De 24 mortes por COVID-19 confirmadas at� o final de maio no munic�pio de Piracicaba, interior de S�o Paulo, 16 foram de idosos que viviam em institui��es de longa perman�ncia, chamadas popularmente de asilos. O caso chama a aten��o para um problema que vem se repetindo pelo mundo: a propaga��o r�pida e fatal do coronav�rus entre idosos vivendo nesses locais.
A cidade � o foco inicial de um programa do Rotary Club que pretende testar todos os funcion�rios e residentes de 1 mil asilos pelo Brasil e que entre os dias 1º e 29 de maio, testou pessoas de 76 institui��es. Segundo o coordenador de Vigil�ncia em Sa�de de Piracicaba, Mois�s Taglietta, at� o dia 29 de maio, 24 asilos da cidade haviam tido funcion�rios e residentes testados. O plano era testar ainda outros tr�s asilos, um deles com 700 pessoas.Em uma declara��o de abril de 2020, o diretor regional da Organiza��o Mundial de Sa�de para a Europa, Hans Henri Kluge, chamou a aten��o para o problema, afirmando que cerca de metade das mortes por COVID-19 no continente at� ent�o eram de idosos vivendo em institui��es de longa perman�ncia. Nos Estados Unidos, at� o in�cio de maio, um ter�o de todas as mortes era de pessoas que viviam ou trabalhavam nesses locais, segundo um banco de dados do jornal The New York Times.
No Brasil, 85% das mortes s�o de idosos, mas n�o h� um levantamento sobre quantas delas ocorreram em asilos.
Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) de 2011, que ainda hoje � a pesquisa mais abrangente sobre o assunto, havia ent�o 83 mil idosos em institui��es para longa perman�ncia. A pesquisadora em sa�de p�blica Michele Souza e Souza, membro do Grupo de Pesquisa em Emerg�ncias em Desastres, da Fiocruz, avalia, no entanto, que esse n�mero aumentou.
"Uma rede de cuidados que antes era mais dispon�vel para os idosos est� ficando menos dispon�vel. Parentes mulheres, que ocupavam o papel de cuidadoras, t�m ido para o mercado de trabalho. Tem aumentado a demanda pelas institui��es de longa perman�ncia, que concentram pessoas com comorbidades, mais vulner�veis, e que passam muito tempo em contato com cuidadores em ambientes fechados", diz.
Em entrevista � BBC Brasil, o coordenador de Vigil�ncia em Sa�de de Piracicaba, Mois�s Taglietta, afirma que as mortes na cidade se concentraram principalmente em duas institui��es, o Lar Betel, que n�o tem fins lucrativos e perdeu 10 residentes entre 82, e o Bem-Viver, que tem fins lucrativos e no qual morreram 6 residentes de 16. Neste �ltimo, o propriet�rio se suicidou ap�s a crise.
Um artigo publicado em mar�o de 2020 por pesquisadores em sa�de p�blica da Universidade de Harvard cita alguns dos fatores que fazem com que os idosos em asilos sejam mais vulner�veis � covid-19.
"Residentes em asilos s�o, tipicamente, adultos mais velhos, com doen�as cr�nicas. Assim, s�o particularmente suscet�veis a complica��es severas e mortalidade pela covid-19. Ao contr�rio de um hospital, asilos s�o o lar das pessoas. Frequentemente, residentes vivem pr�ximos uns aos outros, por isso pode ser muito desafiador remover ou colocar em quarentena os residentes, quando ficarem doentes. Al�m disso, cuidadores auxiliam os residentes de quarto em quarto, o que torna mais dif�cil limitar a propaga��o do v�rus", diz o artigo.
Os pesquisadores ressaltam ainda que "embora muitos prefiram nem mesmo pensar sobre asilos, eles s�o uma rede de seguran�a essencial para os adultos velhos mais fr�geis, e uma parte da malha de nossa sociedade".
Protocolo � testar apenas quem tem sintomas
Em entrevista � BBC Brasil, Luiz Adalberto dos Santos, presidente volunt�rio do Lar Betel, diz que a institui��o vinha seguindo protocolos de assepsia determinados pelo Minist�rio da Sa�de e pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) desde mar�o.
Ele diz que o Lar Betel conta com uma m�dica, que determinava o afastamento dos funcion�rios a partir de qualquer sintoma de gripe. Os afastados procuravam os servi�os p�blicos e faziam os testes r�pidos.
Esse tipo de testes � feito a partir de sangue ou plasma, e serve para detectar a presen�a de anticorpos do coronav�rus no corpo das v�timas, conhecidos como IgM ou IgG. Os resultados levam entre 10 e 30 minutos para sair.
No caso do Lar Betel, os primeiros testes r�pidos foram realizados no final de mar�o, mas os resultados positivos para covid-19 chegaram apenas em 18 de abril.
Nesse momento, no entanto, j� havia funcion�rios afastados, e alguns idosos com casos graves a ponto de serem encaminhados para interna��o em hospitais. "� bem prov�vel que a contamina��o tenha acontecido pela entrada e sa�da de funcion�rios, que v�o para suas casas", afirmou Santos.
A partir do resultado dos testes r�pidos, a gest�o do asilo pediu apoio da Equipe de Vigil�ncia Epidemiol�gica do munic�pio, que foi at� o local e realizou testes r�pidos sobre todos os residentes e funcion�rios, mesmo sem sintomas.
Segundo informa��es da Anvisa, esses testes r�pidos s�o, no entanto, eficazes apenas cerca de oito dias ap�s os primeiros sintomas de covid-19. Eles frequentemente d�o falsos positivos, ao detectarem anticorpos que podem ter sido produzidos pelo organismo ap�s o contato com outros tipos de coronav�rus.
Al�m disso, se o teste � realizado antes dessa janela de oito dias, � muito poss�vel que n�o detecte nenhum anticorpo, resultando em falsos negativos. O teste r�pido pode tamb�m detectar anticorpos que permanecem no organismo mesmo ap�s o v�rus ter sido eliminado. Por isso, n�o � o suficiente para estabelecer um diagn�stico definitivo de COVID-19.
Segundo Santos, "esse teste protocolar nos causou muita apreens�o, porque sabemos que ele poderia ser negativo ou positivo dependendo do momento em que a pessoa tinha tido o contato com o v�rus".

Mesmo isolando aqueles que testaram positivo, ainda restava d�vida se o v�rus poderia estar presente em outras pessoas capazes de transmiti-lo. "Foi por isso que decidimos fazer os testes moleculares", diz Santos.
Tamb�m conhecidos como PCR, os testes moleculares s�o feitos a partir da coleta de secre��es respirat�rias, na faringe ou na laringe, com uso de um cotonete com haste flex�vel. Esses testes n�o buscam detectar anticorpos, mas sim o material gen�tico dos pr�prios v�rus. S�o realizados em laborat�rios, podem demorar alguns dias para sair, e determinam definitivamente se havia um v�rus no corpo no momento em que as amostras foram coletadas.
Apesar de o governo federal ter, oficialmente, a meta de testar 24,6 milh�es de brasileiros com o PCR ainda em 2020, esses testes t�m sido pouco frequentes no Brasil.
At� o dia 26 de maio, apenas 871,8 mil haviam ocorrido. A m�dia semanal de testagem � de apenas 46,1 mil testes, e havia ent�o mais de 3,7 mil �bitos aguardando exames para determinar se a causa da morte fora mesmo covid-19.
O protocolo oficial para testagens diz que o PCR n�o deve ser aplicado sobre pessoas sem sintomas compat�veis com a covid-19, o que abre espa�o para que pessoas assintom�ticas transmitam o v�rus a outras.
"Tem um prazo at� mesmo para que pessoas sintom�ticas sejam testadas pelo protocolo oficial. Ao longo desse timing, as pessoas que n�o forem isoladas estar�o transmitindo, e � essa situa��o que acomete os lares de idosos e causa o avan�o do v�rus", diz Santos.
Protocolo foi contornado com ajuda do Rotary
N�o h� no Brasil um programa governamental para testagem em massa em institui��es de longa perman�ncia.
O Lar Betel s� foi capaz de contornar o protocolo e realizar os testes moleculares com ajuda do Rotary Club, uma associa��o de clubes iniciada em 1905 nos Estados Unidos. Ela declara o objetivo de "estabelecer a paz e a boa vontade no mundo", e contabiliza no Brasil 2.305 unidades e 52.148 membros.
O asilo foi a primeira institui��o de longa perman�ncia a realizar testes por meio do programa "Corona Zero", do Rotary, que pretende testar todos os trabalhadores e residentes de 1 mil asilos no Brasil.
Entre 77 funcion�rios, 35 testaram positivo, e o restante, negativo. Aqueles que testaram positivo foram afastados.
Todos os 61 idosos do asilo foram testados, e 39 deles estavam infectados com o v�rus. "Foi ent�o que conseguimos separar definitivamente quem eram os idosos positivos e quem eram os idosos negativos, que n�o tinham o v�rus", diz Santos.
O protocolo da Anvisa determina que, ap�s a identifica��o de casos suspeitos ou com confirma��o de covid-19, os residentes devem ser isolados em quartos individuais, se poss�vel, ou, como segunda op��o, em quartos destinados �queles infectados. Mas n�o s�o todas as casas de repouso que t�m infraestrutura para fazer esse tipo de isolamento corretamente.
Souza e Souza, da Fiocruz, ressalta que "esses locais n�o s�o unidades de sa�de, s�o entidades de assist�ncia social, e n�o costumam ter estrutura f�sica para isolamento e tratamento".
Como a maiora dos idosos do Lar Betel estava infectada, a institui��o decidiu isolar em um hotel, em quarentena, aqueles que haviam sido testados negativo — 28 dos idosos.
"A doen�a � muito severa. E, nessa faixa et�ria, as sequelas s�o muito vis�veis para os idosos, que j� t�m outras comorbidades. Alguns faleceram depois de voltarem do hospital para a institui��o", diz Santos.
Nove chegaram a ser internados. At� o dia 29 de maio, 10 desses idosos haviam falecido, outros dois continuavam internados, e tr�s haviam voltado para suas casas.

"Com o agravamento da crise, tanto os funcion�rios quanto os idosos se viram muito abalados, porque viram residentes falecendo, a rotina de tranquilidade sucumbiu. Embora idosos, eles t�m ci�ncia de toda a situa��o", afirma Santos. "Sabem que h� um v�rus, uma doen�a perigosa para eles. E veem colegas, amigos, pessoas do dia a dia sendo acometidos, internados. Nossos funcion�rios foram discriminados por pessoas que simplesmente diziam que eles levavam o v�rus para todo lado. Isso obviamente causa preocupa��o, estresse."
No dia 20 de maio, 28 idosos que haviam sido isolados no hotel voltaram ao Lar Betel. A institui��o diz que est� criando um programa de testagem peri�dica, como forma de evitar uma nova dissemina��o do v�rus. "Agora, falando em n�vel de Brasil, muitos asilos sequer t�m como testar", diz o presidente.
O segundo asilo a realizar os testes em Piracicaba foi o Bem Viver. Segundo Mois�s Taglietta, de 28 idosos, 11 testaram positivo para a covid-19. E, de 15 funcion�rios, 11 testaram positivo. "Talvez tenha sido proporcionalmente o pior de todos, aquele em que o dono acabou ficando t�o desesperado, com a press�o de todo lado, que acabou se enforcando."
A situa��o foi menos grave em outras institui��es. Em entrevista � BBC Brasil, Gisele Feitor, enfermeira do Nosso Lar Casa de Repouso de Idosas, voltado a mulheres, diz que 35 residentes e 29 funcion�rios foram testados para coronav�rus, mas nenhum deles deu resultados positivos.
A institui��o tamb�m est� em isolamento, e as visitas s�o por videochamadas. "Temos feito atividades para tentar suprir a falta do toque, do aconchego da fam�lia, com videochamadas. T�nhamos m�sicas, uma mo�a que vinha tocar para elas, mas as visitas est�o suspensas, e colocamos m�sicas para elas ouvirem com caixas de som", conta.
O isolamento f�sico dos idosos e a redu��o do toque est�o entre as medidas defendidas no artigo dos pesquisadores de Harvard que ressalta, no entanto, que isso "imp�e custos sociais e emocionais significativos aos residentes, que j� s�o isolados".
Os pesquisadores recomendam ainda "educa��o proativa dos cuidadores quanto a lavagem das m�os, uso de equipamento de prote��o". E a garantia do direito de que funcion�rios possam deixar de ir ao trabalho caso fiquem doentes.
Como funciona o programa do Rotary
Entre o dia primeiro e o dia 29 de maio, o projeto do Rotary testou 4.301 idosos e funcion�rios de institui��es para longa perman�ncia, em uma parceria com o Instituto Fleury. "Os casos est�o estourando, todos assintom�ticos, em v�rios lugares", afirmou em entrevista � BBC Brasil Humberto Silva, membro da associa��o e respons�vel pelo programa. Em um asilo em Santo Andr�, na Grande S�o Paulo, por exemplo, 22 dentre 50 idosos estavam contaminados com o coronav�rus.
Silva diz que a ideia de estabelecer um programa de testagem focado no isolamento em massa em asilos surgiu por avaliar que, nos Estados Unidos e na Europa, "houve um abandono dos asilos".
Ele cita um caso que ocorreu em abril na cidade de Andover, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Ap�s uma den�ncia an�nima, a pol�cia encontrou, empilhados em um dos maiores asilos do estado, 17 cad�veres de poss�veis v�timas do coronav�rus, incluindo os de duas enfermeiras.
No sub�rbio de Dorval, pr�ximo a Montreal, no Canad�, funcion�rios de um asilo com 131 atendidos deixaram seus postos com medo de contrair covid-19. Dezenas de idosos foram abandonados, ficando sem acesso � comida, e 31 deles morreram em abril.
"Faltou estrutura para testar idosos e, rapidamente, separar os doentes", disse. Ele avalia que o protocolo de testar com PCR apenas aqueles com sintomas, estabelecido inclusive pela OMS, "� um erro fatal" nos asilos. "Pelo menos 25% das pessoas nunca v�o apresentar sintomas, e elas continuam transmitindo a doen�a. Quando se percebe, a doen�a se espalhou pelo asilo inteiro e matou um monte de gente", afirma.

Ele diz que o Corona Zero levantou R$ 13 milh�es em doa��es, e que o Todos Pela Sa�de, um projeto do Ita� Unibanco que tem como objetivo combater o coronav�rus no Brasil, tamb�m se comprometeu a fazer aportes.
Silva afirma que o projeto pretende se aproveitar dos volunt�rios e da capilaridade do Rotary pelo Brasil para realizar os testes. "Com o Rotary, conseguimos chegar at� o secret�rio de sa�de de um munic�pio, por exemplo." Entre os membros, o Rotary tem feito uma campanha para que os clubes locais "adotem asilos" para implementar neles o projeto de testagem.
"O Minist�rio da Sa�de faz uma conta de cerca de 2 mil asilos ao todo no Brasil, mas � uma confus�o entre casas de repouso e institutos de longa perman�ncia para idosos. O Instituto Longeviver, do Ita�, fala em 4 mil locais. Eu chuto um n�mero aproximado de 3,5mil asilos, com pelo menos 80 mil pessoas", afirma Costa.
Em entrevista � BBC Brasil, Paulo Louzada J�nior, professor de Imunologia Cl�nica da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo em Ribeir�o Preto, afirma que os testes por PCR podem fornecer um retrato da contamina��o em um momento espec�fico. "Teoricamente, voc� tem que fazer novos testes depois", para se certificar de que uma nova contamina��o n�o ocorreu, e continuar preservando os asilos.
Silva, do Rotary, diz que 20% dos testes adquiridos ser�o reservados para realizar novas testagens nos asilos em que casos assintom�ticos surgirem depois da primeira an�lise.
Louzada avalia que a iniciativa � interessante tamb�m porque pode ajudar a obter dados sobre a taxa de contamina��o por covid-19 entre os asilos no Brasil. "N�o temos essa informa��o."
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O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
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Em casos graves, as v�timas apresentam:
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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