
Os l�deres dos sete pa�ses mais ricos do mundo, que exibem sua unidade diante de Moscou desde o in�cio da reuni�o no domingo nos Alpes da Baviera, responderam a ele com um claro apoio: o G7 continuar� apoiando a Ucr�nia "o tempo que for necess�rio", de acordo com sua declara��o conjunta.
Ao mesmo tempo, os chefes de Estado e de Governo continuar�o "aumentando a press�o sobre Putin", prometeu o chanceler alem�o, Olaf Scholz, anfitri�o da c�pula que acontece no Castelo de Elmau, no sul da Alemanha, principalmente por meio de uma nova rodada de san��es contra a economia russa.
Volodymyr Zelensky "trouxe uma mensagem muito forte dizendo que t�nhamos que fazer o m�ximo para tentar acabar com esta guerra antes do final do ano", sublinharam fontes dentro do G7 ao final da interven��o por videoconfer�ncia do l�der ucraniano.
Sem negocia��o
Ele descartou, por�m, qualquer negocia��o com os russos, alertando, segundo a presid�ncia francesa, que "agora n�o � o momento para negocia��es".
Para demonstrar seu apoio, os pa�ses ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, querem apertar o cerco a Moscou, visando a ind�stria de defesa russa, de acordo com uma fonte da Casa Branca.
Tamb�m pretendem desenvolver um "mecanismo para limitar o pre�o do petr�leo russo em n�vel global", segundo a mesma fonte.
O G7 tamb�m "coordenar� o uso de taxas de importa��o sobre produtos russos, com o objetivo de ajudar a Ucr�nia", acrescentou.
No primeiro dia da reuni�o, no domingo, alguns dos sete pa�ses (Alemanha, Fran�a, Estados Unidos, Canad�, Jap�o, It�lia, Reino Unido) j� haviam anunciado um embargo ao ouro rec�m-extra�do na R�ssia.
Apesar das pesadas san��es que atingem a economia russa desde o in�cio da ofensiva contra a Ucr�nia em 24 de fevereiro, o Kremlin garantiu nesta segunda-feira que n�o h� "raz�o" para se falar de um calote no pagamento das d�vidas da R�ssia, como alegado por alguns meios de comunica��o.
As autoridades russas, no entanto, anunciaram que, por causa das san��es, duas parcelas n�o chegaram aos credores at� o prazo de domingo.
Sistema de m�sseis
Enquanto Kiev continua a exigir mais entregas de armas, os Estados Unidos agora consideram fornecer um sofisticado sistema de m�sseis terra-ar de "m�dio e longo alcance".
No terreno, os bombardeios russos na grande cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucr�nia, e sua regi�o deixaram dois mortos e cinco feridos nesta segunda-feira, segundo o governador regional, Oleg Sinegubov, no Telegram.
No domingo, pela primeira vez em semanas, Kiev foi atingida por m�sseis russos enquanto os combates ferozes continuavam no leste do pa�s, neste conflito mortal que entrou em seu quinto m�s.
Para Olaf Scholz, os bombardeios s�o como um lembrete "de que � justo se unir e apoiar a Ucr�nia".
O presidente russo, Vladimir Putin, esperava que, "de uma forma ou de outra, a Otan e o G7 se dividissem. Mas n�o o fizemos e n�o o faremos", assegurou o presidente americano, Joe Biden.
Seja durante as reuni�es ou sess�es de fotos em grupo, os ocidentais t�m cuidado de mostrar sua unidade durante esta c�pula amplamente dedicada � guerra na Ucr�nia e suas repercuss�es.
Entre as mais urgentes, a crise alimentar que amea�a parte do planeta enquanto milhares de toneladas de cereais est�o em silos ucranianos devido ao bloqueio ou ocupa��o dos portos do Mar Negro pelos russos.
Os ocidentais exigiram que a R�ssia permitisse "a livre passagem de produtos agr�colas dos portos ucranianos do Mar Negro".
O primeiro-ministro brit�nico, Boris Johnson, tamb�m deve pedir uma "a��o urgente" para relan�ar as exporta��es vitais de gr�os da Ucr�nia, j� que os pa�ses mais pobres est�o � beira do precip�cio, informou Downing Street.
Esta grave amea�a que paira sobre v�rios pa�ses emergentes tamb�m ocupa o centro das discuss�es nesta segunda-feira entre os l�deres do G7 e os dirigentes dos cinco pa�ses convidados este ano para a Baviera (�ndia, Argentina, Senegal, Indon�sia e �frica do Sul).
�ndia, Senegal e �frica do Sul se abstiveram na vota��o de uma resolu��o da ONU condenando a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia.
O chefe de Estado indon�sio e presidente do G20, Joko Widodo, tamb�m deve viajar para a Ucr�nia e a R�ssia em breve para discutir as consequ�ncias econ�micas e humanit�rias da invas�o russa.
As economias emergentes est�o particularmente expostas ao risco de escassez de alimentos e � crise clim�tica, outra emerg�ncia que os sete l�deres devem discutir com seus convidados.
