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Estado de Minas INTERNET DO MAL

Empresa israelense influenciou dezenas de elei��es, diz investiga��o

Den�ncia � que empresa desenvolveu plataforma digital, que permitia criar in�meras contas falsas nas redes sociais e, sobretudo, ativ�-las e aliment�-las


15/02/2023 12:07 - atualizado 15/02/2023 12:59

 tomás zeron
Tom�s Zeron, pol�tco mexicano, um dos mais ajudados pelo esquema, segunda a den�ncia (foto: Governo do M�xico/Divulga��o)
Uma empresa clandestina israelense de manipula��o eleitoral nas redes sociais foi usada para influenciar dezenas de elei��es em todo o mundo, principalmente na �frica, mas tamb�m em outros casos no M�xico e na Espanha - revela um grupo de jornalistas investigativos.

A empresa, sem exist�ncia legal, chamada de "Team Jorge" pelos jornalistas, seguindo o pseud�nimo de um dos seus respons�veis, Tal Hanan, � composta de ex-membros dos servi�os de seguran�a israelenses, conforme informa��es reveladas nesta quarta-feira (15) pelo coletivo Forbidden Stories.

Tr�s jornalistas do grupo se fizeram passar por poss�veis clientes para coletar informa��es durante v�rios meses sobre o "Team Jorge".

A estrutura afirma ter "atuado em 33 campanhas eleitorais em n�vel presidencial", disse a seus falsos clientes, segundo a R�dio France, onde trabalha um dos rep�rteres infiltrados.

Das 33 campanhas, relatou outro funcion�rio ouvido pelos jornalistas, "dois ter�os delas (ocorreram) na �frica angl�fona e franc�fona, 27 foram bem-sucedidas".

No M�xico, a empresa teria atuado em favor de Tom�s Zer�n, ex-funcion�rio do governo investigado pelo desaparecimento de 43 estudantes em 2014, afirma o site Forbidden Stories.

Zer�n, chefe da Ag�ncia de Investiga��o Criminal de 2013 a 2016, � acusado de sequestro, tortura e manipula��o de provas, no caso do desaparecimento dos jovens de Ayotzinapa, localidade do estado de Guerrero.

Envolvido na aquisi��o do programa de espionagem Pegasus pelas autoridades mexicanas, Zer�n est� foragido em Israel, que rejeita sua extradi��o.

E, na Espanha, "Team Jorge" teria influenciado o referendo, n�o reconhecido pelo governo espanhol, organizado pelos separatistas catal�es em 2014, ainda conforme o site da R�dio France.

- Quase 40 mil perfis falsos -

Para suas atividades, a empresa desenvolveu "durante seis anos uma plataforma digital", a AIMS, que lhe permitia criar in�meras contas falsas nas redes sociais e, sobretudo, ativ�-las e aliment�-las, explica o coletivo.

Desde janeiro de 2023, o sistema explorou 39.213 perfis falsos, "que poderiam ser consultados em uma esp�cie de cat�logo". Nele, h� "avatares de todas as etnias, nacionalidades, g�neros, solteiros, ou casados... Seus rostos s�o retratos de pessoas reais tirados da Internet, e seus patron�micos, a combina��o de milhares de nomes e sobrenomes pr�prios armazenados em um banco de dados", de acordo com a R�dio France.

"Para demonstrar a efic�cia de uma de suas ferramentas, Jorge assumiu o controle dos sistemas de mensagens de v�rias autoridades africanas de alto escal�o. 'Estamos dentro', disse aos jornalistas que viram duas contas do Gmail, um Google Drive e um diret�rio, assim como uma s�rie de contas do Telegram", relata o Forbidden Stories.

Uma vez infiltrado nos sistemas, Jorge conseguia "se fazer passar pelo dono e trocar com seus contatos", acrescenta o coletivo.

A empresa tamb�m pode lan�ar opera��es para pressionar pessoas importantes em processos decis�rios, ou jornalistas, em nome de seus clientes.

Forbidden Stories ("Hist�rias Proibidas", em tradu��o literal) � uma rede de jornalistas investigativos criada em 2017.


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