A hist�ria de uma volunt�ria que faz parte de um dos testes de vacina contra o novo coronav�rus no Brasil viralizou nas redes sociais em pouco mais de dois dias.
“A COBAIA DO D�RIA QUE TOMOU A VACINA. ‘Comecei a me sentir muito indisposta, enorme moleza no corpo, muito sono, cansa�o e febre de 38 graus, meu corpo inteiro come�ou a doer; e os olhos a lacrimejar, a dor no bra�o � absurda, mal posso levant�-lo [sic]”, diz o texto que acompanha a foto de uma mulher, em publica��es compartilhadas mais de 5,4 mil vezes no Facebook (1, 2, 3, 4) desde o �ltimo dia 25 de julho, fazendo refer�ncia ao governador de S�o Paulo, Jo�o Doria.
Junto com essa imagem h� legendas como: “Coronovac da china [sic]”, “Rea��o da Vacina do D�ria, algu�m mais a� se disp�e a ser cobaia ?! [sic]” e “Tem ot�rio pra TUDO, at� pra aceitar ser cobaia de vacina Ching ling. Cad� o governo brasileiro que n�o pro�be esse caos? [sic]”.
A fotografia com o texto tamb�m circulou em publica��es no Instagram (1, 2) e Twitter (1).
Na imagem � poss�vel ver o endere�o do site da revista Marie Claire, no site da Editora Globo, onde est� a mesma fotografia da mulher vista nas postagens viralizadas. Trata-se de Jackeline Desiderrio, que foi aceita como volunt�ria dos testes da vacina de Oxford, e n�o da desenvolvida pela farmac�utica chinesa.
Na mat�ria publicada no mesmo dia 25 de julho, Jackeline conta como foi o processo de candidatura aos testes, aceita��o, o momento da vacina e suas rea��es.
De fato, o texto visto nas postagens viralizadas narra as suas rea��es - “Comecei a me sentir indisposta, com uma enorme moleza no corpo, muito sono, cansa�o e febre de 38 graus. Em seguida, meu corpo inteiro come�ou a doer; e os olhos, a lacrimejar. Fora a dor no bra�o que � absurda, mal posso levant�-lo” - est� no depoimento.
Contudo, o teste do qual Jackeline faz parte � o da vacina de Oxford, que assinou um compromisso com a Fiocruz para a sua produ��o, n�o da vacina da farmac�utica chinesa Sinovac Biotech, em parceria com o Instituto Butantan - a chamada “CoronaVac”.
A volunt�ria especifica que a equipe lhe deu um term�metro para acompanhar a sua temperatura e “comprimidos de paracetamol, para caso tivesse febre”, uma rea��o esperada nestes testes.
A mat�ria da revista ainda faz uma ressalva de que “os participantes desse estudo da Universidade de Oxford n�o sabem se tomaram a vacina feita para combater a COVID-19. Isso acontece porque o grupo de vacinados � dividido em dois, os que recebem a vacina para a COVID-19 e os que recebem o placebo”.
Este procedimento de divis�o em dois grupos � semelhante ao realizado pelo Instituto Butantan, ligado ao governo estadual de S�o Paulo, como explicou a assessoria da institui��o ao Checamos: “Nessa fase, de aplica��o da vacina propriamente dita, uma parte ir� receber a vacina e outra parte vai receber apenas um placebo” e apenas um grupo restrito saber� quem recebeu a vacina, ou o placebo, para o acompanhamento dos resultados.
Para que uma vacina seja produzida, em uma de suas etapas s�o criados os chamados “grupos de controle” com volunt�rios para avaliar a efic�cia. Isso significa que uma parte das pessoas receber� a vacina em quest�o, e a outra, uma vacina placebo, o que � definido aleatoriamente e restrito a um grupo de pesquisadores.
A AFP tamb�m conversou com uma volunt�ria dos testes da vacina de Oxford, M�nica Levi, que citou alguns dos efeitos que podem existir - “mal-estar, calafrio, dor de cabe�a, febre”. Ela disse ter sentido “dor de cabe�a e calafrio” e para isso tomou “paracetamol”. “Mas nem sei se eu tomei a vacina, ou a vacina placebo, [pois] 50% dos volunt�rios recebam a vacina placebo. Mas a gente n�o vai saber durante o estudo que vacina que recebemos”.
E completou: “Depois de tomar a vacina a gente tem que voltar em 28 dias, tr�s meses, seis meses e um ano. Nesses retornos eles v�o recolher exame de sangue. � Oxford que vai analisar o nosso sangue”.
A Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp) � a institui��o respons�vel pelos testes do estudo da Universidade de Oxford, em parceria com o laborat�rio AstraZeneca, que conta com 5 mil volunt�rios brasileiros.
Em resumo, � falso que a mulher que relatou � imprensa poss�veis sintomas a uma vacina contra o novo coronav�rus seja volunt�ria dos testes da “CoronaVac”, da farmac�utica chinesa Sinovac Biotech e que tem sido testada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. Jackeline Desiderrio �, na verdade, volunt�ria dos testes da vacina da Universidade de Oxford, e n�o sabe se tomou de fato a vacina, ou um placebo.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
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Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
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- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
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Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.
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