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Estado de Minas PARIS

Astr�nomos registram primeira imagem de buraco negro da Via L�ctea

O chamado 'Sagittarius A*' foi registrado pelo projeto Event Horizon Telescope, divulgado nesta quinta-feira (12/5)


12/05/2022 11:14 - atualizado 12/05/2022 12:21

Uma equipe internacional de astr�nomos anunciou, nesta quinta-feira (12/5), que conseguiu captar a imagem do buraco negro supermassivo localizado no centro da Via L�ctea, tr�s anos depois de obter a imagem de outro semelhante na gal�xia M87.


A colabora��o, um projeto conhecido como EHT (Event Horizon Telescope), apresentou, em v�rias coletivas de imprensa simult�neas, a "silhueta" do buraco negro chamado Saggitarius A* em um disco luminoso de mat�ria.

 

Primeira imagem registrada do buraco negro chamado Sagittarius A*, divulgada nesta quinta-feira (12/5)
Primeira imagem registrada do buraco negro chamado Sagittarius A* (foto: Event Horizon Collaboration/National Science Foundation)
 

 

Esta imagem � semelhante � do gigantesco buraco negro na distante gal�xia M87, muito maior que a Via L�ctea e que o EHT divulgou em 2019.

Os cientistas acreditam que isso prova que os mesmos princ�pios da f�sica operam no cora��o de dois sistemas de tamanhos muito diferentes.

Tecnicamente, um buraco negro n�o pode ser examinado diretamente, j� que o objeto � t�o denso e sua atra��o gravitacional t�o poderosa que nem mesmo a luz pode escapar de sua for�a de atra��o. Mas � poss�vel detectar a mat�ria que circula ao seu redor, antes de ser engolida.

Os buracos negros s�o chamados de estelares quando t�m uma massa equivalente a tr�s vezes a do Sol, e s�o classificados como supermassivos quando sua massa � equivalente a milhares, ou mesmo bilh�es de s�is.

Sagittarius A* (Sgr A*) foi nomeado assim ap�s ser detectado na dire��o da constela��o de Sagit�rio. Tem uma massa de cerca de quatro milh�es de s�is e est� a cerca de 27.000 anos-luz da Terra.

Sua exist�ncia era suspeita desde 1974, quando uma fonte de r�dio incomum foi detectada no centro da gal�xia.

Na d�cada de 1990, v�rios astrof�sicos confirmaram a presen�a de um objeto compacto supermassivo naquele local, o que rendeu um Pr�mio Nobel de F�sica em 2020.

A imagem que foi revelada nesta quinta-feira representa a primeira prova visual daquele objeto.

Horas de observa��o, anos de c�lculos

O EHT � uma rede internacional de oito observat�rios radioastron�micos, incluindo um localizado em Sierra Nevada (Espanha) e outro no deserto de Atacama (Chile).


Em 2019, a equipe conseguiu a imagem hist�rica do buraco negro supermassivo de M87, equivalente a seis bilh�es de massas solares e localizado a 55 milh�es de anos-luz de dist�ncia. 


O Sgr A+ representa, portanto, um "peso-pena" em compara��o.

"Temos dois tipos completamente diferentes de gal�xias e duas massas muito diferentes de buracos negros, mas quando voc� examina suas bordas, esses buracos parecem notavelmente semelhantes", disse Sera Markoff, co-presidente do conselho de ci�ncia do EHT, em um comunicado que acompanha o an�ncio.

"Isso prova que a (Teoria da) relatividade geral se aplica" em ambos os casos, acrescentou.

A imagem apresentada � o resultado de v�rias horas de observa��o realizadas essencialmente em 2017, al�m de cinco anos de c�lculos e simula��es realizados por mais de 300 pesquisadores de 80 institutos.

A imagem foi muito mais dif�cil de obter do que a da gal�xia M87*, porque o buraco negro no centro da Via L�ctea � muito menor e porque h� nuvens de poeira e gases que se estendem por milhares de anos-luz e o ocultam.

O g�s que o envolve precisa apenas de 12 minutos para dar a volta nesse objeto gal�ctico, quase � velocidade da luz, enquanto no caso do M87* leva duas semanas.

Isso significa que a luminosidade e a configura��o do g�s mudaram muito rapidamente durante a observa��o.

"� como se voc� quisesse tirar uma foto n�tida de um cachorro que quer pegar seu rabo", comentou Chi-Kwan Chan, cientista do EHT.

As duas imagens que os cientistas agora t�m, e sua compara��o, permitir�o o estudo detalhado do comportamento da mat�ria em condi��es extremas, com plasma a "bilh�es de graus, poderosas correntes magn�ticas e mat�ria que circula a uma velocidade pr�xima � da luz", explicou � AFP o professor Heino Falcke, ex-diretor do conselho cient�fico do EHT que produziu a imagem do M87*.

Tais condi��es adversas permitir�o explorar fen�menos como as deforma��es do espa�o-tempo perto de um objeto supermassivo, previstas na teoria da relatividade geral que Albert Einstein formulou em 1915.


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