(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CHECAMOS

A pol�tica de pre�os da Petrobras vigente em 2022 n�o foi criada no governo de Dilma Rousseff

Paridade de pre�os com mercado internacional foi medida de Michel Temer, que assumiu a Presid�ncia depois de Dilma ter sido afastada pelo impeachment


29/06/2022 17:58 - atualizado 30/06/2022 08:25

Publica��es alegando que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva criticou a pol�tica de pre�os da Petrobras vigente em junho de 2022 apesar de sua sucessora Dilma Rousseff ter sido a respons�vel por sua implementa��o foram compartilhadas mais de 400 vezes desde, pelo menos, 17 de junho.

No entanto, a paridade de pre�os com o mercado internacional n�o foi uma medida do governo Dilma, mas, sim, de Michel Temer, que assumiu a Presid�ncia depois de ela ter sido afastada pelo processo de impeachment.

'Lula critica pol�tica de paridade internacional de pre�os da Petrobras, mas esquece que foi Dilma que implantou', diz o texto visto na captura de tela feita de um site e compartilhada no Facebook, Twitter e Instagram.

Captura de tela feita em 28 de junho de 2022 de uma publicação no Facebook
Captura de tela feita em 28 de junho de 2022 de uma publica��o no Facebook ( . / )

As publica��es come�aram a circular no mesmo dia em que a Petrobras anunciou um novo reajuste nos pre�os dos combust�veis. Nos �ltimos dois anos, os combust�veis t�m sofrido uma forte alta de pre�os, resultante principalmente da valoriza��o do d�lar e do aumento da cota��o do barril de petr�leo no mercado internacional.

Lula, que � pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, afirmou em mais de uma ocasi�o (1, 2) que, caso ven�a as elei��es presidenciais de outubro deste ano, n�o manter� a atual pol�tica de pre�os da Petrobras.

Mas, apesar de as publica��es virais alegarem que Lula critica a pol�tica de pre�os que 'Dilma implantou', a medida n�o foi tomada no governo da ex-mandat�ria.

A pol�tica de pre�os atrelada aos pre�os internacionais foi anunciada em nota pela petrol�fera em 14 de outubro de 2016.

O texto explica que a pol�tica tem como base dois fatores: a paridade com o mercado internacional e uma 'margem' usada para remunerar riscos inerentes � opera��o, como, por exemplo, a volatilidade da taxa de c�mbio.

'A diretoria executiva definiu que n�o praticaremos pre�os abaixo desta paridade internacional', afirma o an�ncio.

A nota tamb�m explica a diferen�a dessa pol�tica para a anterior:

'A principal diferen�a em rela��o ao que ocorre hoje � o prazo para os ajustes em rela��o ao mercado internacional. A nova pol�tica prev� avalia��es para revis�es de pre�os pelo menos uma vez por m�s. � importante ressaltar que, como o valor desses combust�veis acompanhar� a tend�ncia do mercado internacional, poder� haver manuten��o, redu��o ou aumento nos pre�os praticados nas refinarias'.

Procurada pela AFP, a assessoria de imprensa da Petrobras confirmou que a pol�tica de pre�os vinculada ao mercado internacional foi implementada em 14 de outubro de 2016.

Em outubro de 2016, Dilma Rousseff n�o ocupava a Presid�ncia da Rep�blica. Ela j� havia sofrido o processo de impeachment que resultou em sua destitui��o em 31 de agosto de 2016.

Diferentemente do que sugerem as publica��es virais, durante o seu governo, Dilma Rousseff se op�s expressamente � paridade dos pre�os, sendo criticada por interferir na Petrobras, gerando preju�zos para a empresa.

Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro tem reclamado de novos reajustes e chegou a sugerir a instaura��o de uma CPI da Petrobras para investigar os aumentos dos pre�os.

Este conte�do tamb�m foi verificado pela Ag�ncia Lupa e pelo Yahoo Not�cias.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)