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Estado de Minas

Por que nunca nasceram tantos g�meos no mundo quanto agora

� poss�vel que tenhamos chegado ao pico de nascimento de g�meos pelo mundo, concluiu um relat�rio - que coloca a Am�rica do Sul como exce��o.


12/03/2021 22:28 - atualizado 12/03/2021 22:28

A taxa de gêmeos nascidos em todo o mundo aumentou em um terço desde os anos 1980(foto: Getty Images)
A taxa de g�meos nascidos em todo o mundo aumentou em um ter�o desde os anos 1980 (foto: Getty Images)
Cada vez mais g�meos est�o nascendo no mundo, mas pode-se ter atingido o pico desses nascimentos, segundo pesquisadores.

 

Cerca de 1,6 milh�o de g�meos nascem a cada ano em todo o mundo — uma em cada 42 crian�as.

 

Gesta��es mais tardias e interven��es m�dicas, como a fertiliza��o in vitro, aumentaram a taxa de nascimentos de g�meos em um ter�o desde os anos 1980, particularmente nas regi�es mais ricas do mundo.

 

Mas pode ser que esse �ndice comece a diminuir em breve, pois o foco dos tratamentos m�dicos para fertilidade tem mudado para apenas um beb� por gravidez, o que torna a gesta��o menos arriscada.

 

De acordo com um artigo publicado na revista Human Reproduction, o pico foi alcan�ado devido a grandes aumentos nas taxas de beb�s g�meos em todas as regi�es do mundo nos �ltimos 30 anos — um aumento que chegou a 32% na �sia e a 71% na Am�rica do Norte.

 

Os pesquisadores coletaram informa��es sobre as taxas de "gemina��o" de 165 pa�ses de 2010 a 2015 e as compararam com as taxas de 1980 a 1985.

 

O n�mero de g�meos nascidos por mil partos � agora particularmente alto na Europa e na Am�rica do Norte - e em todo o mundo passou de nove a cada mil partos para 12 a cada mil.

 

A Am�rica do Sul, por�m, � uma exce��o: aqui, o n�mero de partos de g�meos baixou de 102 mil entre 1980 e 1985 para 100 mil entre 2010 e 2015.

 

"Entre 2010 e 2015, o n�mero absoluto de partos de g�meos foi mais alto do que nunca em �mbito mundial e em todas as regi�es globais, exceto pela Am�rica do Sul, onde declinou um pouco", aponta o estudo.


Dar à luz a gêmeos é mais arriscado para a mãe e os bebês(foto: Getty Images)
Dar � luz a g�meos � mais arriscado para a m�e e os beb�s (foto: Getty Images)

As taxas de incid�ncia de g�meos na �frica, por sua vez, sempre foram altas e n�o mudaram muito nos �ltimos 30 anos, o que pode ser explicado pelo crescimento populacional da regi�o.

 

A �frica e a �sia representam cerca de 80% de todos os partos de g�meos no mundo atualmente.

 

O professor Christiaan Monden, autor do estudo da Universidade de Oxford, disse que havia uma raz�o para isso.

 

"A taxa de g�meos na �frica � t�o alta por causa do grande n�mero de g�meos dizig�ticos — g�meos nascidos de dois �vulos separados", diz.

 

"Isso ocorre provavelmente devido a diferen�as gen�ticas entre a popula��o africana e outras popula��es."

 

As taxas de gemina��o na Europa, Am�rica do Norte e pa�ses da Oceania t�m aumentado.

 

A principal raz�o, explicam os especialistas, tem a ver com o uso crescente da reprodu��o assistida desde os anos 1970,como a insemina��o artificial e a estimula��o ovariana.

 

Todas essas t�cnicas aumentam a probabilidade de um nascimento de g�meos.

 

As mulheres que optam por engravidar mais tarde, o aumento do uso de anticoncepcionais e a diminui��o da fertilidade em geral tamb�m desempenham um papel nesse aumento, diz o estudo.

 

Mas a �nfase agora est� nas gesta��es �nicas, que s�o mais seguras, explica Monden.

 

"Isso � importante, porque os partos gemelares est�o associados a taxas mais altas de mortalidade entre beb�s e crian�as, e mais complica��es para m�es e crian�as durante a gravidez e depois do parto", diz ele.

 

Os g�meos t�m mais complica��es no nascimento, nascem prematuros com maior frequ�ncia, t�m menos peso e taxas de mortalidade mais altas.

Chances de sobreviv�ncia

A an�lise descobriu que o destino dos g�meos em pa�ses pobres era mais preocupante.

Na �frica Subsaariana, em particular, muitos g�meos perder�o seus irm�os no primeiro ano de vida — mais de 200 mil a cada ano.

 

"Embora as taxas de gemina��o em muitos pa�ses ricos ocidentais estejam agora se aproximando dos �ndices da �frica Subsaariana, h� uma enorme diferen�a nas chances de sobreviv�ncia", disse o professor Jeroen Smits, tamb�m autor do estudo.

 

Olhando para o futuro, os pesquisadores dizem que a �ndia e a China ter�o um papel importante nas taxas de gemina��o futuras, tamb�m sob a influ�ncia do decl�nio na fertilidade, da fertiliza��o in vitro e das escolhas das fam�lias por gesta��es mais tardias.


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