(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GUERRA

EUA vetam proposta de cessar-fogo do Brasil em Conselho de Seguran�a da ONU

Estados Unidos e Israel s�o aliados hist�ricos; Israel e Hamas trocaram acusa��es sobre autoria de explos�o em hospital, que matou pelo menos 500 pessoas


18/10/2023 13:44 - atualizado 18/10/2023 13:44
436

Joe Biden e Benjamin Netanyahu
Estados Unidos e Israel s�o aliados hist�ricos; Israel e Hamas trocaram acusa��es sobre autoria de explos�o em hospital, que matou pelo menos 500 pessoas (foto: Evelyn Hockstein/Reuters)
Os Estados Unidos, aliados de Israel, veteram nesta quarta-feira (18/10) um texto proposto pelo Brasil no Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).

 

Doze pa�ses votaram a favor da proposta brasileira, entre eles China, Fran�a e Emirados �rabes Unidos.

 

Dois pa�ses, R�ssia e Reino Unido, se abstiveram na vota��o.

 

O Brasil prop�s uma pausa humanit�ria no conflito entre Israel e o Hamas. O conflito j� matou mais de 5 mil pessoas - cerca de 4 mil palestinos e 1,3 mil iraelenses durante o ataque do Hamas no dia 7 de outubro.

 

Por�m, para qualquer proposta ser aprovada no Conselho de Seguran�a da ONU, ela precisa de pelo menos nove votos dos 15 pa�ses membros do �rg�o.

 

Leia: Chanceler russo visita Coreia do Norte para agradecer por apoio na ofensiva � Ucr�nia 

 

Tamb�m n�o pode ter nenhum veto. Apenas cinco pa�ses t�m esse direito de vetar um texto: Estados Unidos, China, R�ssia, Reino Unido e Fran�a.

 

Por causa desse dispositivo, o veto americano fez com que a proposta do Brasil fosse rejeitada.

 

Leia: Israel autoriza entrada de ajuda humanit�ria em Gaza a partir do Egito 

 

J� em Israel, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (18/10) ao pa�s e se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

 

Os dois pa�ses s�o aliados hist�ricos. Israel recebeu mais ajuda externa dos EUA do que qualquer outro pa�s desde a 2ª Guerra Mundial — no ano passado, foram destinados mais de US$ 3,3 bilh�es (R$ 16,6 bilh�es) em recursos.

 

Leia: Israelenses que moram perto de Gaza se preparam para guerra longa 

 

Biden renovou a promessa de apoio a Netanyahu e disse que o ataque na noite de ter�a-feira (17/10) ao hospital em Gaza "parece" ter sido causado "pelo outro time", em alus�o ao Hamas, grupo militante palestino que controla a Faixa de Gaza.

 

O presidente americano acrescentou que est� "profundamente triste e indignado" com o incidente.

 

"Com base no que vi, parece que foi feito pelo outro time, n�o por voc�. Mas h� muitas pessoas por a� que n�o t�m certeza, ent�o temos que superar muitas coisas", disse Biden.

 

J� Netanyahu falou que "o mundo civilizado deve unir-se para derrotar o Hamas", da mesma forma que fez quando enfrentou o ISIS (grupo autodenominado Estado Isl�mico).

 

"Vamos derrotar o Hamas e eliminar esta terr�vel amea�a das nossas vidas", acrescentou o premi� israelense, dizendo que n�o � apenas para o bem do seu pa�s, mas para o bem de todos.

 

Ele chamou Biden de "verdadeiro amigo" e elogia sua decis�o "profundamente comovente" de visitar Israel durante a guerra.

"Sei que falo pelo povo de Israel quando digo obrigado", acrescentou Netanyahu, antes de Biden come�ar a falar.

 

Israel sustenta que a explos�o foi causada por um foguete disparado por militantes palestinos.

 

Segundo as For�as de Defesa de Israel (IDF), evid�ncias indicam que um foguete da Jihad Isl�mica, grupo extremista aliado ao Hamas, disparado de um cemit�rio, caiu no estacionamento do hospital.

 

J� o Hamas, as autoridades palestinas e outros pa�ses �rabes culpam Israel pela explos�o, que teria matado 500 pessoas.

 

Israel vem realizando ataques a�reos contra alvos em Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro.

 

O IDF afirma que, desde ent�o, pelo menos 450 foguetes foram disparados do territ�rio.

 

A explos�o no hospital mudou completamente o cronograma da viagem de Biden.

 

O presidente americano deveria viajar para a Jord�nia ap�s se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; ali se reuniria com o rei Abdullah, da Jord�nia, o presidente Abdul Fattah al-Sisi, do Egito, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

 

No fim da noite de ter�a-feira, no entanto, o chanceler da Jord�nia disse que a reuni�o s� poderia ser realizada quando as partes concordassem em acabar com a "guerra e os massacres contra os palestinos", culpando Israel pela explos�o no hospital.


Homem ferido carregado em maca
O hospital Al Ahli Arab, financiado pela Igreja Anglicana, abrigava feridos pelos ataques a�reos de Israel nos �ltimos dias (foto: Reuters)

Troca de acusa��es

No X (antigo Twitter), Netanyahu escreveu: "Uma an�lise dos sistemas operacionais das IDF (For�as de Defesa de Israel) indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento em que foi atingido".

 

"M�ltiplas fontes que temos em m�os indicam que a Jihad Isl�mica � respons�vel pelo lan�amento fracassado do foguete que atingiu o hospital em Gaza", publicou o primeiro-ministro israelense.

 

A Jihad Isl�mica, aliada do Hamas na Faixa de Gaza, negou ter participa��o no ataque.

 

Opositor do Hamas, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, classificou a explos�o como um "horr�vel massacre de guerra". Para ele, Israel "ultrapassou todas as linhas vermelhas."

 

Mais de 1,3 mil pessoas foram mortas em Israel no fim de semana passado, quando combatentes do Hamas cruzaram a fronteira para atacar civis e soldados, segundo as For�as de Defesa israelenses.

 

Mais de 3,3 mil pessoas foram mortas na campanha de bombardeio de Israel na Faixa de Gaza, lan�ada na sequ�ncia, dizem as autoridades palestinas.

 

Imagens do hospital Al Ahli Arab mostram cenas de caos — com v�timas ensanguentadas e mutiladas sendo levadas �s pressas em macas.

 

Corpos e ve�culos destru�dos podem ser vistos nos escombros espalhados pela rua.

 

V�deos compartilhados pela internet, ainda n�o confirmados pela BBC, mostram uma grande explos�o pouco antes.

 

Centenas de pessoas feridas estavam abrigadas em um corredor nas depend�ncias do hospital, segundo moradores da regi�o.

 

Autoridades da defesa civil dizem que a explos�o foi resultado de um ataque a�reo israelense e que centenas de pessoas est�o presas nos escombros.

 

O gabinete de comunica��o social do governo do Hamas em Gaza classificou o ataque ao hospital como um "crime de guerra".

 

"O hospital atendia centenas de doentes e feridos, e pessoas deslocadas � for�a das suas casas", afirmou o Hamas.

 

O comunicado diz que "centenas de v�timas ainda est�o sob os escombros".


Homem sendo carregado em maca
Ataque teria deixado pelo menos 500 mortos, segundo autoridades paletinas (foto: Reuters)

 

O diretor-geral da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que "condena veementemente" o ataque ao Hospital Al Ahli Arab.

 

Ele disse que os primeiros relatos indicam centenas de mortos e feridos no local.

 

"Pedimos a prote��o imediata dos civis e dos cuidados de sa�de, e que as ordens de evacua��o sejam revertidas", postou ele no X.

 

O hospital Al Ahli Arab � financiado pela Igreja Anglicana, e Richard Sewell, reitor do St George's College — uma das principais figuras da igreja em Jerusal�m — que postou nas redes sociais que "nosso hospital, o hospital Ahli Arab, foi atingido diretamente por um m�ssil israelense".

 

Ele afirmou que centenas de mulheres e crian�as foram mortas, e chamou o ato de "assassinato deliberado de civis vulner�veis".

 

"As bombas devem parar agora. N�o pode haver nenhuma justificativa poss�vel para isso", disse Sewell.

 

O Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV) comentou o caso em comunicado. A entidade disse estar "chocada e horrorizada" com os relatos da explos�o.

 

"Os hospitais deveriam ser santu�rios para preservar a vida humana, e n�o cenas de morte e destrui��o", afirmou a Cruz Vermelha.

 

"Nenhum paciente deveria ser morto em uma cama de hospital.

Nenhum m�dico deveria perder a vida enquanto tentava salvar outras pessoas. Os hospitais devem ser protegidos pelo direito humanit�rio internacional", complementou a institui��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)