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Estado de Minas

Vacina contra COVID-19 n�o trar� vida de volta ao normal imediatamente, alertam cientistas

Mesmo que uma vacina fique pronta em breve, o processo de aplica��o na popula��o levar� meses. E temos outros desafios e perguntas ainda n�o respondidas pela frente


01/10/2020 18:19 - atualizado 01/10/2020 19:06

É preciso ter realismo nas expectativas sobre 'voltar ao normal'(foto: Reuters)
� preciso ter realismo nas expectativas sobre 'voltar ao normal' (foto: Reuters)
Mesmo uma vacina eficaz contra o coronav�rus n�o far� a vida voltar ao normal imediatamente, alertou um grupo de cientistas importantes.

 

A vacina � frequentemente vista como o Santo Graal que acabar� com a pandemia. Mas pesquisadores reunidos pela Royal Society, a academia brit�nica de ci�ncias, afirmam em um novo relat�rio que precisamos ser "realistas".

 

Eles dizem que as restri��es impostas para conter a propaga��o do v�rus ter�o de ser "relaxadas gradualmente", j� que pode levar at� um ano para que a vacina seja amplamente distribu�da.

Mais de 200 vacinas contra o coronav�rus est�o sendo desenvolvidas por cientistas de todo o mundo em um processo que ocorre com uma velocidade sem precedentes.

 

"Uma vacina oferece uma grande esperan�a de acabar com a pandemia, mas sabemos que a hist�ria do desenvolvimento de vacinas est� repleta de fracassos", disse Fiona Culley, do Instituto Nacional do Cora��o e do Pulm�o do Imperial College London.

 

H� otimismo, inclusive dos consultores cient�ficos do governo do Reino Unido, de que algumas pessoas podem receber uma vacina este ano e a vacina��o em massa pode come�ar no in�cio do pr�ximo ano.

 

No entanto, o relat�rio da Royal Society adverte que ser� um longo processo.

"Mesmo quando a vacina estiver dispon�vel, n�o significa que dentro de um m�s todos ser�o vacinados. Estamos falando de seis meses, nove meses, um ano", disse Nilay Shah, chefe de engenharia qu�mica do Imperial College London.

"A vida n�o vai voltar ao normal de repente em mar�o."

Desafios

O relat�rio apontou que ainda h� desafios "enormes" pela frente. Algumas das abordagens s�o experimentais, como as vacinas de RNA, e nunca foram produzidas em massa antes.

 

H� d�vidas se haver� mat�ria-prima suficiente para produzir tanto a vacina quanto os frascos de vidro nos quais elas s�o transportadas. Tamb�m h� d�vida sobre a capacidade de refrigera��o para sua distribui��o, porque algumas vacinas precisam ser armazenadas a -80ºC.

 

Shah estima que a vacina��o das pessoas teria que ocorrer em um ritmo dez vezes mais r�pido do que a campanha anual contra a gripe e seria um trabalho de tempo integral para dezenas de milhares de funcion�rios devidamente treinados.

 

"Eu me preocupo: estamos pensando suficientemente sobre tudo isso?", disse ele.

 

Os dados dos primeiros testes sugeriram que as vacinas est�o desencadeando uma resposta imune, mas os estudos ainda n�o mostraram se isso � suficiente para oferecer prote��o completa ou diminuir os sintomas da COVID-19.

Perguntas n�o respondidas

Testes demonstraram que algumas vacinas desencadeiam respostas imunes, mas ainda não sabemos se elas nos protegem de fato(foto: Reuters)
Testes demonstraram que algumas vacinas desencadeiam respostas imunes, mas ainda n�o sabemos se elas nos protegem de fato (foto: Reuters)

"Simplesmente n�o sabemos quando uma vacina eficaz estar� dispon�vel, qu�o eficaz ela ser� e, claro, crucialmente, com que rapidez pode ser distribu�da", afimrou Charles Bangham, presidente de imunologia do Imperial College London.

 

"Mesmo se for eficaz, � improv�vel que possamos voltar completamente ao normal de imediato. Teremos que relaxar gradualmente algumas das restri��es."

E muitas quest�es que ir�o ditar a estrat�gia de vacina��o permanecem sem resposta, tais como:

 

- Uma dose ser� suficiente ou ser�o necess�rios refor�os?

 

- A vacina funcionar� bem o suficiente em pessoas idosas, que t�m um sistema imunol�gico mais fraco?

 

Os pesquisadores alertam que a quest�o da imunidade de longo prazo ainda levar� algum tempo para ser respondida.

 

Comentando sobre o relat�rio, Andrew Preston, da University of Bath, disse: "Claramente, a vacina foi retratada como uma bala de prata e, em �ltima an�lise, ser� nossa salva��o, mas pode n�o ser imediata".

 

Ele disse que seria necess�rio discutir se "passaportes de imunidade" s�o necess�rios para garantir que as pessoas que entram em um pa�s est�o imunizadas.

 

Preston alertou ainda que a hesita��o em torno de tomar a vacina parece ser um problema crescente e entremeado por ideologias antim�scara e anti-isolamento.

"Se pessoas se recusarem a receber a vacina, n�s as deixaremos se defender sozinhas ou teremos uma vacina��o obrigat�ria para as crian�as que v�o �s escolas ou para os funcion�rios em lares de idosos? H� muitas perguntas dif�ceis."


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