
Do tamanho de uma moeda, o chip ainda estar� em fase de testes. Caso d� certo, o objetivo � facilitar a intera��o direta entre c�rbero e computador, al�m de desenvolver tratamentos para que deficientes visuais voltem a enxergar e pessoas com tetraplegia voltem a andar e mover os bra�os.
Segundo o empres�rio, parte dos documentos necess�rios para o in�cio dos testes j� foram entregues � Food and Drug Administration, ag�ncia federal norte-americana que regula as atividades envolvendo sa�de p�blica.
Musk tamb�m apresentou o progresso dos testes que v�m sendo realizados em macacos e porcos. Os porcos tamb�m receberam eletrodos na medula espinhal, para estabelecer a comunica��o entre os dois dispositivos.
Assim, o chip conseguiu fazer a leitura dos comandos cerebrais e os enviar para os eletrodos, possibilitando o controle de diferentes movimentos das pernas do animal. Os eletrodos tamb�m fizeram o caminho inverso: foram capazes de entender sinais sensoriais na extremidade das patas e os enviar para o c�rebro.
J� nos macacos, o chip cerebral foi implantado com uma c�mera acoplada no c�rtex visual. Ele conseguiu capturar e armazenar flashes visuais que o animal interpretou como se estivesse em locais diferentes.
Em outros testes, os macacos tamb�m jogaram o tradicional jogo de videogame Pong, seguiram instru��es e foram capazes de digitar em um teclado virtual sob o comando do c�rebro, sem usar as m�os.
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Chips mais potentes
O chip de primeira gera��o, batizado de N1, utiliza 1.024 eletrodos, mas a Neuralink exibiu modelos da pr�xima gera��o, que devem ter mais de 16 mil eletrodos. O aumento pretende melhorar a performance.
"Se voc� colocar um dispositivo em ambos os lados do c�rtex visual, isso lhe daria 32 mil pontos de luz para criar uma imagem em algu�m cego, por exemplo", disse o pesquisador Dan Adams. Ele � um dos respons�veis por desenvolver a tecnologia que embala os dados da c�mera em um formato compat�vel com o c�rebro e os canaliza diretamente para o c�rtex visual.
Musk quer que todos usem
Os objetivos de Musk v�o muito mais do que apenas as causas nobres que citou. A empresa quer produzir esses dispositivos em larga escala para popularizar seu uso.
O pr�prio Musk afirmou que pretende implantar um. O objetivo � que boa parte da popula��o consiga fazer o c�rebro interagir diretamente com computadores super inteligentes.
"A produ��o � dif�cil. Eu diria que � de 100 a 1000 vezes mais dif�cil passar de um prot�tipo para um dispositivo que seja seguro, confi�vel, funcione sob uma ampla gama de circunst�ncias, seja acess�vel e seja feito em escala", disse Musk.
O empres�rio est� t�o ciente da dificuldade que, paralelamente, a empresa est� desenvolvendo um rob�, batizado de R1, capaz de introduzir chips sem danificar vasos sangu�neos. Outra m�quina ainda est� sendo projetada para lidar com v�rias cirurgias ao mesmo tempo, sem a necessidade de cortar o cr�nio.
"N�o h� muitos neurocirurgi�es (...) Para fazermos o melhor e termos um procedimento barato e acess�vel, precisamos descobrir como um neurocirurgi�o pode supervisionar muitos procedimentos ao mesmo tempo", disse Christine Odabashian, que lidera a equipe de engenharia cir�rgica da Neuralink.
Al�m dos desafios t�cnicos e tecnol�gicos, a empresa deve enfrentar uma batalha contra marcos regulat�rios e �ticos. A comunidade cient�fica j� sinalizou que, nas pesquisas que v�m sendo realizadas pela Neuralink, ainda h� muitas falhas e muitas perguntas sem respostas.
Entre elas, por exemplo, o que ser� feito se um c�rebro for invadido por um hacker ou infectado por um v�rus de computador. H� ainda pol�micas sobre a poss�vel pirataria de chips para aqueles que n�o puderem pagar pelo produto original; e sobre a posse, o controle e a fiscaliza��o dos dados transferidos do c�rebro para os computadores.