Em mais uma tentativa de tr�gua humanit�ria para retirada de civis, a invas�o da R�ssia � Ucr�nia chega ao 14° dia nesta quarta-feira (9/3). Ontem, o n�mero de pessoas fugindo do conflito superou a barreira de dois milh�es, segundo o Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi. A Pol�nia recebeu mais da metade deles.
Grandi afirmou que, "at� o momento", Rom�nia, Mold�via e Pol�nia est�o conseguindo administrar a chegada de refugiados porque estes t�m "alguns recursos".
"� poss�vel que, caso a guerra continue... comecemos a observar pessoas sem recursos ou v�nculos e isto ser� um problema mais dif�cil de administrar para os pa�ses europeus", destacou.
As guerras dos B�lc�s, na B�snia e em Kosovo, tamb�m provocaram um enorme fluxo de refugiados, "entre dois e tr�s milh�es, mas em um per�odo de oito anos. Agora estamos falando de oito dias", disse Grandi.
"Em outras regi�es do mundo, sim, observamos este cen�rio, mas na Europa � a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou.
Nova tr�gua humanit�ria
O ex�rcito russo anunciou uma nova tr�gua humanit�ria para a evacua��o de civis na Ucr�nia, a partir das 10h, hora de Moscou (04H00 de Bras�lia), desta na quarta-feira.
"A R�ssia anuncia um regime de cessar-fogo a partir de 9 de mar�o, �s 10h, hora de Moscou, e est� pronta para criar corredores humanit�rios", informou a c�lula no comando destes temas no governo russo, citada pela ag�ncia de not�cias TASS.
Os primeiros corredores de evacua��o de civis foram instalados na manh� de ter�a-feira, em Soumy, no nordeste do pa�s. As evacua��es continuavam tamb�m na regi�o de Kiev, capital ucraniana. J� nas cidades de Boutcha no norte e Mariupol no sul, os civis continuavam bloqueados.
Explos�o de mina terrestre deixa mortos e feridos em Kiev
Tr�s adultos morreram e tr�s crian�as ficaram feridas na explos�o de uma mina terrestre em uma estrada na regi�o de Chernihiv, ao norte de Kiev.
Os civis estavam em um carro. Os adultos morreram na hora e as crian�as foram hospitalizadas. Testemunhas contaram que as minas estavam escondidas na cal�ada sob palha e escombros.
Chernihiv fica a 150 quil�metros de Kiev, perto da fronteira com Belarus, pa�s aliado da R�ssia. A cidade foi duramente castigada nos �ltimos dias pela avia��o russa, segundo as autoridades locais.
'Lutaremos at� o fim'
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu "lutar at� o fim" em discurso virtual ao Parlamento brit�nico, no qual fez refer�ncia ao hist�rico discurso do primeiro-ministro Winston Churchill na Segunda Guerra Mundial em 1940.
"N�o nos renderemos e n�o perderemos. Lutaremos at� o fim, no mar, no ar. Continuaremos lutando por nossa terra, custe o que custar, nas florestas, nos campos, nas costas, nas ruas", disse Zelensky, que foi aplaudido de p� pelos legisladores reunidos na C�mara dos Comuns em Londres.
Boicote ao petr�leo russo
O presidente americano, Joe Biden, anunciou a proibi��o de importa��o de petr�leo, g�s e carv�o russos pelos Estados Unidos. "N�o vamos ajudar a subsidiar a guerra de Putin", disse.
O Reino Unido deve acompanhar os Estados Unidos no boicote, reduzindo suas importa��es de petr�leo gradualmente at� o fim de 2022, segundo o secret�rio de Neg�cios brit�nico Kwasi Kwarteng. J� a Uni�o Europeia anunciou um plano de longo prazo para reduzir sua depend�ncia dos combust�veis f�sseis russos, com a expectativa de chegar � independ�ncia total at� 2030.
J� a R�ssia amea�ou suspender o fornecimento de g�s natural � Europa por meio do gasoduto Nord Stream 1. O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, alertou que o movimento poderia ter "consequ�ncias catastr�ficas" para a economia mundial e previu que o pre�o do barril poderia chegar a US$ 300.
Segundo analistas, o an�ncio de Biden traz volatilidade aos pre�os internacionais e o barril de petr�leo pode atingir US$ 150 nos pr�ximos dias.
‘A Ucr�nia nunca ser� uma vit�ria para Putin’
Joe Biden disse que a R�ssia nunca poder� controlar toda a Ucr�nia e prometeu que a guerra "nunca ser� uma vit�ria" para o presidente Vladimir Putin.
O presidente americano atacou Putin apontando que a guerra est� custando um pre�o "horr�vel" e j� gerou dois milh�es de refugiados.
"A R�ssia pode seguir avan�ando a um custo horr�vel, mas isso j� est� claro: a Ucr�nia nunca ser� uma vit�ria para Putin", declarou o presidente americano. "Putin pode conseguir tomar uma cidade, mas jamais conseguir� controlar o pa�s."
*Estagi�ria sob supervis�o do subedior Eduardo Oliveira