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Estado de Minas PANDEMIA

�micron: dor de garganta se torna sintoma mais comum da nova variante da covid

Alguns estudos indicam que a �micron tem maior probabilidade de infectar a garganta do que os pulm�es


29/01/2022 07:40 - atualizado 29/01/2022 16:41


Mulher enrolada em cobertor segurando xícara de chá e com a mão na garganta
Estudos indicam que a �micron tem maior probabilidade de infectar a garganta do que os pulm�es (foto: Getty Images)

Cerca de dois meses ap�s ser identificada pela primeira vez no Brasil, a variante �micron j� � a prevalente nos casos de COVID-19 no pa�s, de acordo com informa��es divulgadas na coletiva de imprensa do Minist�rio da Sa�de em 11 de janeiro.

Embora os sintomas n�o sejam t�o diferentes daqueles causados por outras variantes, h� sutis mudan�as na forma de apresenta��o da doen�a, e muitos dos pacientes infectados na nova onda t�m relatos parecidos: o sintoma de dor de garganta antes de a maioria dos demais sinais da COVID-19 aparecerem.

O que os estudos dizem?

Dados do Zoe COVID Symptom Study, um projeto que registra, via smartphone, como centenas de milhares de pessoas infectadas est�o se sentindo no Reino Unido, indica que at� o fim de dezembro, 57% das pessoas com �micron relataram dores de garganta.

 

 

 

Algumas evid�ncias cient�ficas indicam que a �micron tem maior probabilidade de infectar a garganta do que os pulm�es, o que pode explicar por que parece ser uma variante mais infecciosa, mas talvez contribuindo para a incid�ncia de mortes ser menor do que outras vers�es do v�rus - hip�teses que ainda est�o sendo estudadas com grandes grupos de pessoas.

Um pequeno estudo divulgado no come�o de janeiro, ainda em formato pr�-print (ainda sem a revis�o por pares, na qual outros cientistas avaliam o conte�do), mostra que, em uma pessoa infectada pela �micron, a carga viral atinge o pico na saliva um a dois dias antes de atingir o pico na �rea do nariz.

Outra an�lise pequena foi feita na Noruega, com 66 pessoas que foram infectadas pela variante �micron ap�s participarem de uma festa de Natal, e os resultados indicam que 72% desenvolveram dor de garganta com dura��o m�dia de tr�s dias. A maioria havia sido vacinada com duas doses de um imunizante com a tecnologia de mRNA (como � o caso da vacina da Pfizer distribu�da no Brasil).

Por que a �micron causa dor de garganta na maioria das pessoas?

Ainda faltam estudos para que a ci�ncia chegue a uma resposta concreta.

"O que parece � que a variante apresenta uma prefer�ncia pelas c�lulas da via �rea superior - garganta, seios da face e orofaringe, apesar de ainda faltarem informa��es que nos comprovem e indiquem por qu�. S�o �reas onde � mais raro surgirem complica��es graves", aponta Larissa Camargo, m�dica otorrinolaringologista do Hospital Santa L�cia, de Bras�lia, que tem tratado dezenas de pacientes com os sintomas causados pela covid-19 no nariz e garganta.


Mão com luva segura ampola com etiqueta escrito ômicron
A �micron j� � a variante prevalente nos casos de covid-19 no Brasil (foto: Getty Images)

Segundo o infectologista Evaldo Stanislau Affonso de Ara�jo, membro da diretoria da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia), nessa �rea onde o v�rus se replica intensamente, a am�dala � inflamada como mecanismo de defesa.

"E por isso surge a dor, um dos sinais de defesa. � a explica��o mais plaus�vel da alta carga viral presente nessa regi�o."

No fim de 2021, an�lises feitas em modelos animais mostraram que a replica��o da variante �micron era muito mais intensa em br�nquios do que no pulm�o - corroborando a ideia de "prefer�ncia" do v�rus em manter-se na via �rea superior.

Mas os dados com animais n�o devem ser considerados definitivos.

"Os resultados n�o s�o traduz�veis para os seres humanos e podem, inclusive, dar a ideia errada de que a variante � mais branda, quando a principal causa de os sintomas serem menos graves � a alta porcentagem de pessoas vacinadas", aponta Andr� Giglio Bueno, m�dico infectologista, curador do projeto HubCovid, que busca informar sobre a doen�a, e professor da disciplina de infectologia da Faculdade de Medicina da PUC/Campinas.

O que fazer para melhorar a dor de garganta causada pela �micron?

A otorrinolaringologista Larissa Camargo explica que, assim como em outros sintomas leves, a estrat�gia � controlar a dor e o desconforto de sinais como congest�o nasal e coriza.

"Com indica��o m�dica, podem ser usados medicamentos anti-inflamat�rios, corticoide nasal e oral, e � recomendado fazer a lavagem nasal como soro fisiol�gico."

Outros sintomas da �micron al�m da dor de garganta

Os sintomas podem aparecer entre dois dias e duas semanas ap�s a exposi��o ao v�rus. Entre os mais comuns est�o:

- Dores musculares ou no corpo;

- Dor de cabe�a

- Cansa�o extremo

- Febre

- Calafrios

- Tosse

- Falta de ar ou dificuldade para respirar

- Dor de garganta

- Congest�o ou nariz escorrendo

- N�usea ou v�mito

- Diarreia

- Perda de paladar ou olfato

Sintomas tendem a ser mais leves para quem est� vacinado?

Sim. "O principal benef�cio da vacina � reduzir o risco de se precisar de interna��o e o de �bito. O imunizante torna a infec��o mais leve, fazendo com que sintomas que poderiam ser mais duradouros ou intensos sejam brandos", aponta Bueno.

Orienta��es de isolamento mudaram recentemente

De acordo com atualiza��es feitas pelo Minist�rio da Sa�de no dia 10 de janeiro, o tempo de isolamento pode ser reduzido para quem foi infectado pelo coronav�rus.


Mulher sendo vacinada
A vacina contra covid torna a infec��o mais leve (foto: Getty Images)

O isolamento de casos leves e moderados dever� ser feito por 7 dias, desde que a pessoa n�o apresente sintomas respirat�rios e febre h� pelo menos 24 horas e nem precise fazer uso de antit�rmicos.

Aqueles que realizarem teste (RT-PCR ou teste r�pido de ant�geno) com resultado negativo no 5º dia poder�o sair do isolamento, antes do prazo de 7 dias, desde que n�o apresentem sintomas respirat�rios e febre, h� pelo menos 24 horas.

Para aqueles que no 7º dia ainda apresentem sintomas, � necess�ria a realiza��o de um novo teste.

Caso o resultado seja negativo, a pessoa dever� aguardar at� passar 24 horas sem sintomas respirat�rios e febre, e sem o uso de antit�rmico, para sair do isolamento.

J� se o diagn�stico for positivo, o isolamento dever� ser mantido por pelo menos 10 dias contados a partir do in�cio dos sintomas.

Assim como nos outros casos, a sa�da do isolamento pode ser feita desde que n�o apresente sintomas respirat�rios e febre, e sem o uso de antit�rmico, h� pelo menos 24h.

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