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Sputnik V: o que se sabe sobre a vacina russa que tem efetividade de 97,6%, de acordo com novo estudo

Imunizante j� foi autorizado em 62 pa�ses, segundo o instituto Gamaleya, respons�vel por seu desenvolvimento, mas ainda n�o foi aprovado pela Anvisa no Brasil, onde governo federal, Estados e munic�pios negociam milh�es de doses.


19/04/2021 21:13 - atualizado 19/04/2021 21:13

O uso da Sputnik já foi autorizado em 51 países, que reúnem uma população somada de 1,3 bilhões de pessoas(foto: Reuters)
O uso da Sputnik j� foi autorizado em 51 pa�ses, que re�nem uma popula��o somada de 1,3 bilh�es de pessoas (foto: Reuters)
A vacina russa Sputnik V teve at� agora uma efetividade de 97,6%, de acordo com um an�ncio feito na segunda-feira (19/04) pelo Instituto Gamaleya, respons�vel por seu desenvolvimento.

 

A taxa � baseada em um estudo realizado a partir do acompanhamento de 3,8 milh�es de russos que j� receberam as duas doses do imunizante.

Esses resultados s�o ainda melhores do que os primeiros estudos de efic�cia divulgados anteriormente.

 

A efetividade � a taxa atestada no mundo real, com a aplica��o em massa.

 

Hoje, 62 pa�ses, com uma popula��o de 3 bilh�es de pessoas, j� autorizaram o uso emergencial ou concederam o registro da Sputnik V.

 

No Brasil, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) est� analisando um pedido de uso emergencial da Sputnik V feito pela farmac�utica Uni�o Qu�mica, que fechou um acordo com o Gamaleya para fabrica��o e distribui��o da vacina russa localmente.

 

Dezenas de milh�es de doses j� foram compradas pelo governo federal, Estados e munic�pios do pa�s, que agora aguardam o aval da ag�ncia para come�ar a aplica-la.

 

Entenda a seguir o que se sabe sobre esse imunizante at� o momento.

O que apontaram os testes feitos na R�ssia?


Sputnik V foi registrada na Rússia antes mesmo de ter eficácia comprovada em testes(foto: Reuters)
Sputnik V foi registrada na R�ssia antes mesmo de ter efic�cia comprovada em testes (foto: Reuters)

 

As duas primeiras fases dos estudos cl�nicos da Sputnik V come�aram na R�ssia no final de junho, quando foi investigado se a vacina, que � aplicada em duas doses com diferen�a de 21 dias entre elas, � segura e leva � produ��o de anticorpos. Cada fase teve 38 participantes.

 

Publicados no peri�dico The Lancet, os resultados apontaram que s� foram registrados eventos adversos leves e nenhum grave, e que todos os participantes desenvolveram uma resposta imunol�gica capaz de combater o coronav�rus e impedir a infec��o por ele.

 

A Sputnik V foi aprovada nesses testes e partiu para a terceira e �ltima etapa do estudo, para verificar se ela realmente conseguiria proteger contra a covid-19.

 

Os resultados preliminares desta fase foram publicados no The Lancet em 2 de fevereiro e revelam uma taxa de efic�cia de 91,6%. A efic�cia contra casos moderados e graves da doen�a foi de 100%.

 

A pesquisa, feita com 20 mil volunt�rios, continua em andamento para avaliar a prote��o ou poss�veis efeitos colaterais em longo prazo. O objetivo � chegar a 40 mil participantes.

 

Outra importante observa��o do artigo publicado no The Lancet foi o fato de a Sputnik V ter funcionado bem em indiv�duos acima dos 60 anos. Na an�lise de um subgrupo de 2 mil idosos, a efic�cia tamb�m ficou na casa dos 91%.

 

Agora, um estudo realizado com 3,8 milh�es de pessoas que j� tomaram duas doses da vacina, entre 5 de dezembro e 31 de mar�o, apontaram uma efetividade de 97,6%.

 

Desse grupo, 0,027% foram infectados pelo novo coronav�rus a partir de 35 ap�s a data da aplica��o da primeira dose. O �ndice foi de 1,1% entre adultos que n�o foram vacinados.

 

A pesquisa ainda n�o foi publicada, mas isso ser� feito em maio, de acordo com o Gamaleya.

Como funciona a Sputnik V?


Vacina russa usa a mesma tecnologia do imunizante de Oxford(foto: Reuters)
Vacina russa usa a mesma tecnologia do imunizante de Oxford (foto: Reuters)

 

Essa vacina usa uma tecnologia conhecida como vetor viral n�o replicante, que j� � pesquisada h� d�cadas pela ind�stria farmac�utica e � a mesma da vacina de Oxford.

 

Esse tipo de vacina usa outros v�rus inofensivos para simular no organismo a presen�a de uma amea�a mais perigosa e que se deseja combater para gerar uma resposta imune.

 

No caso da vacina russa, ela � feita com adenov�rus que causam resfriados em humanos. Eles foram modificados para n�o serem capazes de se replicar depois que entram nas c�lulas humanas.

 

Os cientistas inseriram neles as instru��es gen�ticas para a produ��o de uma prote�na caracter�stica do novo coronav�rus, a esp�cula.

 

Uma vez injetados no organismo, eles entram nas c�lulas e fazem com que elas passem a produzir e exibir essa prote�na em sua superf�cie.

 

Isso alerta o sistema imunol�gico, que aciona c�lulas de defesa e, desta forma, aprende a combater o Sars-CoV-2, o que proteger� uma pessoa se ela for infectada pelo v�rus.

Onde a vacina j� foi aprovada?

A Sputnik V tornou-se em 11 de agosto a primeira vacina a ser aprovada registrada no mundo por uma autoridade sanit�ria — no caso, a ag�ncia da pr�pria R�ssia — antes msmo de os testes de efic�cia serem conclu�dos.

Desde ent�o, o pa�s imunizante j� recebeu autoriza��o de uso emergencial ou teve seu registro definitivo concedido em mais 61 pa�ses.

 

S�o eles (em ordem alfab�tica): Angola, Ant�gua e Barbuda, Arg�lia, Argentina, Arm�nia, Azerbaij�o, Bahrein, Belarus, Bol�via, B�snia e Herzegovina, Camar�es, Cazaquist�o, Congo, Djibouti, Egito, Emirados �rabes, Eslov�quia, Filipinas, Gab�o, Gana, Guatemala, Guiana, Guin�, Honduras, Hungria, �ndia, Ilhas Maur�cio, Ir�, Iraque, Jord�nia, Laos, L�bano, Maced�nia do Norte, Mali, Marrocos, M�xico, Mianmar, Mold�via, Mong�lia, Montenegro, Nam�bia, Nicar�gua, Panam�, Palestina, Paquist�o, Paraguai, Qu�nia, Quirguist�o, Rep�blica da Guin�, Rep�blica do Congo, San Marino, S�o Vicente e Granadinas, Seicheles, S�rvia, S�ria, Sri Lanka, Tun�sia, Turcomenist�o, Uzbequist�o, Venezuela e Vietn�.

E no Brasil?

Em mar�o, um cons�rcio de nove governos do Nordeste anunciou a compra de 37 milh�es de doses da Sputnik V, e o governo federal divulgou a aquisi��o de mais 10 milh�es de doses.

 

O Cons�rcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, formado pelo Distrito Federal e os Estados de Goi�s, Maranh�o, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rond�nia e Tocantins, tamb�m divulgou que negocia a compra de cerca de 30 milh�es de doses.

 

O Cons�rcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, que representa 2,5 mil munic�pios, divulgou a inten��o de comprar 30 milh�es de doses.

 

V�rios outros Estados e cidades tamb�m j� disseram ter a inten��o de comprar a vacina russa. Mas isso depende do aval da Anvisa.

 

A ag�ncia est� analisando um segundo pedido de uso emergencial feito pela Uni�o Qu�mica. O primeiro havia sido entregue em janeiro, mas foi devolvido pela ag�ncia por n�o apresentar os requisitos m�nimos para an�lise, e acabou sendo cancelado.

 

A empresa deu entrada em uma segunda solicita��o em 26 de mar�o. Uma vez feito o pedido de uso emergencial, a ag�ncia tem 30 para analisar a solicita��o e emitir seu parecer. A Anvisa informa que um imunizante "precisa ter demonstrado um m�nimo de 50% de efic�cia, al�m de seguran�a bem estabelecida" para ser aprovado.

 

De acordo com o site da ag�ncia sobre o andamento destes pedidos, 15,48% da documenta��o necess�ria ainda n�o foi enviada e que 63,75% ainda precisa ser complementada. O restante j� foi analisado ou est� em an�lise.

 

Al�m do pedido de uso emergencial, 11 Estados (Acre, Bahia, Cear�, Maranh�o, Mato Grosso, Par�, Pernambuco, Piau�, Rio Grande do Norte, Rond�nia e Sergipe) pediram � Anvisa autoriza��o para importar o imunizante.

 

Em uma reuni�o com os governadores no in�cio de abril, a ag�ncia se comprometeu a buscar ativamente informa��es para avaliar o pedido de importa��o junto � Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) e � Ag�ncia Europeia de Medicamentos (EMEA).

 

A Anvisa tem at� 30 dias para analisar esse pedido. Se n�o o fizer, o autor da solicita��o fica autorizado a importar e distribuir o imunizante. A decis�o foi referente a um pedido do governo do Maranh�o, feito em 29 de mar�o.

 

A ag�ncia tamb�m enviou uma equipe � R�ssia para inspecionar as f�bricas da vacina russa, que n�o � um requisito para importa��o, mas � uma exig�ncia para a autoriza��o de uso emergencial feito pela Uni�o Qu�mica.

 

Anteriormente, a farmac�utica havia informado ter capacidade de fabricar e distribuir 150 milh�es de doses do imunizante at� dezembro de 2021. A empresa tem um acordo com o Gamaleya para transfer�ncia de tecnologia.


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