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Estado de Minas PARIS

Voo Rio-Paris: MP franc�s n�o pedir� condena��o �s empresas a�reas

O Minist�rio P�blico franc�s declarou que n�o" est� "em condi��es de pedir a condena��o" da Airbus e Air France , julgadas por homic�dio culposo


07/12/2022 13:46 - atualizado 07/12/2022 14:18

Na foto, barco salva sobreviventes do voo AF447
Em 1� de junho de 2009, o avi�o AF447 caiu no Oceano Atl�ntico, quase quatro horas ap�s decolar do Rio de Janeiro, deixando 228 pessoas mortas (foto: AFP)
O Minist�rio P�blico franc�s declarou nesta quarta-feira (7/12) que "n�o" est� "em condi��es de pedir a condena��o" da Airbus e da Air France, julgadas por homic�dio culposo ap�s a queda do voo Rio-Paris, no qual 228 pessoas morreram em 1º de junho de 2009.

A culpabilidade das empresas "parece-nos imposs�vel de provar. Sabemos que esta posi��o muito provavelmente ser� inaud�vel �s partes civis, mas n�o estamos em condi��es de solicitar a condena��o da Air France e da Airbus", declarou em sua conclus�o o promotor do caso.

Ap�s oito semanas de audi�ncias, o julgamento pelo acidente entrou em sua reta final nesta quarta, com os �ltimos argumentos do Minist�rio P�blico.

Em 1º de junho de 2009, o avi�o AF447 caiu no Oceano Atl�ntico, quase quatro horas ap�s decolar do Rio de Janeiro. Seus 216 passageiros e 12 tripulantes morreram nesta trag�dia.

"Este tr�gico acidente foi, sobretudo, uma trag�dia humana que marcou para sempre os familiares das v�timas", cujo "sofrimento tem sido constantemente revivido ao longo destes treze anos", um "tempo longo demais", declarou mais cedo a promotora Marie Duffourc em uma sala lotada no Tribunal Correcional de Paris.

"Representar a sociedade em tal julgamento significa preservar a ordem social (e) lembrar que o respeito � vida humana n�o admite qualquer compromisso", alertou.

O segundo promotor, Pierre Arnaudin, come�ou ent�o a detalhar todos os "fatores contribuintes" do acidente, a fim de estabelecer se uma "culpa" poderia ser imputada � Airbus e � Air France em "conex�o" com o desastre.

As duas empresas, que incorrem a uma multa de 225 mil euros cada, contestam qualquer falha.

Embora os ju�zes de instru��o tenham arquivado o caso em 2019, os familiares das v�timas e os sindicatos dos pilotos apelaram e, em maio de 2021, os tribunais enviaram as duas empresas a julgamento por homic�dio doloso.

Segundo laudos periciais, o congelamento das sondas de velocidade Pitot causou altera��o nas medi��es de velocidade do Airbus A330, o que desorientou os pilotos at� perderem o controle do avi�o.

Para o tribunal de apela��o, que reverteu o arquivamento do caso, a Air France n�o implementou o "treinamento adaptado", nem forneceu as "informa��es" necess�rias para que os pilotos pudessem "reagir" a essa falha t�cnica.

A Airbus, por sua vez, � acusada de "subestimar a gravidade" das falhas das sondas de velocidade, por n�o tomar as medidas necess�rias para informar com urg�ncia as tripula��es ou trein�-las de forma eficaz.

Na audi�ncia de hoje, o promotor Arnaudin considerou que, nos momentos dos fatos, "havia por um lado a impossibilidade t�cnica de compreender este fen�meno de forma��o de gelo e, por outro lado, de determinar com certeza qual sonda deveria ser utilizada".

"� claro que face aos dados cient�ficos da �poca, nenhuma culpa criminal me parece suscet�vel de ser retida", concluiu.

Duffourc ent�o voltou �s consequ�ncias da pane na cabine de controle, considerando que nenhum "defeito no projeto da aeronave" tinha "liga��o certa com a perda de trajet�ria" e, portanto, n�o poderia ser retida contra a Airbus.

Ap�s tais declara��es, membros da associa��o Entraide et Solidarit� AF447, que representa as fam�lias das v�timas, abandonaram a sala, antes da suspens�o da audi�ncia.

"Voltamos a 2019, quando os ju�zes de instru��o desestimaram efetivamente todo o caso. Temos um promotor que deveria defender o povo e que acaba defendendo a multinacional Airbus", lamentou Dani�le Lamy, presidente da associa��o, denunciando um "julgamento contra os pilotos".

As falhas nessas sondas se multiplicaram nos meses anteriores ao acidente. Ap�s a cat�strofe, o modelo foi alterado em todo o mundo.

A trag�dia motivou ainda outras modifica��es t�cnicas no dom�nio da aeron�utica e um treino refor�ado numa situa��o de perda de altitude e de estresse da tripula��o.


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