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Coronav�rus: o que a Europa est� fazendo para tentar conter a segunda onda

Pa�ses anunciam novas restri��es para viagens, neg�cios e reuni�es para impedir uma segunda onda da COVID-19


29/10/2020 14:37 - atualizado 29/10/2020 18:39

O presidente da França Emmanuel Macron anunciou novos bloqueios e regras de distanciamento social para frear a covid-19(foto: Reuters)
O presidente da Fran�a Emmanuel Macron anunciou novos bloqueios e regras de distanciamento social para frear a covid-19 (foto: Reuters)

Depois de ver o n�mero de casos e mortos do novo coronav�rus cair nos �ltimos meses, pa�ses europeus afrouxaram parte das duras regras de distanciamento social adotadas no in�cio da pandemia. Reabriram restaurantes, bares, escolas e parques.

Mas uma segunda onda de cont�gio atingiu a regi�o — em alguns pa�ses de maneira at� mais grave que a primeira — e isso causou um novo endurecimento das regras e at� mesmo novos an�ncios de lockdown, o tipo mais severo de bloqueio.

 

 

 

O presidente franc�s, Emmanuel Macron, anunciou um segundo bloqueio nacional pelo menos durante todo o m�s de novembro. Macron disse que, segundo as novas medidas, adotadas a partir de sexta-feira (30/10), as pessoas s� poder�o sair de casa para tarefas essenciais, comprar mantimentos ou ir ao m�dico.

Com�rcios n�o essenciais, como restaurantes e bares, ser�o fechados. Escolas e f�bricas permanecer�o abertas.

As mortes di�rias por COVID-19 na Fran�a chegaram ao n�vel mais alto desde abril. Na ter�a-feira, 33 mil novos casos foram confirmados.

Macron disse que o pa�s corre o risco de ser "dominado por uma segunda onda que, sem d�vida, ser� mais dif�cil do que a primeira".

O presidente disse ainda que as pessoas precisar�o preencher um formul�rio para justificar a sa�da de suas casas, assim como foi exigido no bloqueio inicial em mar�o. As autoridades francesas dizem que tudo deve ser feito para que "n�o nos sobrecarregue".

Os �nicos locais em que os n�meros permanecem relativamente controlados at� o momento s�o Gr�cia, Noruega e Finl�ndia.

Lockdown e toque de recolher

A Alemanha adotar� o lockdown em novembro. O pa�s manter� apenas escolas e lojas funcionando, de acordo com a chanceler Angela Merkel, ao pedir um "grande esfor�o nacional" para combater a pandemia do coronav�rus.

Os contatos sociais no pa�s ser�o limitados a duas fam�lias, e os bares, restaurantes e lazer ser�o fechados.

O conselheiro especial da Uni�o Europeia, Peter Piot, alertou que cerca de 1.000 europeus morrem todos os dias por conta do v�rus.

O toque de recolher noturno est� em vigor em v�rios pa�ses, inclusive para 46 milh�es de pessoas na Fran�a. No entanto, um ministro apontou que isso n�o foi capaz de impedir as intera��es sociais.

"(O toque de recolher) simplesmente mudou os hor�rios — em vez de se reunirem �s 21h, as pessoas est�o se encontrando �s 18h", disse o ministro que pediu para n�o ser identificado.

O governo alem�o deseja permitir que fam�lias e amigos se encontrem no Natal, mas as infec��es di�rias atingiram um novo recorde de 14.964, com mais 85 mortes registradas nas �ltimas 24 horas.

A Irlanda imp�s medidas r�gidas na semana passada, com o objetivo de reabrir antes do Natal. A It�lia fechou cinemas e academias nesta semana em uma tentativa de "salvar o Natal". Agora o governo do Reino Unido est� sob press�o para agir no mesmo sentido.

O que sabemos?


Policiais checam se pessoas usam máscaras nas ruas da Alemanha(foto: Reuters)
Policiais checam se pessoas usam m�scaras nas ruas da Alemanha (foto: Reuters)

O lockdown alem�o come�ar� na segunda-feira (02/11), nos termos acertados durante uma videoconfer�ncia envolvendo Merkel e os 16 primeiros-ministros estaduais:

— Escolas e jardins de inf�ncia permanecer�o abertos

— Os contatos sociais ser�o limitados a duas fam�lias com um m�ximo de 10 pessoas e o turismo ser� interrompido

— Os bares fechar�o e os restaurantes ser�o restritos a delivery

— Os est�dios de tatuagem e casas de massagem v�o fechar

— As empresas menores, duramente atingidas pelo lockdown, ser�o reembolsadas em at� 75% de suas receitas de novembro de 2019

— Merkel e os primeiros-ministros estaduais devem se reunir novamente no dia 11 de novembro para reavaliar a situa��o

"Temos que agir agora", explicou a chanceler, para evitar uma emerg�ncia nacional.

A Fran�a registrou 523 mortes na ter�a-feira, incluindo 235 em resid�ncias, e a federa��o de hospitais apelou por um bloqueio o mais amplo poss�vel.

"O pa�s est� realmente � beira de ter seu sistema de sa�de saturado", disse, alertando para um n�mero significativo de mortes nos grupos mais vulner�veis.

O governo franc�s foi pego de surpresa pela virul�ncia dessa segunda onda de COVID-19. Cerca de 50 mil novos casos por dia est�o sendo relatados e provavelmente ainda h� uma subnotifica��o.

A propor��o de leitos ocupados por pacientes da COVID-19 � agora de 70% em Paris.


Homem caminha na avenida Las Ramblas, Barcelona, após toque de recolher imposto na Espanha como tentativa de conter segunda onda(foto: EPA/ENRIC FONTCUBERTA)
Homem caminha na avenida Las Ramblas, Barcelona, ap�s toque de recolher imposto na Espanha como tentativa de conter segunda onda (foto: EPA/ENRIC FONTCUBERTA)

Para os neg�cios franceses ser� um enorme golpe — especialmente para os setores de entretenimento e eventos — embora o presidente, sem d�vida, tamb�m diga que agora tamb�m a popula��o pode esperar uma ajuda governamental extra para empresas em pior situa��o.

Depois da recupera��o da economia no terceiro trimestre, agora parece inevit�vel que ela se contraia novamente at� o final do ano, e durante todo o ano de 2020 o governo prev� uma queda de 10% no PIB.

Como o v�rus est� se espalhando?

Embora a Europa Ocidental esteja vendo os n�meros voltando aos n�veis vistos durante a primeira onda, tamb�m h� grandes aumentos na Europa Central e Oriental.

O professor Piot, que chefia a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse que "a situa��o � muito grave e corre o risco de piorar". "As mortes tamb�m est�o aumentando: na semana passada, cerca de um ter�o a mais de mortes do que na semana anterior, o que significa que cerca de 1.000 europeus morrem por dia de COVID."

No seu papel de conselheiro especial do presidente da Comiss�o Europeia, ele disse que atualmente uma m�dia de 60% das pessoas na UE usam m�scaras e, se esse n�mero subisse para 95%, centenas de milhares de vidas poderiam ser salvas.

— Na R�ssia, a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova alertou sobre a situa��o cr�tica na capacidade de leitos hospitalares em 16 regi�es. Cinco delas est�o com 95% da capacidade, diz ela. Agora, as m�scaras s�o exigidas em locais p�blicos em toda a R�ssia.

— Na cidade siberiana de Omsk, duas ambul�ncias n�o conseguiram encontrar leitos para pacientes de COVID-19, ent�o ligaram as sirenes do lado de fora da sede da autoridade de sa�de em protesto. Depois de mais de 12 horas, foram encontrados leitos em um hospital que um funcion�rio disse estar "explodindo pelas costuras"

— A Pol�nia anunciou na quarta-feira mais 18.820 casos e 236 mortes

— A B�lgica atingiu o maior n�mero de hospitaliza��es em um �nico dia (689) desde o in�cio da pandemia de COVID-19. O n�mero de mortes j� ultrapassou 11 mil

— A Espanha registrou mais 267 mortes — o maior n�mero desde 1º de maio

— O toque de recolher noturno come�a �s 21h de quarta (28/10) na Rep�blica Tcheca — exceto para trabalho, passear com o cachorro ou resolver necessidades m�dicas urgentes. As lojas fecham �s 20h. O pa�s voltou a registrar mais de 15 mil novos casos em apenas um dia.



(foto: BBC)
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