
"N�s j� deixamos claro que n�o vamos entrar na Ucr�nia, nem no espa�o a�reo, nem em solo. Se n�s fiz�ssemos uma zona de exclus�o a�rea, ter�amos que mandar avi�es nossos e derrubar avi�es russos. N�s entendemos o desespero [da Ucr�nia] mas tamb�m acreditamos que se fiz�ssemos isso, levar�amos a uma guerra total na Europa, envolvendo muito mais pa�ses e causando muito mais sofrimento. � muito dolorosa essa decis�o. N�s impusemos san��es severas e aumentamos o apoio, mas n�o podemos participar diretamente do conflito", explicou Stoltenberg.
A Ucr�nia cobrou da Otan, nos �ltimos dias, uma zona de exclus�o a�rea onde avi�es de outros pa�ses pudessem ajudar o ex�rcito ucraniano na defesa do pa�s, mas os membros da alian�a militar temem que essa medida possa gerar uma guerra nuclear. "N�o devemos ter avi�es no espa�o a�reo nem tropas na Ucr�nia", disse Stoltenberg.
O artigo 5º da Carta da Otan afirma que, se um pa�s da alian�a for atacado, todos os outros pa�ses se envolver�o na resposta. Stoltenberg afirmou que a Otan precisa ser pragm�tica e que o princ�pio da alian�a � de defesa. "A Otan s� agir� para se proteger", disse, lembrando que 1 bilh�o de cidad�os vivem nos pa�ses do bloco.
Stoltenberg ressaltou que a Otan defende uma solu��o pac�fica e diplom�tica e refor�ou os pedidos para que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite conversar para reduzir as tens�es e encontrar uma sa�da para o conflito.
Hoje, o presidente da Ucr�nia Volodymyr Zelensky, lembrou que a radia��o n�o conhece fronteiras e n�o sabe onde acaba a Ucr�nia e onde come�a a R�ssia. "Se acontecer alguma coisa, o problema � da Europa toda", disse o mandat�rio ucraniano, alertando para o perigo de um acidente nuclear, ap�s o ataque russo a esta��o nuclear ucraniana na noite de ontem.
O secret�rio de seguran�a dos Estados Unidos, Anthony Blinken, que foi a Bruxelas participar da reuni�o da Otan, refor�ou que a alian�a � de defesa e n�o buscar� o conflito. "Se o conflito vier at� n�s, estamos prontos para defender cada cent�metro do territ�rio da Otan", refor�ou.
Stoltenberg disse que essa � a pior agress�o militar em quatro d�cadas. "Temos cidades sitiadas, escolas, resid�ncias atacadas, um ataque contra uma usina nuclear e muitos civis feridos ou mortos. Os dias a seguir, provavelmente, ser�o piores, com mais mortes, mais sofrimento e mais destrui��o".