
O primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta sexta (22/01) que a nova variante do novo coronav�rus descoberta no pa�s pode matar mais do que as linhagens j� conhecidas, de acordo com novas evid�ncias cient�ficas que est�o surgindo.
Os dados foram coletados e analisados por pesquisadores do NERVTAG (sigla em ingl�s para Grupo de Aconselhamento para Amea�as de V�rus Respirat�rios Novos e Emergentes), que repassou as informa��es para o governo.
A nova cepa surgiu em setembro no interior do Reino Unido, foi identificada em dezembro e, desde ent�o, se tornou a principal vers�o do v�rus na Inglaterra e na Irlanda do Norte — e se alastrou para mais de 50 pa�ses.
"Al�m de se espalhar mais r�pido, agora parece que h� evid�ncias de que a nova variante pode estar associada com uma taxa maior de mortalidade", disse o primeiro ministro.
"O NHS (servi�o p�blico de sa�de do pa�s) est� sob forte press�o gra�as ao impacto dessa nossa variante", afirmou.
An�lise matem�tica
O NERVTAG analisou matematicamente tend�ncias na mortalidade de pacientes infectados com a nova variante do Sars-CoV-2 e com a antiga. A conclus�o inicial foi de que a nova linhagem aparenta ser 30% mais mortal do que a antiga.
Por exemplo, para cada mil pessoas de 60 anos infectadas com a antiga vers�o, cerca de 10 morrem. Mas esse n�mero sobe para 13 em cada 1 mil contaminados com a nova variante.
Essa diferen�a � encontrada quando se olha para os dados de todas as pessoas contaminadas com COVID-19. Mas a an�lise de dados apenas de hospitais mostra que n�o houve aumento na taxa de mortalidade.
O principal conselheiro cient�fico do governo, Patrick Vallance, ressaltou que as evid�ncias sobre as taxas de mortalidade "ainda n�o s�o fortes do suficiente".
"Eu quero destacar que ainda existe muita incerteza sobre esses n�meros e que precisamos trabalhar mais para conseguir entender melhor. Mas obviamente estamos preocupados que haja um aumento na mortalidade e na transmissibilidade", disse Vallance.
Espera-se que tanto as vacinas da Pfizer e quanto a de Oxford funcionem contra essa nova vers�o do v�rus.
Vallance afirma que a maior preocupa��o � com as variantes que surgiram na �frica do Sul e no Brasil. "Elas t�m muta��es que sugerem que podem ser menos suscet�veis a vacinas", disse ele.
"Elas geram mais preocupa��o do que a variante do Reino Unido no momento e precisamos continuar de olho nelas e estudando isso com cuidado."
As variantes encontradas no Brasil e na �frica do Sul s�o diferentes, mas compartilham uma muta��o batizada de E484K, que poderia driblar a a��o de anticorpos de quem j� teve COVID-19 e desenvolveu uma resposta imunol�gica.
Cientistas ainda estudam se isso vem ocorrendo de fato — e, em caso positivo, qual seria o impacto sobre a efic�cia das vacinas.
J� assistiu aos nossos novos v�deos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!