
Dona de uma escola infantil em Yeud, na regi�o central de Israel, Ellen Nigri Dorella , uma das filhas de Isa Nigri, diz que a orienta��o do governo israelense � para que ningu�m saia de casa, a n�o ser por raz�es de emerg�ncia.
“A tens�o � muito grande, a ansiedade por n�o saber o que vai acontecer, o que vai ser amanh�, � enorme. Tenho um irm�o que � soldado e est� l� na divisa de Gaza, ent�o estamos tamb�m bem angustiados com isso, sem saber o que pode vir a acontecer”, afirma Ellen, se referindo a seu irm�o por parte de pai, Moshe Paulino, de 27 anos.
Ellen conta que o maior medo da popula��o, neste momento, n�o s�o as bombas, mas a possibilidade de sequestro. “Confiamos muito no ex�rcito israelense e em seus antim�sseis. O medo maior mesmo s�o dos terroristas que entraram em Israel, que est�o soltos aqui dentro e que podem entrar em nossas casas a qualquer momento”, conta a mineira, nascida em Belo Horizonte, e que mora em Israel com os tr�s filhos e a neta de dois meses.
Na noite de s�bado para domingo (8/10), a fam�lia manteve vigil�ncia constante durante a madrugada. “Meu filho Bruno, de 24 anos, passou a noite acordado vigiando nossa casa. Quando acordamos, ele foi dormir”, relata a brasileira, que diz nunca ter vivido isso nas duas d�cadas em que a fam�lia est� no pa�s. “Estamos em choque”.
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De acordo com o governo israelense e com a imprensa local, civis e militares foram sequestrados por integrantes do Hamas em diversos pontos do pa�s. O Hamas tamb�m estaria abrindo fogo aleatoriamente contra civis em alguns �reas de confronto.
Apreens�o
Isa Nigri, que chegou em Belo Horizonte h� vinte dias, vinda de Israel, tamb�m est� apreensiva com o destino da fam�lia. Al�m de Ellen, sua outra filha, Gisele Nigri Carvalho, 48 anos, tamb�m vive em Israel com as filhas Yara e Yasmin, e com o marido Ricardo Uzeda.
“Est� todo mundo muito abalado com o que aconteceu e mais ainda com as barbaridades que est�o sendo relatadas pelas pessoas e pela imprensa de l�. Os relatos que chegam s�o estarrecedores. N�o vejo humanidade nessas pessoas”, afirma a jornalista.
Isa foi a primeira mulher a ganhar o Pr�mio Esso de Fotografia, em 1997, com a foto do assassinato do cabo Val�rio dos Santos, durante rebeli�o da Pol�cia Militar mineira, em uma troca de tiros entre os pr�prios policiais, na sede da corpora��o, em Belo Horizonte.