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Estado de Minas PORTUGAL

Morte de surfista brasileiro em praia � investigada em Portugal

Corpo do carioca Leno Prince, de 42 anos, foi encontrado na manh� de domingo depois de desaparecer quando praticava kitesurf no s�bado � noite


05/09/2023 18:01 - atualizado 05/09/2023 18:39
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O brasileiro Leno Prince, de 42 anos, foi encontrado morto na manhã de domingo (3/8) depois de desaparecer na Praia no Gancho, em Cascais, quando praticava kitesurf
O brasileiro Leno Prince, de 42 anos, foi encontrado morto na manh� de domingo (3/8) depois de desaparecer na Praia no Gancho, em Cascais, quando praticava kitesurf (foto: Reprodu��o/Instagram/@lenoprincepersonal)
Lisboa — O brasileiro Leno Prince, de 42 anos, foi encontrado morto na manh� de domingo (3/8) depois de desaparecer na Praia no Gancho, em Cascais, quando praticava kitesurf. Surfista experiente, ele havia decidido aproveitar o s�bado de sol para praticar o esporte. Foi � praia acompanhado da mulher, que o viu pela �ltima vez por volta das 20h. Assustada com o sumi�o repentino do marido, ela comunicou o fato � pol�cia. Imediatamente, come�aram as buscas, que se seguiram at� a 1h da manh�, sem sucesso.

No domingo, por�m, o corpo do atleta foi localizado pelos bombeiros e pela Pol�cia Mar�tima a 15 quil�metros de dist�ncia de onde havia desaparecido, mais precisamente na Praia da Torre, em Oeiras, pr�ximo a Lisboa. A not�cia da morte do surfista, que, nos �ltimos tempos, vinha trabalhando como personal trainer em uma academia de alto padr�o, provocou como��o entre familiares e amigos. Ele vivia em Portugal h� tempos e era muito querido. Tinha duas filhas pequenas, as quais sempre fazia quest�o de ter por perto.


A pol�cia abriu investiga��o sobre o caso e aguarda o resultado da aut�psia, que pode sair a qualquer momento, para determinar a causa da morte de Prince. H� ind�cios de que ele pode ter sofrido um mal s�bito enquanto estava praticando o kitesurf, mas tamb�m n�o se descarta algum incidente que possa ter dificultado a mobilidade dele. O surfista, carioca, formado em educa��o f�sica e um �timo nadador, foi encontrado com um dos p�s amarrados na prancha. O gosto pelas ondas, que ele descobriu ainda muito menino, o levou a morar no Hava� e na Indon�sia.

Decep��o com a Justi�a

Prince n�o escondia o prazer de morar em Portugal, apesar de, em 2018, ter sido v�tima de um ataque de xenofobia em Ericeira, uma das regi�es praianas mais famosas do pa�s. � �poca, ele contou ter sofrido viol�ncia f�sica, a ponto de ter fraturado a mand�bula. Os socos e os chutes desferidos por um adolescente local foram acompanhados de insultos preconceituosos. Tudo por causa de um desentendimento em torno de uma onda. O brasileiro recorreu � Justi�a, mas, somente neste ano, saiu a senten�a e o agressor foi inocentado, “pois teria agido em leg�tima defesa”.

Em um post publicado � �poca da decis�o judicial nas redes sociais e em entrevista ao jornal O Globo, o surfista n�o escondeu sua decep��o. “Fui alvo de uma agress�o f�sica covarde que, infelizmente, est� enraizada no preconceito de localismo, um problema prejudicial que afeta gravemente surfistas em todo o mundo”, escreveu. Ele ressaltou que n�o estava se posicionando publicamente para atribuir culpa, “mas para lan�ar luz sobre uma realidade oculta que muitas vezes � mantida em sil�ncio por medo de retalia��o”.

O brasileiro ressaltou ainda, no mesmo post, acreditar firmemente que todos devem confrontrar tais situa��es, mesmo que isso signifique sair da zona de conforto. “Lamentavelmente, meus esfor�os para resolver essa situa��o de maneira civilizada n�o tiveram sucesso. Precisei acionar a Justi�a portuguesa. Tamb�m sem sucesso ap�s 4 anos de esfor�os e muitos custos financeiros”, destacou. E acrescentou: “Me restou apenas expor os fatos e experi�ncia para ressaltar a import�ncia cr�tica da empatia e do di�logo franco. Juntos, temos o poder de criar um ambiente seguro, inclusivo e respeitoso para todos os surfistas. Independentemente de sua origem”.


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