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Estado de Minas WOODBRIDGE

Perto de Nova York, um armaz�m serve de base para enviar ajuda � Ucr�nia

No armaz�m de 8.500 metros quadrados, o trabalho vai 'de oito horas da manh� at� as dez da noite'


09/03/2022 16:53 - atualizado 09/03/2022 16:53

Natalia Brandafi
Natalia Brandafi, chefe de opera��es da Meest-America (foto: ANGELA WEISS / AFP )
Em um grande armaz�m situado nos arredores de Nova York, dezenas de volunt�rios abrem, classificam e fecham caixas: a empresa Meest, especializada no envio de pacotes ao leste europeu, se transformou rapidamente em uma base por onde transitam toneladas de ajuda � Ucr�nia.

 

 

 

"Quando a guerra come�ou, perdemos a maior parte de nossas atividades. Em poucos dias, nos organizamos para transportar ajuda humanit�ria", explica Natalia Brandafi, chefe de opera��es da Meest-America.

 

Leia: Os 13 ucranianos que n�o morreram na Ilha das Serpentes: exemplo de desinforma��o de guerra

 

Diante dela e ao longo de mais de 30 estantes de madeira de cor laranja, h� centenas de pacotes e cartas. Em tempos normais, eram presentes e correspond�ncias que a di�spora enviava para o seu pa�s. "Mas tudo ficou completamente bloqueado por causa da guerra", conta Brandafi, enquanto um r�dio toca ao fundo com informa��es em ucraniano.

- Material m�dico -

No armaz�m de 8.500 metros quadrados, situado em uma �rea industrial de Nova Jersey, justo na divisa com Nova York, o trabalho vai "de oito horas da manh� at� as dez da noite", detalha a chefe de opera��es, que � oriunda da Ucr�nia assim como "80%" dos 180 funcion�rios.

Stephanie Domaradsky, 23, trabalha com cerca de vinte outros volunt�rios ao longo de uma linha de produ��o rudimentar montada com placas de pl�stico. Centenas de caixas s�o enviadas por particulares, associa��es e igrejas ucranianas da regi�o.

 

 

 

Cada pacote � aberto e tem seu conte�do verificado para retirar produtos perec�veis, aeross�is e �lcool. �s vezes, um desenho infantil � adicionado antes de fechar a caixa e coloc�-la no pallet correto.

"Isto � para crian�as, roupa de beb�, fraldas; aqui temos sacos de dormir, cobertas, almofadas", descreve Domaradsky. Al�m disso, "roupas, alimentos, produtos de higiene" e, o mais importante, material m�dico, que inclui ataduras, compressas, suturas, pomadas contra queimaduras, analg�sicos.

A Meest tamb�m conseguiu, em tempo recorde, uma licen�a para exportar material militar leve e n�o letal, como coletes � prova de balas e capacetes.

- Estresse -

"Ficar em casa e ver as informa��es durante horas n�o me faz nada bem. Prefiro vir aqui e dar uma m�o", conta a jovem Stephanie, filha de pais ucranianos nascida nos Estados Unidos, onde acaba de obter seu diploma de engenheira.

"Tenho primos [na Ucr�nia]. Normalmente viviam em Kiev, mas est�o tentando ir rumo ao oeste, apesar do perigo que representa estar nas estradas neste momento. Ontem tive not�cias deles", comenta.

 

 


"Todo o mundo est� estressado. Alguns de nossos funcion�rios v�m de cidades que j� foram bombardeadas", diz Natalia Brandafi. Na segunda-feira, uma voluntaria desabou. "Tinha acabado de receber uma chamada de sua irm� na Ucr�nia para lhe informar que seu sobrinho tinha morrido em Sumy", uma cidade do nordeste do pa�s que � palco de violentos combates e alvo de bombardeios a�reos russos. "Ele tinha 28 anos", acrescentou Brandafi.

- Perigoso -

Na semana passada, a Meest enviou 120 toneladas de ajuda por avi�o e depois por estrada a tr�s organiza��es de caridade ucranianas "com as quais trabalhamos", diz a chefe de opera��es.

Para a respons�vel de recursos humanos Myroslava Downey, um dos desafios "� levar o material para a Ucr�nia e transport�-lo por caminh�o no pa�s".

"Nossos caminhoneiros trabalham em condi��es extremamente perigosas. Podem ir para uma �rea que hoje � segura, mas a situa��o muda a cada dia", explica esta engenheira de 59 anos, que tamb�m � oriunda da Ucr�nia.

Para a Meest, o desafio tamb�m � financeiro. A empresa pede doa��es para cobrir os gastos de frete.

"Temos uma �tima solu��o log�stica porque enviamos este material e pacotes h� muitos anos", explica Myroslava Downey. "Mas quando fretamos um avi�o � preciso pagar."


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