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Estado de Minas GUERRA EM GAZA

Hamas saiu de discurso anticorrup��o em Gaza para obsess�o em destruir Israel

A aniquila��o de Israel e a expuls�o dos judeus do Oriente M�dio est� na carta pela qual o Hamas foi criado em 1987


20/10/2023 09:45 - atualizado 20/10/2023 10:38
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Homens mascarados usando bandanas com o nome e o sigilo das Brigadas Izzedine al-Qassam, o braço militar do movimento islâmico palestino Hamas, em manifestação de apoio aos palestinos
Homens mascarados usando bandanas com o nome e o sigilo das Brigadas Izzedine al-Qassam, o bra�o militar do movimento isl�mico palestino Hamas, em manifesta��o de apoio aos palestinos (foto: JOSEPH EID / AFP)
O grupo terrorista Hamas, que hoje enfrenta Israel com viol�ncia in�dita, n�o foi exatamente a mesma entidade isl�mica que disputou e venceu os n�o-religiosos da Autoridade Nacional Palestina e assumiu h� 17 anos o controle da Faixa de Gaza. Naquela �poca o Hamas afirmava querer um "governo limpo", cr�tica � corrup��o atribu�da aos palestinos que ainda mant�m o poder na Cisjord�nia.

Mas com o passar do tempo, a popularidade local do Hamas, que tem o apoio dos grupos mais radicais nas mesquitas, se corroeu porque ficou claro que n�o sabia administrar o territ�rio. Sua �nica e obsessiva preocupa��o era destruir Israel, algo irrealista em raz�o da superioridade militar do Estado israelense, que derrotou em sucessivas guerras os vizinhos �rabes que sonhavam destru�-lo.

A aniquila��o de Israel e a expuls�o dos judeus do Oriente M�dio est� na carta pela qual o Hamas foi criado em 1987. Em outra de suas loucuras, o grupo terrorista queria transformar a Palestina numa rep�blica isl�mica, a exemplo do Ir�, que em 1979 dep�s uma monarquia pr�-ocidental e instituiu o regime dos aiatol�s.

O Ir� patrocina o Hamas, fornecendo-lhe dinheiro e armas. Faz o mesmo com o Hizbollah, grupo religioso que controla do sul do L�bano e � parceiro em Gaza dos fan�ticos que tamb�m t�m em Israel um inimigo que acreditam ser destrut�vel.

O Hamas n�o dialoga e n�o negocia com o governo israelense, ao contr�rio da OLP (Organiza��o para a Liberta��o da Palestina), uma esp�cie de confedera��o de grupos que era dirigida por Yasser Arafat (ele morreu h� 19 anos) e que herdara o nacionalismo �rabe n�o-religioso. Essa ideologia possu�a como lideran�a em todo o Oriente M�dio, a partir de 1954, o presidente eg�pcio Gamal Abdel Nasser. Ao politizar as mesquitas, o Hamas representou uma nova ruptura com o antigo nasserismo. Algo semelhante j� havia ocorrido com o Ir�, com o Afeganist�o e com grupos criminosos como a Al Qaeda.

A islamiza��o da pol�tica n�o estava presente em epis�dios hist�ricos importantes, como a guerra da independ�ncia da Arg�lia, que terminou em 1962. Quanto ao Hamas, ele nasceu como um bra�o do grupo eg�pcio Irmandade Mu�ulmana, do qual descende Ahmed Yassin, primeiro dirigente do grupo terrorista e que morreu em atentado em 2004.

Gaza era um territ�rio eg�pcio at� a Guerra dos Seis Dias (1967), quando passou para o controle de Israel, que por sua vez o cedeu aos palestinos, numa �poca em que ainda era cogitada a tese dos "dois Estados" (Palestina e Israel).

O Hamas militarizou ao extremo o territ�rio de Gaza, com seus 2,2 milh�es de habitantes e pouco menos de 40 km de extens�o. Construiu uma rede de t�neis para armazenar armas, longe do registro dos drones operados por Israel. E produziu m�sseis de baixa tecnologia que passou a lan�ar sobre cidades israelenses mais pr�ximas.

Manifestantes mascarados pró-Palestina, inclusive com uma criança no grupo
Manifestantes mascarados pr�-Palestina, inclusive com uma crian�a no grupo (foto: JOSEPH EID / AFP)

Tais disparos, antes da opera��o desencadeada agora em outubro, j� faziam periodicamente v�timas civis israelenses. O Hamas dispunha tamb�m de volunt�rios para se explodirem como homens-bomba e produzirem grande n�mero de v�timas em locais movimentados de Israel.

Em 2018 o governo israelense e o Hamas chegaram, com intermedia��o eg�pcia, a negociar uma tr�gua. Na �poca, o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman, em sinal de protesto acabou pedindo demiss�o.

Em 1993, quando reivindicou seu primeiro atentado suicida, o Hamas j� era considerado um grupo terrorista. � assim que o enxergam Israel, Estados Unidos, todos os pa�ses da Uni�o Europeia, o Reino Unido e o Egito. O grupo tem como aliado o Ir� e de maneira intermitente chegou a flertar com a S�ria e a Turquia. Um de seus grandes inimigos na regi�o � a Ar�bia Saudita, que antes do atual conflito se aproximava de Israel e tentava negociar uma solu��o para o problema palestino.

 


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