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Estado de Minas PROIBI��O

Guardas armados impedem entrada de mulheres nas faculdades do Afeganist�o

Proibi��o ocorre depois do an�ncio do governo Talib� que proibiu acesso das mulheres ao Ensino Superior


21/12/2022 08:46 - atualizado 21/12/2022 11:01

Na foto, guardas armados na porta de universidade, em Kabul, no Alfeganistão
Apesar da promessa de um regime mais tolerante quando tomaram o poder em agosto de 2021, os fundamentalistas isl�micos multiplicaram as restri��es contra as mulheres (foto: Wakil Kohsar / AFP)
Guardas armados impediram a entrada de centenas de jovens mulheres nas universidades afeg�s nesta quarta-feira (21), um dia depois do an�ncio do governo Talib� que proibiu o acesso das mulheres ao Ensino Superior.

 

Apesar da promessa de um regime mais tolerante quando tomaram o poder em agosto de 2021, os fundamentalistas isl�micos multiplicaram as restri��es contra as mulheres, afastando-as da vida p�blica.

Jornalistas da AFP observaram estudantes reunidas em frente �s universidades da capital, Cabul, cujos port�es estavam trancados e protegidos por seguran�as armados.

"Estamos condenadas. Perdemos tudo", disse uma delas, que pediu para n�o ser identificada.

"N�o temos palavras para expressar nossos sentimentos", explicou outra, Madina. "Eles tiraram nossa esperan�a. Enterraram nossos sonhos", completou a estudante.

Seus colegas do sexo masculino tamb�m expressaram choque. "Isso realmente mostra seu analfabetismo e baixo conhecimento do Isl� e dos direitos humanos", disse um deles, sob condi��o de anonimato.

"Se a situa��o continuar assim, o futuro ser� pior. Todos est�o com medo", acrescentou.

A maioria das universidades p�blicas e privadas permanece fechada por algumas semanas no inverno, embora seus campi geralmente continuem abertos a estudantes e funcion�rios.

A decis�o de banir as mulheres das universidades foi anunciada na noite de ter�a-feira pelo ministro do Ensino Superior, Neda Mohammad Nadeem.

A maioria das adolescentes do pa�s j� havia sido banida do Ensino M�dio, limitando significativamente suas op��es de acesso �s universidades.

 


O veto, por�m, ainda n�o havia sido aplicado ao Ensino Superior e milhares de mulheres fizeram as provas do vestibular h� menos de tr�s meses.

No entanto, os centros de ensino precisaram adaptar-se, aplicando a segrega��o por sexo e permitindo apenas que mulheres ou homens idosos dessem aulas �s alunas.

Diverg�ncias

O l�der supremo do Talib�, Hibatullah Akhundzada, e seu c�rculo pr�ximo defendem uma interpreta��o ultrarrigorosa do Isl� contra a educa��o moderna, especialmente para mulheres.

A posi��o diverge da adotada por alguns l�deres em Cabul, e at� mesmo entre suas bases, que esperavam que o novo regime tolerasse a educa��o feminina.

"Essa decis�o vai ampliar as diverg�ncias", comentou � AFP um comandante talib�.

Em mar�o, o Talib� impediu que as adolescentes voltassem �s escolas de Ensino M�dio na mesma manh� em que deveriam reabrir ap�s mais de meio ano de fechamento.

V�rias autoridades talib�s argumentaram que era uma suspens�o tempor�ria e ofereceram uma s�rie de desculpas, da falta de recursos � necessidade de reformular o programa educacional.

Desde ent�o, muitas adolescentes se casaram cedo, muitas vezes com homens mais velhos escolhidos pelos pais.

Muitas fam�lias questionadas pela AFP em novembro argumentaram que, com a dif�cil situa��o econ�mica e a proibi��o � educa��o, garantir o futuro das filhas por meio do casamento era melhor do que deix�-las ociosas em casa.

 

Press�o internacional


O Talib� tamb�m expulsou as mulheres de muitos empregos p�blicos, proibiu-as de viajar sem um parente do sexo masculino e as obrigou a usar burca ou hijab fora de casa.

Em novembro, as autoridades proibiram o acesso delas a parques, feiras, academias e banheiros p�blicos.

A comunidade internacional, por sua vez, considera o direito � educa��o das mulheres uma condi��o fundamental nas negocia��es para a presta��o de ajuda humanit�ria ao pa�s e reconhecimento das novas autoridades.

"O Talib� n�o pode esperar ser um membro leg�timo da comunidade internacional se n�o respeitar totalmente os direitos de todos no Afeganist�o. Esta decis�o ter� consequ�ncias", comentou o secret�rio de Estado americano, Antony Blinken.

A ministra das Rela��es Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que o Talib� "decidiu destruir o futuro de seu pr�prio pa�s" e informou que o G7 abordar� a quest�o.

Durante os 20 anos que se passaram entre os dois regimes talib�s, as meninas frequentaram as escolas e as mulheres procuraram empregos em todos os setores, apesar de o pa�s continuar socialmente conservador.

Nas �ltimas semanas, as autoridades tamb�m reintroduziram os a�oitamentos e execu��es p�blicas em uma aplica��o extrema da lei isl�mica, a sharia.


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