
A pol�cia abriu investiga��o sobre o caso e aguarda o resultado da aut�psia, que pode sair a qualquer momento, para determinar a causa da morte de Prince. H� ind�cios de que ele pode ter sofrido um mal s�bito enquanto estava praticando o kitesurf, mas tamb�m n�o se descarta algum incidente que possa ter dificultado a mobilidade dele. O surfista, carioca, formado em educa��o f�sica e um �timo nadador, foi encontrado com um dos p�s amarrados na prancha. O gosto pelas ondas, que ele descobriu ainda muito menino, o levou a morar no Hava� e na Indon�sia.
Decep��o com a Justi�a
Prince n�o escondia o prazer de morar em Portugal, apesar de, em 2018, ter sido v�tima de um ataque de xenofobia em Ericeira, uma das regi�es praianas mais famosas do pa�s. � �poca, ele contou ter sofrido viol�ncia f�sica, a ponto de ter fraturado a mand�bula. Os socos e os chutes desferidos por um adolescente local foram acompanhados de insultos preconceituosos. Tudo por causa de um desentendimento em torno de uma onda. O brasileiro recorreu � Justi�a, mas, somente neste ano, saiu a senten�a e o agressor foi inocentado, “pois teria agido em leg�tima defesa”.
Em um post publicado � �poca da decis�o judicial nas redes sociais e em entrevista ao jornal O Globo, o surfista n�o escondeu sua decep��o. “Fui alvo de uma agress�o f�sica covarde que, infelizmente, est� enraizada no preconceito de localismo, um problema prejudicial que afeta gravemente surfistas em todo o mundo”, escreveu. Ele ressaltou que n�o estava se posicionando publicamente para atribuir culpa, “mas para lan�ar luz sobre uma realidade oculta que muitas vezes � mantida em sil�ncio por medo de retalia��o”.
O brasileiro ressaltou ainda, no mesmo post, acreditar firmemente que todos devem confrontrar tais situa��es, mesmo que isso signifique sair da zona de conforto. “Lamentavelmente, meus esfor�os para resolver essa situa��o de maneira civilizada n�o tiveram sucesso. Precisei acionar a Justi�a portuguesa. Tamb�m sem sucesso ap�s 4 anos de esfor�os e muitos custos financeiros”, destacou. E acrescentou: “Me restou apenas expor os fatos e experi�ncia para ressaltar a import�ncia cr�tica da empatia e do di�logo franco. Juntos, temos o poder de criar um ambiente seguro, inclusivo e respeitoso para todos os surfistas. Independentemente de sua origem”.