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Estado de Minas COVID-19

Ritmo da vacina��o: Brasil pode ter 211 mil novas mortes at� fim do ano

Em contrapartida, se pa�s quadruplicar taxa di�ria de imuniza��o, cerca de 50 mil vidas seriam salvas, segundo c�lculos


24/06/2021 22:18 - atualizado 24/06/2021 23:12

Pesquisadores constataram que, se Brasil mantiver taxa de vacinação atual, de 360 mil pessoas por dia, haverá entre 188 mil a 211 mil novas mortes por covid até o fim do ano, dependendo da eficácia do imunizante(foto: Mario Tama/Getty Images)
Pesquisadores constataram que, se Brasil mantiver taxa de vacina��o atual, de 360 mil pessoas por dia, haver� entre 188 mil a 211 mil novas mortes por covid at� o fim do ano, dependendo da efic�cia do imunizante (foto: Mario Tama/Getty Images)

Se o ritmo de vacina��o atual n�o mudar, o Brasil pode ter at� 211 mil mortes por covid do fim de junho � virada do ano, diz um novo estudo realizado por pesquisadores brasileiros.

Atualmente, o pa�s vacina, em m�dia, 360 mil pessoas por dia. Em contrapartida, se o Brasil quadruplicar a imuniza��o (para 1,44 milh�o), cerca de 50 mil vidas seriam salvas, acrescenta a pesquisa.




Os c�lculos foram feitos por especialistas em Ci�ncia da Computa��o das universidades de S�o Jo�o del-Rei (UFSJ) e Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

Eles usaram modelos matem�ticos levando em conta variantes como casos ativos, taxa de imuniza��o, efic�cia das vacinas, mortalidade entre vacinados e n�o vacinados e transmiss�o do v�rus.

A partir da�, simularam tr�s cen�rios:

Cen�rio 1: Taxa de vacina��o fixa de 360 mil por dia e efic�cias de 50%, 75% e 90%.

Cen�rio 2: Taxa de vacina��o fixa de 720 mil por dia e efic�cias de 50%, 75% e 90%.

Cen�rio 3: Taxa de vacina��o fixa de 1,44 milh�o por dia e efic�cias de 50%, 75% e 90%.

"Em todas as simula��es realizadas, consideramos que toda vacina leva 35 dias para desencadear a resposta imune e � considerada na taxa de vacina��o di�ria somente a quantidade de aplica��es de primeira dose. A popula��o m�xima a ser vacinada � limitada em 160 milh�es, o que corresponde ao n�mero de pessoas aptas � imuniza��o, de acordo com o Programa Brasileiro de Imuniza��o", dizem os pesquisadores.

E constataram que, se o Brasil mantiver a taxa de vacina��o atual, de 360 mil pessoas por dia, haver� entre 188 mil a 211 mil novas mortes por covid at� o fim do ano, dependendo da efic�cia do imunizante. No primeiro caso, 90%. No segundo, 50%.

A Coronavac, a vacina mais prevalente no Brasil, tem uma efic�cia geral de 50,38%, segundo o Instituto Butantan, de S�o Paulo.

J� se o pa�s duplicar a taxa de vacina��o atual, para 720 mil pessoas por dia, o modelo prev� 23.467 mortes a menos (redu��o de 23%), quando comparado com a taxa de vacina��o do Cen�rio 1.

E essa taxa fosse quatro vezes maior, a simula��o prev� que o Brasil poderia reduzir o n�mero de �bitos em 28%, com 45.765 vidas salvas at� o fim do ano.

"Se considerarmos somente um aumento na efic�cia da vacina (de 75% para 90%), e mantivermos a taxa em 360 mil por dia, ter�amos 6.476 �bitos a menos no final dos 365 dias".

Segundo os pesquisadores, no atual ritmo de vacina��o, a covid n�o seria totalmente controlada at� o fim do ano, "independentemente da efic�cia da vacina, pois o n�mero de casos ativos ainda seria significante (199.383 casos ativos, no melhor cen�rio)".


Covid já matou mais de 500 mil no Brasil(foto: Getty Images)
Covid j� matou mais de 500 mil no Brasil (foto: Getty Images)

"Al�m disso, com essa taxa n�o seria atingido o objetivo de 160 milh�es de pessoas imunizadas at� dezembro, como anunciado pelo atual ministro da Sa�de, em 11/06/2021", acrescentam.

Eles concluem que "nesse contexto, as proje��es sugerem que a taxa de vacina��o continua sendo mais importante do que a efic�cia da vacina para mitigar a pandemia e, principalmente, reduzir o n�mero de �bitos".

"Por�m, os n�meros projetados de mortes ao longo do ano s�o muito altos em qualquer cen�rios estudado, os quais simulam apenas o impacto da vacina��o no enfrentamento da pandemia. Assim, nosso estudo sugere que mesmo com a vacina��o, as medidas n�o farmacol�gicas, como distanciamento social e uso de m�scaras, s�o de fundamental import�ncia para prevenir a propaga��o da doen�a e diminuir o n�mero de mortes ao longo do ano".

O Brasil superou a marca de 500 mil mortes por covid-19 em 19 de junho. Atualmente, � o segundo pa�s do mundo com o maior n�mero de �bitos pela doen�a, atr�s apenas dos EUA, com cerca de 600 mil mortos.

Proje��es indicam, no entanto, que o Brasil deve superar os EUA nos pr�ximos meses.

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