
De acordo com o processo judicial, o estado nicaraguense se considera “v�tima e ofendido” pelas a��es do religioso, mas n�o � especificado o crime que ele supostamente cometeu. �scar Benavidez atua na par�quia do Esp�rito Santo em Mulukuk�, no extremo norte caribenho da Nicar�gua.
Segundo reportagem do site Confidencial, ve�culo de jornalismo independente nicaraguense, a pol�cia diz que o padre est� em Man�gua, capital do pa�s. Fontes da igreja afirmam que ele est� numa pris�o conhecida como “El Chipote”, que � denunciada como centro de tortura por organiza��es de direitos humanos.
Uma reforma no C�digo Penal da Nicar�gua aprovada pela Assembleia Nacional em fevereiro do ano passado alterou o prazo de deten��o de suspeitos de crimes para investiga��o de 48 horas para tr�s meses. O Minist�rio P�blico pede esse tempo para investigar Benavidez, que foi retirado de seu ve�culo e levado pela pol�cia ap�s celebrar uma missa no domingo.
De acordo com o Confidencial, o padre � conhecido por seu carisma e foi ex-assessor da Pastoral Juvenil da Diocese de Matagalpa. Em 2018, ap�s a crise desencadeada pela repress�o do regime de Daniel Ortega, “o padre come�ou a ver como os paroquianos tinham medo de assistir � missa e come�ou a se demitir dos cargos pastorais que lhe cabia como p�roco.”
Persegui��o a religiosos
Os outros dois padres presos no �ltimo ano foram Manuel Garc�a de Nandaime e Monsenhor Leonardo Urbina. O primeiro foi acusado de agredir uma mulher e o segundo de estupro. Em ambos os casos, os julgamentos foram caracterizados pela falta de devido processo legal, segundo juristas independentes.
H� 14 dias, o bispo de Matagalpa, Dom Rolando Alv�rez, est� em cerco policial com outras oito pessoas na C�ria Episcopal de Matagalpa. Ele � cr�tico ao governo de Daniel Ortega e Rosario Murillo. A ag�ncia de telecomunica��es do pa�s disse que as setes esta��es de r�dio religiosas fechadas n�o atendem aos requisitos t�cnicos para estar no ar, sem especificar quais.
Segundo o Confidencial, a ju�za respons�vel pelo processo faz parte dos tribunais que atuaram contra presos pol�ticos como parte de uma rede de funcion�rios que subordinaram suas decis�es judiciais � vontade do partido de Daniel Ortega, presidente da Nicar�gua.