da BBC escutaram estrondos na capital Kiev, assim como em Kramatorsk, na regi�o de Donetsk, no leste da Ucr�nia. Explos�es tamb�m foram ouvidas na cidade portu�ria de Odessa, no sul.
O presidente da Ucr�nia, Volodymyr Zelensky, disse que a R�ssia realizou ataques com m�sseis � infraestrutura da Ucr�nia e guardas de fronteira.
O Minist�rio da Defesa da R�ssia negou ter atacado cidades ucranianas — dizendo que estava mirando infraestrutura militar, defesa a�rea e for�as a�reas com "armas de alta precis�o".

Zelensky voltou a falar com o povo da Ucr�nia pela tarde, trocando seu terno escuro por um uniforme militar.
Em seu discurso, ele comparou o conflito ao "som da nova cortina de ferro que est� caindo e isolando a R�ssia do mundo civilizado", acrescentando que "nossa tarefa � que essa cortina n�o caia em territ�rio ucraniano".
Tanques e tropas entram na Ucr�nia
Tanques e tropas invadiram a Ucr�nia em trechos ao longo de sua fronteira ao leste, sul e norte, diz a Ucr�nia.
Comboios militares russos cruzaram de Belarus para a regi�o de Chernihiv, no norte da Ucr�nia, e da R�ssia para a regi�o de Sumy, que tamb�m fica ao norte, segundo o servi�o de guarda de fronteira da Ucr�nia (DPSU).
Belarus � um aliado de longa data da R�ssia. Analistas descrevem o pequeno pa�s como o "estado-sat�lite" da R�ssia.

Os comboios tamb�m entraram nas regi�es ao leste de Luhansk e Kharkiv e se deslocaram para a regi�o de Kherson a partir da Crimeia — territ�rio que a R�ssia anexou da Ucr�nia em 2014.
A ofensiva russa foi precedida por disparos da artilharia, e guardas de fronteira ficaram feridos, informou o DPSU.
Tamb�m houve relatos de tropas desembarcando por mar nas cidades portu�rias de Mariupol e Odessa, no sul.
Uma forte explos�o foi ouvida no centro da cidade de Odessa, e um residente brit�nico disse � BBC que muitas pessoas estavam indo embora.
Mariupol est� sob fogo pesado, com relatos de centenas de explos�es, disse uma fonte diplom�tica � ag�ncia de not�cias Reuters.

Este � um dos maiores portos ucranianos e est� localizado perto de uma linha de frente mantida por separatistas apoiados pela R�ssia na regi�o de Donetsk - que Putin reconheceu como um Estado independente.
Tomar Mariupol ajudaria a R�ssia a garantir uma rota terrestre direta para a Crimeia, a pen�nsula ucraniana anexada pela R�ssia em 2014.
Preocupa��o com Chernobyl
H� uma luta intensa em torno da antiga usina nuclear em Chernobyl. O conselheiro presidencial ucraniano Mykhaylo Podolyak disse ser imposs�vel dizer se o local est� seguro.
"Perdemos o controle de Chernobyl", disse Podolyak.
Um v�deo, verificado pela BBC, parece mostrar tanques russos estacionados do lado de fora da antiga usina nuclear.
Na noite de quinta-feira (24), a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki afirmou a rep�rteres que h� relatos de que soldados russos est�o mantendo funcion�rios da usina nuclear ucraniana ref�ns."Estamos indignados com relatos confi�veis de que soldados russos est�o mantendo ref�ns os funcion�rios das instala��es de Chernobyl", disse Psaki. "Condenamos isso e pedimos sua liberta��o (dos funcion�rios)".

Chernobyl, localizada ao norte de Kiev, perto da fronteira com Belarus, foi o local da explos�o nuclear mais devastadora da hist�ria, em 1986, quando um de seus quatro reatores explodiu.
O reator danificado est� agora sepultado por uma "estrutura de confinamento" de a�o e uma �rea de mais de 4.000 quil�metros quadrados ao redor da instala��o foi abandonada.
A Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA) pediu "restri��o m�xima" para proteger as instala��es nucleares.
O �rg�o global, que promove o uso pac�fico da energia nuclear, diz estar acompanhando a situa��o na Ucr�nia com "grave preocupa��o".
A AIEA diz que foi informada que, embora as for�as russas tenham assumido o controle da antiga instala��o nuclear, nenhuma v�tima ou destrui��o foi relatada.
O diretor-geral Mariano Grossi diz que � de "import�ncia vital" que as opera��es das instala��es nucleares na zona de exclus�o de Chernobyl "n�o sejam afetadas ou interrompidas de forma alguma".
Ucr�nia diz que est� se defendendo

O presidente Zelensky assinou uma ordem de convoca��o nacional dos reservistas com efeito por 90 dias.
Em um v�deo exibido pela m�dia ucraniana, o presidente disse que est� localizado em depend�ncias do governo e que sua fam�lia continua na Ucr�nia. "O inimigo me designou como alvo n�mero um e minha fam�lia como alvo n�mero dois", afirmou no v�deo.
Ela afirmou que grupos de sabotagem entraram em Kiev.
Mais cedo, Zelensky declarou que as for�as ucranianas t�m defendido com sucesso a regi�o leste de Donbas, al�m de lutar perto de Kharkiv.
A �rea mais problem�tica est� em Kherson, no sul do pa�s, para onde as tropas russas se mudaram para o norte da Crimeia anexada.
No norte, ele diz que os russos continuam avan�ando na regi�o e descreveu combates pesados em Chernobyl.

As For�as Armadas ucranianas disseram que derrubaram cinco avi�es russos e um helic�ptero e provocaram baixas nas tropas invasoras.
"Mantenham a calma e acreditem nos defensores da Ucr�nia", diz um comunicado das for�as militares da Ucr�nia.
O Minist�rio da Defesa da R�ssia negou, no entanto, que suas aeronaves tenham sido derrubadas.
Os militares ucranianos disseram ainda que lan�aram um ataque de artilharia contra paraquedistas russos que desembarcaram no aeroporto de Antonov, perto de Kiev, e tentaram assumir o controle.
O aeroporto, que � um importante porto internacional de carga e tamb�m uma base militar, fica a cerca de uma hora e meia de carro da capital.
Isso � o mais pr�ximo que as for�as russas conseguiram chegar de Kiev no primeiro dia da invas�o.

A Ucr�nia decretou lei marcial — o que significa que os militares assumem o controle temporariamente — e cortou rela��es diplom�ticas com a R�ssia.
O presidente Zelensky instou os russos a protestar contra a invas�o e disse que armas seriam distribu�das a qualquer pessoa na Ucr�nia que desejasse.
Enquanto isso, o ministro das Rela��es Exteriores, Dmytro Kuleba, implorou ao mundo que imponha san��es devastadoras � R�ssia, incluindo excluir o pa�s do sistema internacional de transfer�ncia banc�ria Swift.
O embaixador da Ucr�nia em Washington disse que o pa�s "n�o espera que ningu�m" lute pelo pa�s enquanto combate as for�as russas. Falando a rep�rteres na embaixada ucraniana, Oksana Markarova disse que "Kiev est� totalmente sob controle [do governo]", mas que os helic�pteros russos est�o "fora" da cidade.
"A situa��o � muito tensa", acrescentou.
De acordo com Markarova, dezenas de militares ucranianos foram mortos na manh� de quinta-feira.
Moradores procuram abrigo
Em Kiev, as sirenes de ataque a�reo s�o ouvidas com frequ�ncia. O prefeito Vitali Klitschko imp�s um toque de recolher das 22h �s 07h.
Klitschko disse � BBC que os cidad�os ficaram chocados ao ouvir explos�es na cidade e pediu a uni�o do Ocidente para ajudar a Ucr�nia.
"� o nosso objetivo, � o nosso sonho, construir um pa�s moderno e democr�tico e ser 'parte da fam�lia europeia'", disse.H� grandes congestionamentos em Kiev nas vias expressas � medida que as pessoas fogem da cidade.
Relatos nas redes sociais fazem refer�ncia a uma crescente sensa��o de p�nico, com alguns dizendo que est�o sendo levados �s pressas para abrigos antia�reos e por�es.
Imagens de televis�o mostraram pessoas rezando nas ruas.
Muitas pessoas em Kiev procuraram abrigo em esta��es de metr� subterr�neas. H� tamb�m longas filas em postos de gasolina e caixas eletr�nicos.

Em Kramatorsk, na regi�o leste de Donetsk, a correspondente da BBC no leste europeu Sarah Rainsford disse que as pessoas n�o esperavam um ataque t�o amplo.
"As pessoas estavam nas ruas ontem � noite nesta cidade — estavam agitando a bandeira ucraniana. Disseram que esta era sua terra. E n�o iriam a lugar nenhum", ela contou.
"Isto � o que as pessoas estavam � espera, estavam aguardando, mas ningu�m aqui consegue acreditar que de fato est� acontecendo."

Paul Adams, correspondente de diplomacia da BBC em Kiev, disse que jatos est�o sobrevoando de forma intermitente e que h� um cheiro acre no ar. "Tem cheiro de papel queimado", escreveu Adams.
"Todo mundo est� no limite. Os �nibus ainda est�o circulando, mas quase n�o vejo passageiros."
'Ucranianos v�o lutar', disse prefeito de Kiev

Vitali Klitschko disse � BBC que o ex�rcito da R�ssia � um dos maiores do mundo e admitiu que ser� uma luta dif�cil.
Mas disse que os ucranianos n�o gostam da agress�o russa e "lutar�o por nosso futuro, por nossos filhos".Ele admitiu, no entanto, estar preocupado com as 3 milh�es de pessoas que vivem em Kiev.
Ucranianos buscam ref�gio
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados disse � BBC que estima que mais de 100 mil pessoas j� deixaram suas casas na Ucr�nia.
Mais de 4 mil pessoas, a maioria mulheres e crian�as, fugiram pela fronteira para a Mold�via. Ainda n�o est� claro se pretendem ficar l� ou v�o atravessar para a Rom�nia.
Uma explica��o para o alto n�mero de mulheres e crian�as � que as autoridades ucranianas est�o impedindo a sa�da de homens em idade de servi�o militar, mas n�o h� confirma��o independente disso.
"Esperamos n�meros muito maiores", disse Roland Schilling, representante regional da Ag�ncia das Na��es Unidas para Refugiados, � BBC de Chisinau.
"Estamos cientes das grandes filas se formando nos postos de fronteira. Estamos preparando nossa resposta humanit�ria."
A ONU j� havia alertado que uma invas�o da Ucr�nia poderia desencadear uma crise de refugiados em larga escala e disse na quinta-feira que a r�pida deteriora��o da situa��o na Ucr�nia pode gerar "consequ�ncias humanit�rias devastadoras".
"N�o h� vencedores na guerra, mas in�meras vidas ser�o dilaceradas", disse o alto comiss�rio da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi.
A ag�ncia de refugiados est� pedindo aos vizinhos da Ucr�nia que mantenham suas fronteiras abertas para aqueles que fogem e disse estar pronta para "apoiar os esfor�os de todos para responder a qualquer situa��o de deslocamento for�ado".
Enquanto isso, o presidente do Comit� Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, pediu aos que lutam que respeitem o direito internacional e garantam a prote��o dos civis.
A ONU j� havia lan�ado um apelo recorde por financiamento em 2022 para aliviar crises na S�ria, I�men, Afeganist�o e na regi�o do Sahel, assolada pela seca, na �frica.
Um outro grande conflito e crise de refugiados no meio da Europa poderia estender seus recursos muito al�m de seus limites.
Pre�o do petr�leo dispara
Os pre�os do petr�leo subiram acima de US$ 100 pela primeira vez em mais de sete anos.
Enquanto isso, a moeda da R�ssia, o rublo, caiu para uma baixa hist�rica em rela��o ao d�lar e ao euro.
E o principal �ndice FTSE 100 da Bolsa de Valores de Londres caiu mais de 200 pontos, ou 2,7%, logo ap�s a abertura.
Mundo condena Putin

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Putin "escolheu uma guerra premeditada que trar� uma perda catastr�fica de vidas e sofrimento humano". O mundo responsabilizaria a R�ssia, segundo ele.
Biden acrescentou que os russos iniciaram o ataque sem provoca��o e que a a��o vinha sendo planejada h� meses
O presidente americano afirmou que Putin transferiu 175 mil soldados e equipamentos militares para a fronteira com a Ucr�nia, al�m de suprimentos, e construiu hospitais de campanha.
O l�der russo rejeitou todas as tentativas de di�logo do Ocidente, disse Biden. Segundo ele, fortes san��es ser�o aplicadas para "maximizar um impacto de longo prazo na R�ssia e minimizar o impacto nos Estados Unidos e seus aliados".
Biden disse que as san��es v�o atingir as elites russas, os principais bancos do pa�s e empresas envolvidas com tecnologia.
Ele afirmou que mais da metade da economia global participar� da implementa��o de san��es contra a R�ssia. "N�s vamos limitar a habilidade da R�ssia de fazer neg�cios em d�lares, euros, libras e ienes".
Os EUA v�o tamb�m impedir a capacidade da R�ssia de financiar e aumentar suas For�as Armadas, declarou Biden, e limitar�o sua capacidade de competir na economia de alta tecnologia do s�culo 21.
"Putin � o agressor, Putin optou por essa guerra e agora ele e seu pa�s v�o ter que lidar com as consequ�ncias", afirmou. "As a��es de Putin mostram uma vis�o sinistra do futuro do nosso mundo."
For�as dos EUA foram enviadas para pa�ses da Otan na Europa Oriental que se sentem amea�ados pela R�ssia, incluindo Let�nia, Est�nia e Litu�nia no B�ltico, bem como Pol�nia e Rom�nia.
Biden reiterou que os militares americanos "n�o est�o e n�o estar�o" envolvidas no conflito com a R�ssia na Ucr�nia.
"Nossas for�as n�o est�o indo para a Europa para lutar na Ucr�nia, mas para defender nossos aliados da Otan e tranquilizar aqueles aliados no leste", disse ele.
"Os Estados Unidos defender�o cada cent�metro do territ�rio da Otan com toda a for�a do poder americano."
Biden acrescentou que a Otan est� mais unida do que nunca e que "n�o h� d�vida" de que os EUA e outros pa�ses da alian�a militar cumprir�o seus compromissos com o tratado.
Biden tamb�m disse acreditar que Putin "tem ambi��es muito maiores" que v�o muito al�m das fronteiras da Ucr�nia.
"Ele quer, de fato, restabelecer a antiga Uni�o Sovi�tica", disse Biden. "� disso que se trata".
"Suas ambi��es s�o completamente contr�rias ao lugar onde o resto do mundo chegou", acrescentou.
Al�m disso, Biden disse que as san��es contra Putin pessoalmente "ainda est�o na mesa" como uma op��o poss�vel, al�m das j� anunciadas contra a economia da R�ssia e v�rios indiv�duos e entidades.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou estar "chocado com os eventos horr�veis na Ucr�nia" e que Putin "escolheu um caminho de derramamento de sangue e destrui��o ao lan�ar este ataque sem provoca��o".
Johnson anunciou ainda as san��es que o Reino Unido aplicar� � R�ssia, entre elas o congelamento de ativos de indiv�duos e de bancos russos e a exclus�o destas institui��es do sistema financeiro brit�nico, veto a financiamentos ou empr�stimos a empresas russas, proibi��o de que a companhia a�rea Aeroflot pouse no Reino Unido, suspens�o das licen�as de exporta��o de itens que podem ser usados para fins militares, de alta tecnologia e de refinamento de petr�leo, al�m de outras medidas.

San��es financeiras semelhantes ser�o estendidas � Belarus por seu papel no ataque � Ucr�nia.
Putin conversou por telefone com o presidente franc�s Emmanuel Macron e deu a ele uma explica��o "exaustiva" das raz�es das a��es da R�ssia na Ucr�nia, segundo o o Kremlin.
Macron solicitou a liga��o, e eles concordaram em manter contato, afirmou o governo russo.
Macron disse que exigiu que Putin cesse as opera��es militares. O presidente franc�s tentou evitar uma invas�o russa nas �ltimas semanas, inclusive mantendo conversas com Putin no Kremlin.
O secret�rio-geral da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou o "ataque irrespons�vel" da R�ssia, dizendo que "coloca em risco in�meras vidas de civis".
A Europa est� "enfrentando seus momentos mais sombrios desde a Segunda Guerra Mundial", avaliou o chefe de pol�tica externa da Uni�o Europeia, Josep Borrell.
J� o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que Putin se aproveitou da "fraqueza" americana.
Ele ligou para a Fox News para dizer que n�o acreditava que Putin "queria fazer isso, inicialmente".
"Acho que ele queria fazer algo e negociar, e ficou cada vez pior, ent�o ele viu a fraqueza", afirmou Trump.
Jessica Parker, correspondente de pol�tica da BBC, informou que a Uni�o Europeia (UE) poderia, em repres�lia � R�ssia, suspender parte de seu acordo de facilita��o de vistos com o pa�s como parte de seu novo pacote de san��es.
Fontes indicaram que isso afetaria os rec�m-chegados e aqueles "ligados ao regime [russo]" - como funcion�rios, diplomatas e militares.
"Em liga��es para cortar a R�ssia do servi�o de mensagens financeiras Swift, um diplomata s�nior disse que, embora a ideia estivesse 'na mesa', n�o era o foco por enquanto", disse Parker.
O Swift permite transa��es r�pidas e � usado por 11 mil institui��es financeiras em 200 pa�ses.
"Mas, se a medida n�o estiver no pr�ximo pacote da UE, eles disseram, isso n�o significa que descartado."
Autoridades indicaram, segundo a jornalista, que o pacote provavelmente incluir� medidas sobre controles de exporta��o e os setores financeiro e industrial.
'Ocidente n�o respeita lei internacional', disse chanceler russo

O ministro das Rela��es Exteriores da R�ssia, Sergei Lavrov, disse que a R�ssia sempre est� pronta para o di�logo.
"Infelizmente, nossos amigos ocidentais n�o respeitam a lei internacional, tentando destru�-la e promover o que eles chamam de 'ordem baseada em regras'", disse Lavrov, segundo a ag�ncia de not�cias estatal RIA Novosti.
"Tivemos discuss�es intensas e detalhadas com nossos colegas americanos, com outros membros da Otan", disse ele.
"Esperamos que ainda haja uma chance de retornar ao direito internacional e �s obriga��es internacionais."
Pris�es em protestos na R�ssia

Pelo menos 735 pessoas foram presas em protestos contra a guerra em toda a R�ssia na quinta-feira, disse uma organiza��o independente.
Manifestantes foram detidos em 40 cidades, de acordo com o OVD-Info, que monitora pris�es em manifesta��es de oposi��o ao governo.
Mais de 330 pessoas foram detidas em Moscou, disse a organiza��o.
Imagens de Moscou mostram grandes multid�es perto do Kremlin.
Cerca de 2 mil pessoas se reuniram perto da pra�a Pushkin na capital russa e cerca de outras 1 mil pessoas na cidade de S�o Petersburgo, informou a ag�ncia de not�cias AFP.
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