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Estado de Minas CRISE MUNDIAL

Ucr�nia: medidas econ�micas de Bolsonaro podem ser prejudicadas por guerra

Presidente adota medidas populares que desviem aten��o do eleitorado de problemas econ�micos


07/03/2022 09:30 - atualizado 07/03/2022 09:49

visita de Bolsonaro a Putin
(foto: Alan Santos/PR)
A fim de evitar que a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia cause desgastes que se reflitam na campanha de reelei��o, Jair Bolsonaro (PL) voltou seus esfor�os para medidas de cunho popular que desviem a aten��o do eleitorado de problemas econ�micos causados pelo conflito no Leste Europeu.

J� � certa, por exemplo, a libera��o do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) de at� R$ 1 mil por trabalhador com saldo dispon�vel na conta, al�m de um pacote de cr�dito de R$ 100 bilh�es para micro e pequenos empres�rios. O presidente tamb�m tem especial interesse nas vota��es relacionadas aos combust�veis no Congresso, que devem se intensificar esta semana. As bondades devem chegar a R$ 150 bilh�es e come�am a ser divulgadas amanh�, Dia Internacional da Mulher.

Todo esse aceno ao eleitor, por�m, tem custos — e s�o altos. Isso porque, entre especialistas, aumenta o receio de um desequil�brio fiscal, que, no m�dio prazo, engoliria o pacote de benesses. A infla��o, em rota de subida, ainda pioraria o cen�rio, pois refletiriam a fatura da guerra. N�o apenas a importa��o de fertilizantes — fundamentais para o agroneg�cio — e o aumento do barril de petr�leo no mercado internacional impactariam a carestia, mas tamb�m a redu��o na oferta de gr�os, como trigo, pela R�ssia e pela Ucr�nia empurra os pre�os para cima. J� h� a expectativa de que aves e su�nos ficar�o mais caros nas g�ndolas exatamente por causa do fechamento do mercado dos dois pa�ses em guerra.

 

O primeiro vice-presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores da C�mara, deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), classifica o governo como "desastrado e incompetente". "Basta ver a economia se arrastando, desemprego, pobreza e mis�ria aumentando em nosso pa�s. Populismo � a marca de um governo completamente despreparado para enfrentar momentos durante quatro anos e agora bate o desespero", critica.

Para Jos� Lu�s Oreiro, professor do Departamento de Economia da Universidade de Bras�lia (UnB), os efeitos econ�micos vir�o independentemente da posi��o de Bolsonaro em rela��o ao presidente russo, Vladimir Putin. Ele cita o aumento do pre�o internacional do petr�leo, do g�s, do milho, do trigo e da soja como consequ�ncias internas do conflito no Leste Europeu.

"Temos uma desvaloriza��o das moedas dos pa�ses emergentes, em particular do Brasil ante o d�lar, representando acelera��o da press�o inflacion�ria, contrariando as expectativas iniciais do Banco Central de que a infla��o come�aria a ceder a partir de abril. Nenhuma das medidas que Bolsonaro adotar ter� qualquer impacto sobre a cota��o internacional das commodities", diz.



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