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Estado de Minas DIA DA MULHER

Mulheres protestam por seus direitos amea�ados em todo o mundo

Raz�es s�o in�meras: discrimina��o no Afeganist�o, repress�o a protestos no Ir�, questionamento do direito ao aborto nos EUA, consequ�ncias da guerra da Ucr�nia


08/03/2023 08:32 - atualizado 08/03/2023 09:17

Protesto contra a cultura do estupro, no Rio de Janeiro, em 2016
Protesto contra a cultura do estupro, no Rio de Janeiro, em 2016; luta das mulheres segue 7 anos depois, em defesa de seus direitos (foto: Ramiro Furquim )
Milhares de mulheres v�o �s ruas nesta quarta-feira (8) para denunciar uma ofensiva global contra seus direitos e exigir o fim da discrimina��o e dos feminic�dios, que aumentam em diversos pa�ses.

Por ocasi�o do Dia Internacional da Mulher, eventos e manifesta��es ser�o organizados em v�rias cidades ao redor do mundo.

As raz�es da mobiliza��o s�o in�meras: a discrimina��o imposta no Afeganist�o desde a volta do Talib� ao poder, a repress�o aos protestos no Ir� pela morte de Mahsa Amini, o questionamento do direito ao aborto nos Estados Unidos ou as consequ�ncias da guerra da Ucr�nia para as mulheres.

No Brasil, atos em S�o Paulo e no Rio de Janeiro denunciar�o os "cortes nas pol�ticas de prote��o �s mulheres" e o "crescimento vertiginoso do machismo e da misoginia" durante o mandato do direitista Jair Bolsonaro (2019-2022), afirmou Jun�ia Batista, da Central �nica dos Trabalhadores (CUT).

O atual presidente de esquerda, Luiz In�cio Lula da Silva, participar� em Bras�lia do lan�amento de programas para mulheres e da cria��o do Dia Nacional Marielle Franco contra a viol�ncia pol�tica, em homenagem � vereadora assassinada em 2018.

"Os avan�os obtidos em d�cadas est�o evaporando diante de nossos olhos", alertou o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, na segunda-feira.

"No ritmo atual, a ONU Mulheres calcula que ser�o necess�rios 300 anos" para alcan�ar a igualdade entre homens e mulheres, acrescentou ele, depois de recordar a situa��o no Afeganist�o, onde mulheres e meninas foram "apagadas da vida p�blica" desde o retorno do Talib� ao poder, em agosto de 2021.

As universidades afeg�s reabriram na segunda-feira ap�s as f�rias de inverno, mas apenas os homens foram autorizados a frequentar as aulas.

A Uni�o Europeia (UE) adotou na ter�a-feira san��es contra o ministro talib� do Ensino Superior, Neda Mohammed Nadeem, "respons�vel pela viola��o generalizada do direito das mulheres � educa��o".

Outros indiv�duos ou entidades respons�veis por viola��es dos direitos das mulheres no Ir�, R�ssia, Sud�o do Sul, Mianmar e S�ria tamb�m foram alvos de san��es.

Manifesta��es proibidas

As manifesta��es de mulheres foram proibidas em v�rios lugares, como no Paquist�o, onde as autoridades acusaram os "cartazes controversos" que as manifestantes costumam carregar, com reivindica��es sobre o div�rcio ou contra o ass�dio sexual.

As organiza��es feministas independentes de Cuba, que convocaram uma "marcha virtual" nas redes sociais para conscientizar sobre a viol�ncia de g�nero e os feminic�dios, tamb�m n�o receberam autoriza��o para protestar.

Outro tema central dos protestos ser� a defesa do direito ao aborto, enfraquecido nos Estados Unidos pela decis�o da Suprema Corte em junho de revogar a decis�o de 1973 que o garantia o acesso a n�vel federal.

Na Europa, esse direito tamb�m foi enfraquecido na Hungria e na Pol�nia.

"Lutamos contra um patriarcado (...) que disputa at� a morte esses nossos direitos - como o aborto - que conquistamos lutando", afirma o manifesto da marcha que acontecer� em Madri.

Na Fran�a, foram convocadas manifesta��es pela "igualdade no trabalho e na vida". O pa�s est� em crise por greves e protestos contra a reforma da Previd�ncia promovida pelo governo liberal de Emmanuel Macron, que os cr�ticos dizem ter efeitos nocivos sobre as mulheres.

Tamb�m h� protestos marcados nas principais cidades do M�xico, Col�mbia e Venezuela.


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