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Estado de Minas MONTEVID�U

C�pula do Mercosul come�a em meio a tens�o com Uruguai sobre flexibiliza��o

Representantes dos Estados-membros e Estados Associados come�am a se encontrar nesta segunda-feira na reuni�o do Conselho do Mercado Comum


05/12/2022 12:26 - atualizado 05/12/2022 13:20

Na foto, representantes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, fundadores do Mercosul
O presidente Jair Bolsonaro n�o estar� presente na c�pula, como fez em julho durante o encontro em Assun��o (foto: NELSON ALMEIDA/AFP)
A c�pula do Mercosul aquece os motores nesta segunda-feira (5/12), v�spera da reuni�o de chefes de Estado, com a flexibiliza��o do bloco novamente sobre a mesa e um clima renovado de tens�o, ap�s a amea�a de repres�lias contra o Uruguai por seu interesse em assinar acordos com terceiros pa�ses.

Representantes dos Estados-membros e Estados Associados come�am a se encontrar nesta segunda-feira na reuni�o do Conselho do Mercado Comum, em prepara��o para a c�pula de presidentes de ter�a-feira (6), que contar� com a presen�a do argentino Alberto Fern�ndez e do paraguaio Mario Abdo, al�m do anfitri�o, o uruguaio Luis Lacalle Pou.

O presidente Jair Bolsonaro n�o estar� presente na c�pula, como fez em julho durante o encontro em Assun��o.

O argentino Fern�ndez receber� a presid�ncia provis�ria do bloco do uruguaio Luis Lacalle Pou.

O presidente uruguaio espera uma reuni�o "entretida", em declara��es na �ltima quarta-feira, ao saber de uma nota divulgada por Brasil, Argentina e Paraguai, em que os tr�s levantam a possibilidade de "poss�veis medidas" contra Montevid�u por seu pedido de ades�o ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpac�fica (CPTPP).

"Os tr�s pa�ses se reservam o direito de adotar as medidas que considerem necess�rias para defender seus interesses no campo jur�dico e comercial", alertaram Buenos Aires, Bras�lia e Assun��o em declara��o conjunta, que critica a posi��o uruguaia de buscar acordos com pa�ses de fora da zona sem o consentimento dos demais s�cios.

Horas depois, o governo uruguaio finalizou seu pedido de ades�o ao acordo comercial formado por Austr�lia, Jap�o, Canad�, Nova Zel�ndia, Brunei, Chile, Mal�sia, M�xico, Peru, Singapura e Vietn�, por meio de uma carta entregue por seu ministro das Rela��es Exteriores, Francisco Bustillo.

Este � um novo cap�tulo que se soma � disputa que o menor pa�s do bloco, com 3,5 milh�es de habitantes, mant�m com seus s�cios h� d�cadas.

De fato, o governo de Lacalle Pou tamb�m tenta negociar um Tratado de Livre-Com�rcio (TLC) com a China sem a aprova��o dos outros membros do Mercosul, o que irritou particularmente a Argentina e o Paraguai.

Uma resolu��o conjunta do ano 2000 e o tratado fundador de 1991 sugerem que os acordos do Mercosul devem ser alcan�ados em conjunto pelos s�cios, uma interpreta��o da regulamenta��o que o Uruguai n�o compartilha.

Jogada pol�tica

A declara��o das tr�s chancelarias, e a decis�o de divulg�-la simultaneamente, "� uma mensagem, um movimento mais pol�tico do que concreto, um alerta que o Mercosul d� ao Uruguai sobre algo que j� sab�amos que eles n�o compartilhavam", disse o especialista em Rela��es Internacionais, Ignacio Bartesaghi, em declara��es � AFP.

Para o analista, "o Uruguai n�o pode voltar atr�s em algo que ainda n�o come�ou".

"O que se iniciou at� agora s�o an�ncios e a��es que n�o t�m qualquer tipo de possibilidade de reclama��o judicial", ponderou sobre o pedido de ades�o ao CPTPP, bem como sobre o caminho percorrido para negociar um acordo de livre-com�rcio com a China.

"O Uruguai ainda n�o est� negociando. Fechar um estudo de viabilidade com a China � considerado um primeiro elo da negocia��o, sim, mas tecnicamente n�o est� negociando nada ainda. E muito menos com o CPTPP, para o qual acabou de apresentar a nota", resumiu.

Neste contexto, Bartesaghi considera que na c�pula "n�o haver� nada para apresentar" e se repetir� o cen�rio das reuni�es anteriores, sem progressos concretos.

"A discord�ncia do Mercosul em quest�es m�nimas de consenso ficar� evidente mais uma vez", afirmou.

Al�m disso, o especialista destacou que a aus�ncia do Brasil, "a pot�ncia" da regi�o, pela segunda vez consecutiva em uma c�pula, � um claro indicador do atual estado de fragilidade do bloco.


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