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Estado de Minas EMPATIA E CONEX�O

Tortura � coisa de charlat�es e principiantes, diz treinadora do FBI que analisou 2 mil horas de interrogat�rios policiais

Em uma pessoa que seja linha-dura, a tortura pode aumentar sua resist�ncia. Por outro lado, algu�m que est� muito assustado pode dizer qualquer coisa, s� para fazer voc� parar. Por isso, interrogadores de verdade sabem que construir uma conex�o genu�na com o interrogado � a melhor forma de se obter informa��es cr�veis, disse � BBC treinadora do FBI Emily Alison, autora de livro %u2018Rapport%u2019.


18/09/2023 06:16 - atualizado 18/09/2023 11:22
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Torres Gêmeas
H� situa��es em que obter informa��es de algu�m pode ser uma quest�o de vida ou morte, mas nossa an�lise cient�fica n�o encontrou evid�ncias de que tortura produza informa��es confi�veis, diz a psic�loga forense Emily Alison. (foto: getty images)

O epis�dio aconteceu em 1996, quando Emily Alison tinha 22 anos. Ela trabalhava em um hospital de seguran�a m�xima nos Estados Unidos e estava dentro de um elevador na companhia de quatro homens com hist�ricos de doen�a mental e condenados por crimes violentos.

Segundo as regras, os quatro detentos deveriam sair do elevador antes dela.

Mas quando chegaram ao andar de destino, um dos prisioneiros - um indiv�duo corpulento, com mais de 1.80 metro de altura e pesando quase 100 kg - decidiu subverter a ordem. “Primeiro as damas”, disse. “Voc� sai primeiro, Emily.”

Jerome tinha esquizofrenia. Aos 19 anos de idade, tinha sido condenado pelo assassinato de sua vizinha. Achava que ela estava espionando sua vida e gravando suas conversas para a CIA. Tinha batido na porta da casa dela �s 3 da tarde e martelado sua cabe�a 12 vezes. A vizinha tinha 82 anos.

O detento conhecia o regulamento. Sua recusa em sair primeiro era um desafio �s normas e tamb�m � autoridade da jovem.

Emily, por sua vez, sabia que, se sa�sse antes, estaria se colocando de costas para o prisioneiro, o que a tornaria vulner�vel.

Ela tamb�m sabia que, se pedisse socorro pelo r�dio, seria provavelmente espancada at� a morte no elevador. Levaria dois minutos para o socorro chegar - mas ela poderia estar morta em apenas 30 segundos.

Como sair daquele impasse?

Anos mais tarde, em 2012, agora uma renomada psic�loga forense, Emily Alison foi convidada pelo governo dos Estados Unidos a investigar a seguinte quest�o: qual seria o m�todo mais eficiente de se obter informa��es confi�veis de suspeitos de crimes? Em outras palavras, seria a tortura um recurso eficaz?

Trabalhando com o marido - o tamb�m psic�logo forense Laurence Alison - Emily analisou duas mil horas de grava��es de interrogat�rios policiais.

Ela diz ter conclu�do que tortura n�o funciona e, na verdade, compromete a qualidade da informa��o. O que funciona, diz, � “rapport” - palavra de origem francesa que d� t�tulo ao novo livro da dupla e pode ser traduzida como “conex�o entre duas pessoas baseada na empatia”.

Em entrevista � apresentadora Helen Lewis, do programa The Spark, da BBC Radio 4, Emily explica que a habilidade de interagirmos com o outro dessa forma � extremamente valiosa em todas as esferas da vida.

Na sua experi�ncia pessoal, conta, “rapport” tem sido �til em programas de reabilita��o que oferece a prisioneiros, em interven��es que ela faz em situa��es de viol�ncia dom�stica, no conv�vio com colegas dif�ceis no trabalho e na lida com o filho adolescente.

A BBC News Brasil destaca para voc�, a seguir, alguns trechos do livro e da entrevista de Emily Alison. O que ela aprendeu analisando os interrogat�rios policiais? O que � a arte do “rapport” e como pratic�-la? Mas antes, ela explica como foi que conseguiu sair ilesa daquele elevador.

Presa no elevador com quatro detentos perigosos

mãos com algemas
Em uma pessoa que seja linha-dura, a tortura pode aumentar sua resist�ncia. Por outro lado, algu�m que est� muito assustado pode dizer qualquer coisa, s� para fazer voc� parar, disse treinadora do FBI Emily Alison � R�dio 4 da BBC. (foto: getty images)

“Naquele momento, com 22 anos de idade, eu n�o tinha a menor ideia do que estava fazendo. Foi s� mais tarde, em retrospectiva, que eu pude entender por que minha estrat�gia funcionou e o poder daquilo.”

“Basicamente, o que eu decidi fazer foi, com firmeza, manter minha posi��o. Mas tamb�m n�o escalar, n�o desafi�-lo e n�o erguer minha voz. “

Ela descreve o di�logo entre os dois.

“Voc� tem de sair primeiro, essas s�o as regras”, eu disse.

“Eu n�o gosto de regras”, ele respondeu.

“Eu entendo, tamb�m n�o gosto de regras, mas � assim que as coisas s�o. Voc� precisa sair primeiro.”

“Bom, n�o vou sair”, ele respondeu.

Emily conta que pensou, e agora? O que vou fazer?

De novo, calmamente, ela respondeu:

“Eu n�o posso sair do elevador at� voc� sair. Vamos jogar sinuca? Vai ser mais divertido do que voc� ficar plantado aqui comigo.”

Emily diz que quase podia ler os pensamentos do prisioneiro. “Quero escalar essa situa��o? Quero comprar essa briga, entrar em um confronto f�sico? Ou vou simplesmente fazer o que ela quer que eu fa�a?”

“Ele saiu do elevador”, ela conta.

Anos mais tarde, refletindo sobre o epis�dio em seu livro, Emily sugere que a forma como falou com Jerome construiu uma conex�o invis�vel, por�m forte, entre os dois, “como a teia de uma aranha”.

Para ela, foi isso o que impediu que ele a atacasse e permitiu que “ambos sa�semos do elevador com nosso orgulho e corpos intactos”.

O livro “Rapport” traz in�meros relatos de intera��es entre indiv�duos onde essa mesma estrat�gia oferece resultados positivos. Em todos os casos, a mensagem � a mesma:

“Seja quando algu�m tenta conseguir informa��es de um terrorista ou convencer um adolescente a sair da cama para ir � escola, nossa mensagem �, for�a � um caminho muito destrutivo para se alcan�ar esses objetivos”, diz Emily, que � especialista em comunica��o e coopera��o com suspeitos de crimes, trabalha em interrogat�rios para o FBI e tamb�m � pesquisadora da University of Liverpool, no Reino Unido.

O importante � que a pessoa n�o perca de foco o objetivo daquela intera��o, prossegue.

“Se ela fica tentada a usar a for�a, isso com frequ�ncia corrompe ou danifica o alcance daquele objetivo.”

N�o d� para imaginar a ala mais linha-dura da Pol�cia aplaudindo essa proposta. E de fato, durante a entrevista, Emily admite que encontra bastante resist�ncia � sua abordagem.

No livro, se defende dizendo, “n�o somos ing�nuos. Tortura n�o funciona, mas ch� com biscoitos tamb�m n�o.”

Existem situa��es nas quais obter informa��es de uma pessoa torna-se uma quest�o de vida ou morte, escreve. Por isso, prossegue, ela e Laurence sabiam que qualquer m�todo que criassem teria de ser amparado por evid�ncias cientificas que comprovassem sua efic�cia.

Bem, a comprova��o, ela diz, veio a partir das an�lises cient�ficas de duas mil horas de interrogat�rios com indiv�duos suspeitos de envolvimento em extremismo internacional, extremismo dom�stico e atividades paramilitares. Todos os suspeitos foram mais tarde condenados por seus atos. As entrevistas foram conduzidas por unidades de combate a extremismo do Reino Unido e da Rep�blica da Irlanda.

“� o maior arquivo do mundo de grava��es de interrogat�rios policiais com suspeitos de terrorismo. � nisso que baseamos nosso modelo - que chamamos Orbit.”

(“Orbit” � tamb�m o t�tulo de um outro livro dos pesquisadores, este com aplica��es militares em interrogat�rios policiais.)

Por que torturar suspeitos n�o gera informa��es confi�veis?

homem sendo interrogado
Interrogadores de verdade sabem que criar algum tipo de conex�o com o interrogado � a melhor forma de se obter informa��es cr�veis, escrevem Emily e Laurence Alison em seu livro, %u2018Rapport%u2019. (foto: getty images)

Emily conta que, enquanto ouviam horas e horas de grava��es, ela e Laurence tentavam identificar estrat�gias que levassem o indiv�duo a falar. Mas tamb�m era importante que a informa��o tivesse valor como evid�ncia e fosse capaz de gerar intelig�ncia para os interrogadores.

“Esse deve ser o objetivo de um interrogat�rio”, ressalta. “N�o � uma quest�o de vingan�a, ou de dizer a essa pessoa o que voc� pensa sobre o que ela fez, n�o � uma quest�o de faz�-la sentir vergonha. O objetivo � conseguir a informa��o.”

O livro descreve um interrogat�rio realizado na not�ria pris�o militar americana de Guant�namo, em Cuba, onde os Estados Unidos mant�m presos suspeitos de extremismo.

Durante a sess�o, o interrogador ordena ao prisioneiro que lhe d� alguma informa��o, caso contr�rio, ser� torturado. O m�todo de tortura � conhecido em ingl�s como “water boarding” (ou simula��o de afogamento).

O prisioneiro oferece algumas informa��es, mas � torturado mesmo assim.

Emily argumenta que, a partir desse momento, n�o h� raz�o para que o prisioneiro compartilhe informa��es confi�veis.

“Todo mundo viu aquele filme de a��o onde o bandido � pendurado no topo de um pr�dio e finalmente d� a informa��o”, ela diz. “Essa � uma narrativa muito sedutora, a ideia de que se voc� n�o me disser, vou fazer voc� dizer, e o jeito de eu conseguir isso � por meio do medo.”

“Medo altera o comportamento das pessoas, e amea�ar algu�m com afogamento vai com certeza provocar uma rea��o”, diz.

E chegamos ao “X” da quest�o: por que provocar medo n�o funciona? Ela responde:

“Em uma pessoa que seja linha-dura, isso pode aumentar sua resist�ncia. Por outro lado, algu�m que est� muito assustado e nunca esteve preso antes pode dizer qualquer coisa, s� para fazer voc� parar.”

“Se o seu objetivo � informa��o que tenha credibilidade e evid�ncias, ser� que esse m�todo est� alcan�ando esse objetivo?”, questiona Emily.

“E o que dizemos �, n�o h� evid�ncias de que o uso de tortura produza informa��o cr�vel ou intelig�ncia.”

Em seu livro, Emily e Laurence escrevem que interrogadores de verdade sabem que criar algum tipo de conex�o � a forma mais confi�vel de se obter informa��es cr�veis e entendem o dano que for�a e coer��o podem causar. “Tortura foi trazida” (para a sala de interrogat�rios) “por charlat�es e principiantes”, escrevem.

Mas n�o adianta apenas dizer aos policiais que tortura n�o funciona. � preciso oferecer solu��es, ela diz. Ent�o, em vez do medo e da for�a, o que Emily Alison ensina aos policiais que participam de seus cursos intensivos sobre como interrogar suspeitos � “rapport”.

O que � ‘rapport’?

criança de mãos dadas com a mãe
Rapport pode ser cansativo, mas se o objetivo � fazer com que a crian�a, a longo prazo, obede�a as regras, por que n�o colocar sua energia naquilo? - pergunta Emily Alison. (foto: getty images)

No contexto policial a palavra “rapport” foi ganhando significados diferentes ao longo do tempo, diz Emily.

“Virou algo que se parece com um truque, como oferecer (ao prisioneiro) uma bebida quente, abrir a janela, perguntar como ele passou a noite.”

“Isso s�o amabilidades. Ajudam, mostram compaix�o e preocupa��o com o outro.”

Mas quando falamos em “rapport”, estamos falando em compreender o outro, ela explica.

“Isso n�o quer dizer que voc�s t�m de gostar um do outro. Que t�m de compartilhar dos mesmos valores, que tem de concordar com o que o outro est� falando. O que “rapport” quer dizer � que voc� tem de ter curiosidade. Tem de querer entender as motiva��es do outro, as raz�es do outro.”

Para um policial que faz um interrogat�rio, isso � um grande desafio, prossegue:

“ ‘Rapport’ quer dizer entrar na mentalidade da pessoa, colocar sua mente em uma posi��o que te permita entender por que essa pessoa fez o que fez, n�o importa qu�o terr�vel (o ato), n�o importa o quanto isso viole os seus valores.”

Entre os v�rios estudos de caso inclu�dos no livro de Emily est� uma entrevista com um prisioneiro que havia sequestrado algu�m. O entrevistador diz logo no come�o, “estou aqui para impedir que voc� fa�a isso. Estou aqui para parar voc�.” Uma estrat�gia que, o livro mostra, obteve resultados extremamente positivos.

Comentando esse caso, Emily explica que falar sempre a verdade � um dos fundamentos do modelo de intera��o que ela prop�e. Mentir, assim como a tortura e o medo, n�o produzem resultados positivos.

“O que estamos sempre dizendo aos nossos interrogadores �, voc� n�o pode fingir que n�o est� investigando algu�m que voc� est� investigando. Se voc� finge, e eles acreditam, ent�o voc� n�o deveria estar investigando essa pessoa porque essa pessoa � vulner�vel e n�o entende os termos da intera��o. E algu�m que entende o que � uma entrevista policial nunca vai acreditar que voc� n�o est� investigando. Ent�o, por que fazer isso? Voc� n�o precisa mentir, voc� pode ser direto.”

Na introdu��o de “Rapport”, Emily avisa aos leitores: esse n�o � um livro sobre como persuadir pessoas a comprar coisas de que n�o precisam, nem sobre como fazer um truque para for�ar pessoas a dizer algo que n�o querem dizer.

Quando existe “rapport”, a pessoa n�o sai da sala desconfiada, pensando, “ser� que me passaram uma conversa?” Construir “rapport” genu�no � criar uma convex�o aut�ntica, baseada em respeito, dignidade e compaix�o - independentemente da forma como o outro se comporta em rela��o a voc�, escreve.

Indo al�m da sala de interrogat�rios, a psic�loga argumenta que um modelo de intera��o baseado em “rapport” pode ter papel importante no mundo polarizado em que vivemos.

“Se o adolescente sabe que voc� n�o aprova que uma pessoa consuma maconha, isso n�o quer dizer que voc� n�o esteja interessado em ouvir o ponto de vista dele, n�o quer dizer que voc� n�o possa discutir o assunto”, ela diz.

“Como sociedade, estamos perdendo essa habilidade de ouvir a posi��o das outras pessoas.”

Mas como funciona na pr�tica esse jeito de se comunicar com o outro que Emily e Laurence prop�em?

Em seu depoimento � BBC Radio 4, a psic�loga compartilhou um pouco do que ensina em suas sess�es de treinamento para policiais.

Os 4 estilos animais de comunica��o e a arte do ‘rapport’

Cena de 'O Silêncio dos Inocentes',
Rapport no cinema? No filme 'O Sil�ncio dos Inocentes', a investigadora vivida por Jodie Foster se aproxima do canibal Hannibal Lecter em busca de pistas que lhe permitam salvar a vida de uma mulher. (foto: getty images)

Emily Alison explica que o seu modelo de intera��o se baseia nas diferentes formas de comportamento interpessoal identificadas pelo psic�logo americano Timothy Leary na d�cada de 1950. Conhecido por seus experimentos com LSD, Leary tamb�m criou um modelo para o entendimento das intera��es humanas chamado Interpersonal Circumplex.

“O que fizemos foi pegar o que � um modelo muito sofisticado de como as pessoas interagem umas com as outras e tentar transform�-lo em algo que voc� pode usar no meio de uma intera��o”, explica.

“N�s o resumimos em quatro modos principais de comunica��o.”

No eixo vertical, no topo da roda, est� o le�o, explica Emily.

“Dominante, mand�o, no comando. Um l�der, gosta que os outros sigam suas ordens, aconselha, decide o que vai acontecer.”

No ponto oposto, na base da roda, est� o camundongo.

“Muitos acham que essa � uma posi��o fraca, mas n�o necessariamente. A paci�ncia, a habilidade de ouvir, de pensar, de refletir sobre as coisas, tudo isso est� no camundongo.”

“Na verdade, na nossa pesquisa, os comportamentos positivos do camundongo - o estilo adaptativo do camundongo, n�o o fraco, hesitante, incerto, mas o paciente, pensativo, o que ouve - est�o associados com a habilidade de obter a maior quantidade de informa��es das pessoas.”

No eixo horizontal da roda temos o T-Rex e o Macaco, prossegue Emily.

“O T-Rex � o conflito. Mas tem uma vers�o boa do T-Rex, um jeito bom de ter conflito e de ter uma discuss�o. Isso quer dizer, ser franco, direto, sincero.”

“Tem tamb�m o jeito ruim, que � ser sarc�stico, atacar, insultar, exigir.”

O quarto estilo, o do macaco, est� associado � habilidade de colaborar e cooperar com o outro. O lado menos positivo desse tipo de intera��o � que ela pode gerar excesso de familiaridade e uma certa dificuldade em estabelecer limites na rela��o com a outra pessoa.

“O que sempre dizemos �, temos de aprender a dominar os lados bons de cada um desses modelos. E nos livrarmos daqueles lados associados com a vers�o ruim do animal.”

Depois, a pessoa precisa aprender a perceber, em cada contexto, que estilo de comunica��o a situa��o est� pedindo.

“Isso envolve sensibilidade”, ela diz. E adotar certas posi��es - por exemplo, a posi��o do camundongo - requer, muitas vezes, humildade.

“Voc� tem de abandonar seu ego para adotar a posi��o do camundongo de maneira t�tica. Algumas pessoas s�o boas nisso, gostam de operar dessa forma. Mas se voc� n�o � um camundongo e tem de ser, a sensa��o que voc� tem � de que est� abrindo m�o do seu poder, da sua autoridade.”

“Mas lembre-se do seu objetivo”, insiste Emily. “Mesmo que voc� n�o seja, naquele momento, o le�o, se o seu objetivo � fazer com que aquela crian�a, a longo prazo, obede�a as regras, ou n�o fume maconha, ou chegue � escola no hor�rio, e se o camundongo vai te ajudar a fazer aquilo, por que n�o colocar o esfor�o e a energia naquilo?”

Ao final de sua entrevista, Emily Alison admite que praticar “rapport” pode ser muito cansativo. “Requer aten��o constante, d� mais trabalho”, diz.

E aos que se perguntam, mas o que eu tenho a ganhar com isso?, ela escreve em seu livro:

Estudos mostram que a profundidade e import�ncia dos nossos relacionamentos pessoais e profissionais est�o intimamente associados � nossa sa�de mental e � nossa longevidade.


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