
"N�s estamos na primeira onda. Ser� uma grande onda. N�o tem sentido falar de segunda ou terceira."
Foi assim que a porta-voz da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), Margaret Harris, respondeu nesta ter�a (28) a uma pergunta sobre a reacelera��o da pandemia de COVID-19 em locais em que a curva de cont�gio vinha perdendo for�a.
Durante uma coletiva de imprensa virtual, Harris ressaltou que o novo coronav�rus n�o � um "v�rus sazonal".
Diferentemente do v�rus da influenza e da gripe, que costumam circular com maior frequ�ncia nas esta��es mais frias, o Sars-CoV-2 n�o segue um padr�o sazonal - e tem afetado duramente inclusive pa�ses que est�o no ver�o, como os Estados Unidos, hoje o mais atingido pela pandemia.
Chamar os novos surtos de segunda ou terceira onda, para a porta voz da OMS, passa a ideia de que o v�rus se comporta de uma maneira que est� fora do controle do ser humano, quando, na verdade, h� uma s�rie de medidas que podem ser tomadas para evitar sua propaga��o.
"Esse v�rus � muito diferente - ele 'gosta' de todo tipo de clima. O que influi na transmiss�o s�o as aglomera��es, a concentra��o de pessoas e o desrespeito �s medidas de preven��o e distanciamento social", destacou Harris.
Assim, "temos uma grande onda com altos e baixos, que deveremos achatar para garantir que s� nos molhe um pouco os p�s", acrescentou. ''Mas, no momento, (falar em) primeira, segunda, terceira ondas, isso n�o faz sentido e n�o estamos definindo dessa forma.''
As declara��es de Harris foram feitas em meio ao aumento no registro de novos casos em v�rias regi�es do mundo, como na �sia e na Europa, que pareciam haver conseguido desacelerar a curva de cont�gio.

No �ltimo dia 26 de julho, a China viu o maior incremento di�rio no n�mero de infectados desde o fim do m�s de mar�o. Hong Kong, por sua vez, ordenou novamente o fechamento de bares e restaurantes na tentativa de frear um novo surto.
O Vietn�, que n�o registrava nenhum novo caso desde abril, evacuou 80 mil pessoas da cidade de Da Nang ap�s o surgimento de algumas dezenas.
Na Europa, pa�ses como Espanha, Fran�a e Alemanha observam com preocupa��o o aumento do cont�gio e j� alertaram sobre a possibilidade de reimplementar medidas de confinamento caso a situa��o n�o melhore.
"Parece que existe uma ideia arraigada de que se trata de um v�rus sazonal, mas h� um surto enorme, o mais intenso, nos EUA. E eles est�o no meio do ver�o. O mesmo acontece com o Brasil, um pa�s tropical. E o hemisf�rio Sul est� no momento no inverno."
Pelo monitoramento da entidade, diz Harris, ao mesmo tempo em que os ncveis de COVID-19 est�o altos, os de influenza (esse sim um v�rus sazonal) n�o est�o. por isso, e esperado um surto mais tardio de influenza, que pode ''colocar ainda mais press�o nos sistemas de sa�de''.
De acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins at� o �ltimo dia 28 de julho, h� quase 17 milh�es de pessoas infectadas pelo novo coronav�rus no mundo e mais de 660 mil mortos pela doen�a causada por ele, a COVID-19.
O pa�s mais afetado s�o os EUA, com mais de 4 milh�es de pessoas contaminadas e 150 mil v�timas. O Brasil vem em seguida, com 2,4 milh�es de casos confirmados e mais de 88,5 mil mortes.
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