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Estado de Minas INTERNACIONAL

Biden discursa na ONU em tom incisivo contra amea�a renovada da R�ssia

Presidente dos Estados Unidos diz que governo russo rompeu com os princ�pios da Carta das Na��es Unidas


21/09/2022 20:25 - atualizado 21/09/2022 20:27

Joe Biden
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden endurece discurso contra Vladmir Putin (foto: Ludovic MARIN / AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, renovou as acusa��es contra a R�ssia em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta quarta-feira (21).

O americano disse que Moscou rompeu princ�pios da Carta das Na��es Unidas, documento fundador da entidade. E, embora n�o tenha chegado a pedir a expuls�o do pa�s do Conselho de Seguran�a -o mais poderoso colegiado do organismo multilateral-, afirmou que a R�ssia desrespeita um dos t�picos fundamentais da carta, que impede pa�ses-membros de amea�arem ou usarem a for�a contra a integridade territorial ou independ�ncia pol�tica de outras na��es.

"Essa guerra busca a extin��o do direito de a Ucr�nia existir como um Estado, pura e simplesmente", declarou o democrata. "O mundo precisa ver esses atos absurdos pelo que s�o. Se as na��es puderem exercer suas ambi��es imperiais sem que haja consequ�ncias, ent�o colocamos em risco tudo o que esta institui��o representa."

Biden ainda afirmou que a �nica coisa que impede hoje o fim da Guerra da Ucr�nia � a pr�pria R�ssia. O conflito ganhou uma nova escalada nesta quarta, quando Vladimir Putin determinou pela primeira vez a mobiliza��o de at� 300 mil reservistas para o conflito e voltou a amea�ar advers�rios com uma guerra nuclear.

A despeito do tom utilizado pelo presidente no discurso, o Ocidente por oito anos viu a Crimeia, de resto uma regi�o historicamente russa, ser absorvida sem muito mais do que san��es e protestos. Al�m disso, os pr�prios EUA desafiaram preceitos da ONU ao invadir o Iraque em 2003, numa a��o vista pelo ent�o secret�rio-geral do �rg�o, Kofi Annan, como ilegal.

Al�m do an�ncio desta quarta, que despertou rea��es em �mbito global, Moscou patrocina nos pr�ximos dias referendos para que regi�es capturadas no leste e no sul da Ucr�nia decidam se querem se tornar parte do territ�rio russo -Biden e outros l�deres ocidentais chamam o processo de farsa.

Pela l�gica da a��o, no cen�rio em que as regi�es hoje ucranianas mudam de bandeira, qualquer eventual ataque ao territ�rio seria, no entendimento legal do Kremlin, um ataque � R�ssia e, por consequ�ncia, um gatilho para p�r em pr�tica a doutrina nuclear de Moscou. O mais recente movimento de Putin foi tamb�m um alerta aos aliados da Otan e em especial aos EUA, cuja administra��o j� desembolsou mais de US$ 15 bilh�es em ajuda militar � Ucr�nia.

Na ONU, Biden chamou de irrespons�veis as amea�as de seu hom�logo russo. "Uma guerra nuclear n�o pode ser vencida e n�o deve jamais ser lutada", afirmou, condenando ainda iniciativas nucleares do Ir� -com o qual um novo acordo nesse �mbito � negociado h� meses- e da China, que, segundo ele, est� "construindo um arsenal nuclear sem nenhuma transpar�ncia".

Foi o �nico coment�rio mais agressivo do americano sobre a na��o asi�tica. No mais, ele reiterou seu compromisso com a pol�tica de "uma s� China", que n�o reconhece a independ�ncia de Taiwan, e repetiu sua fala nas Na��es Unidas no ano passado de que os EUA "n�o buscam uma nova Guerra Fria".

Biden ainda abordou no discurso uma s�rie de outros t�picos prementes na agenda global, como inseguran�a alimentar, crise do clima e combate a doen�as. Mas n�o tocou em pol�tica interna, contrariando a expectativa de alguns analistas que previam algum tom eleitoral em sua fala.

�s v�speras das elei��es legislativas de meio de mandato, Biden vem deixando de lado os pedidos de uni�o entre democratas e republicanos para elevar o tom contra apoiadores do ex-presidente Donald Trump, chamando-os de inimigos da democracia, acusando-os de estarem determinados "a levar o pa�s para o passado" e assumindo o que ele chama de "batalha pela alma da na��o".

Por tradi��o, o presidente americano � sempre o segundo chefe de Estado a falar na Assembleia-Geral -seu discurso deveria ter ocorrido na v�spera, ap�s o pronunciamento de Jair Bolsonaro (PL). O democrata, por�m, adiou o discurso para o segundo dia do evento em decorr�ncia da viagem a Londres para o funeral da rainha Elizabeth 2ª.

Na agenda do l�der para o dia, consta ainda um encontro com a delega��o ucraniana, mas sem equivalente com o grupo russo, segundo afirmou a embaixadora americana na ONU � imprensa local.

Diferentemente da maioria dos l�deres mundiais, Putin n�o foi a Nova York. Em seu lugar, mandou o chanceler Serguei Lavrov, que, alvo de san��es da Casa Branca, at� o �ltimo minuto n�o sabia se conseguiria viajar. A ironia � que foi esta mesma ONU que deu prest�gio a Lavrov, j� que, antes de se tornar o l�der da diplomacia de Moscou, ele foi embaixador na entidade por dez anos e era conhecido pelo bom relacionamento com outras autoridades.


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