(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MANIFESTA��ES

Peru: protestos deixam 5 mortos, apesar do an�ncio de elei��es antecipadas

Manifestantes reivindicam a ren�ncia da presidente Dina Boluarte; ao todo, 7 pessoas morreram nas �ltimas 36 horas


13/12/2022 05:59 - atualizado 13/12/2022 10:15

Na foto, manifestante no meio da rua, enquanto policiais tentam conter protestos
O an�ncio de Boluarte de que enviar� ao Congresso um projeto de lei para antecipar em dois anos as elei��es previstas para 2026 n�o acalmou os manifestantes (foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP)
Cinco manifestantes morreram na segunda-feira (12/12) durante os protestos no Peru, que reivindicam a ren�ncia da rec�m-empossada presidente Dina Boluarte, elevando a sete o total de falecidos nas �ltimas 36 horas, apesar da proposta da mandat�ria de antecipar as elei��es para abril de 2024. 


O an�ncio de Boluarte de que enviar� ao Congresso um projeto de lei para antecipar em dois anos as elei��es previstas para 2026 n�o acalmou os manifestantes, que exigem a liberta��o do presidente destitu�do Pedro Castillo, o fechamento do Parlamento e elei��es imediatas.

Um dos �bitos de segunda-feira foi registrado em Arequipa, segunda maior cidade do pa�s, durante a��o da pol�cia para liberar a pista de pouso do aeroporto local, ocupada por cerca de 1.500 manifestantes.

Outros quatro civis morreram durante as marchas repelidas pela tropa de choque em Chincheros e Andahuaylas, no departamento de Apur�mac, regi�o natal de Boluarte.

"Informamos sete mortes nas regi�es de Abancay e Arequipa" desde domingo, disse � AFP uma fonte da Defensoria do Povo.

Entre os mortos est�o tr�s adolescentes que tinham entre 15 e 16 anos.

Em Chincheros, os manifestantes conseguiram incendiar a sede do Minist�rio P�blico e uma delegacia.

 

 

Uma batalha campal ocorreu no aeroporto de Arequipa, quando a pol�cia dispersou os manifestantes que bloquearam a pista de pouso com pedras, paus e pneus em chamas, constatou um fot�grafo da AFP no local.

A pol�cia os enfrentou com bombas de g�s lacrimog�neo e retomou o controle da pista depois de tr�s horas, acrescentou.

Os manifestantes, alguns usando chap�us e roupas tradicionais, queimaram cabines de seguran�a e a ilumina��o da pista de pouso foi destru�da. O aeroporto continua fechado, com dezenas de passageiros bloqueados.

Tamb�m em Arequipa, uma das maiores f�bricas de latic�nios do pa�s foi ocupada por manifestantes, segundo imagens exibidas pela TV.

 

Em Lima, centenas de manifestantes foram dispersados pela pol�cia com bombas de g�s lacrimog�neo em sua tentativa de chegar ao Congresso.

O governo declarou nesta segunda-feira o estado de emerg�ncia por 60 dias em 7 prov�ncias da regi�o de Abancay.


A Corpora��o Peruana de Aeroportos e Avia��o Comercial fechou o Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete de Cusco na segunda-feira � noite, depois que manifestantes tentaram invadir o local.

Aumento dos protestos

Castillo est� preso por ordem de um juiz ap�s sua frustrada tentativa de autogolpe de Estado, na quarta-feira, e posterior destitui��o pelo Congresso. Ele foi substitu�do na Presid�ncia por sua vice, Dina Boluarte.

"O presidente Castillo n�o est� bem de sa�de, foi solicitada a interven��o da Cruz Vermelha Internacional para verificar o estado de sa�de do presidente. Entramos com um habeas corpus para obter sua liberta��o imediata, � um direito dele", disse o advogado Ronald Atencio � imprensa.

Em uma tentativa de conter a onda de manifesta��es, o governo afastou nesta segunda os 26 prefeitos regionais do pa�s, nomeados pelo governo Castillo, sob o argumento de que eles "incitam os protestos".

 

Enquanto isso, o escrit�rio do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos declarou-se "profundamente preocupado com a possibilidade de escalada da viol�ncia".

 

 

"Dado o n�mero de protestos, incluindo greves, planejados para esta semana, pedimos a todos os envolvidos que exer�am a modera��o", informou em nota emitida em Genebra.

As manifesta��es crescem desde o domingo em v�rias cidades do norte e do sul.

Lima, a capital do pa�s, sempre deu as costas a Castillo, um professor rural e l�der sindical que n�o tinha contato com as elites peruanas, enquanto as regi�es andinas se identificaram com ele desde as elei��es de 2021.

Respaldo ao presidente

Os governos de esquerda de M�xico, Argentina, Col�mbia e Bol�via expressaram nesta segunda-feira apoio ao ex-presidente Castillo em um comunicado conjunto.

"O presidente Castillo, desde o dia da sua elei��o, foi v�tima de um ass�dio antidemocr�tico, que viola a a Conven��o Americana sobre Direitos Humanos", diz o comunicado assinado pelos quatro pa�ses, divulgado nesta segunda pela chancelaria da Col�mbia.

"Exortamos a quem integra as institui��es que se abstenha de reverter a vontade popular expressa pelo livre sufr�gio", acrescentou o comunicado sem mencionar que Castillo foi destitu�do por um autogolpe de Estado fracassado.

Greve por tempo indeterminado

 

Enquanto isso, sindicatos rurais e organiza��es camponesas e ind�genas ressoam os tambores, anunciando "uma greve por tempo indeterminado" a partir desta ter�a-feira, somando-se aos pedidos de fechamento do Congresso, antecipa��o das elei��es e de elabora��o de uma nova Constitui��o, segundo um comunicado da Frente Agr�ria e Rural do Peru.

O servi�o ferrovi�rio entre Cusco e a cidade inca de Machu Picchu ser� suspenso nesta ter�a-feira devido aos protestos, informou a empresa que opera as viagens.

 

 

A Frente Agr�ria e Rural, que re�ne uma d�zia de organiza��es, pede, ainda, a "liberdade imediata" de Castillo. Segundo a Frente Agr�ria, ele "n�o praticou nenhum golpe de Estado".

O ex-presidente foi detido por sua pr�pria equipe de seguran�a na quarta-feira, quando se dirigia � embaixada do M�xico para pedir asilo pol�tico. O Minist�rio P�blico o acusa de rebeli�o e conspira��o. Ele j� era investigado por corrup��o.

 

Elei��es antecipadas 

 

Nessa segunda (12/12), as aten��es se concentravam na rea��o do Congresso � proposta de elei��es gerais antecipadas, pois tamb�m implica a redu��o do mandato dos legisladores em dois anos.

Para reduzir mandatos populares, como o presidencial e o legislativo, � necess�ria uma reforma constitucional, um processo que pode demorar 12 meses.

A demanda por novas elei��es est� associada a uma rejei��o esmagadora do Congresso. De acordo com as pesquisas de opini�o de novembro, 86% dos peruanos desaprovam o Parlamento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)