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Estado de Minas PREVEN��O

Maturidade sadia: � preciso se cuidar

Adotar bons h�bitos alimentares, estilo de vida saud�vel e incorporar atividades f�sicas na rotina s�o fatores determinantes para um envelhecimento ativo


06/12/2020 06:00 - atualizado 07/12/2020 13:21

Aos 77 anos, Nísia Maria Freitas Maletta faz questão de aproveitar a vida e cuidar do corpo e da mente(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press 25/1/18)
Aos 77 anos, N�sia Maria Freitas Maletta faz quest�o de aproveitar a vida e cuidar do corpo e da mente (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press 25/1/18)


Chegar � velhice com autonomia, sa�de e qualidade de vida � o que muita gente procura. O problema � que a maior parcela das pessoas n�o incorpora um estilo de rotina que ajude nessa finalidade, como atividades f�sicas regulares, h�bitos alimentares equilibrados e cuidados preventivos.

Ao mesmo tempo, uma parte grande da popula��o est� ciente de que mudar o dia a dia considerando esses conceitos poderia auxiliar a ter uma maturidade sadia.
 
Assim como as quest�es gen�ticas, os h�bitos e comportamentos s�o determinantes na sa�de, e influenciam, para o bem ou para o mal, na condi��o de vida ao longo do tempo, como refor�a o m�dico e diretor t�cnico do Hospital Vera Cruz, Porf�rio Andrade.

"Se temos h�bitos ruins ao longo da vida, n�o nos preocupamos a curto prazo, isso vai chegar na velhice. Ao contr�rio, se tivermos o cuidado da sa�de baseado em uma boa alimenta��o, atividades f�sicas, conviv�ncia social, gerenciando tamb�m as doen�as cr�nicas e fatores de risco, isso gera um envelhecimento saud�vel", salienta.
 
A aposentadoria n�o precisa significar estar parado. Segundo o m�dico, � sempre importante continuar envolvido com alguma atividade intelectual. A carga gen�tica tamb�m tem reflexo no aparecimento de doen�as. Mas o estilo de vida e um acompanhamento adequado da sa�de s�o fatores determinantes para um envelhecer ativo.
 
O acompanhamento m�dico � importante desde o nascimento, mas deve ser refor�ado na maturidade, fase em que as pessoas est�o mais vulner�veis �s doen�as cr�nicas.

O m�dico pondera que, se s�o realizados todos os exames de rotina e a ida ao m�dico respeita a periodicidade anual, e tudo est� sob controle, n�o h� necessidade de consultas e exames desnecess�rios, o que est� em grande medida relacionado � condi��o de cada pessoa.
 
Em geral, o geriatra � o cl�nico do idoso. "O mais importante � que a pessoa tenha seu m�dico de refer�ncia. Ele encaminha para as demais especialidades, quando julgar necess�rio." Al�m do geriatra, torna-se igualmente importante um acompanhamento multidisciplinar, concorda o m�dico geriatra do Hospital Madre Teresa, Ronaldo Araujo Gabriel. "� bom procurar tamb�m nutricionista, fisioterapeuta, psic�logo, terapeuta ocupacional e profissionais de enfermagem", salienta.
 
O isolamento social com a pandemia aumentou o contexto de medo, inseguran�a, e potencializou desequil�brios como estresse, ansiedade e depress�o entre os idosos, pontua Porf�rio.

Ronaldo Araujo cita outras influ�ncias da quarentena na sa�de dos mais velhos: ao lado do comprometimento da sa�de mental, a sarcopenia, processo natural e progressivo de perda de massa muscular.
 
A conviv�ncia social, continua Porf�rio, � determinante no envelhecimento ativo. A socializa��o, informa, estimula a autonomia, independ�ncia e traz felicidade.

"Grupos de terceira idade, religiosos, passeios, viagens. Isso ajuda muito." Realizar atividades em conjunto melhora a aten��o, a mem�ria e a cogni��o, como indica Ronaldo Araujo. A intera��o social proporciona o bem-estar f�sico e mental, sobretudo na maturidade.

Bom astral


A receita de N�sia Maria Freitas Maletta, de 77 anos, vi�va h� 15, � sair de casa, passear e se exercitar, o que n�o est� t�o frequente com a COVID-19. O casamento de 34 anos deu frutos – tr�s filhos e cinco netos.

Ela revela que toma duas ta�as de vinho ao dia, h� quase 30 anos, e adora fazer a pr�pria comida – refrigerante s� para desentupir pia, diz, descontra�da. N�o aguenta reclam�es e tem afli��o de quem passa o dia inteiro em casa na frente da televis�o, se queixando de dores.
 
Tamb�m p�e a cabe�a para funcionar. Escreve cr�nicas e poesias, para externar as sensa��es e percep��es do mundo. A conviv�ncia com os mais jovens � outro fator que a faz lhe sentir bem. Mesmo assim, morando sozinha e com autonomia, diz que aprecia estar consigo mesma, sem receio da solid�o.
 
Adepta da nata��o, hidrogin�stica e acupuntura, parou com essas atividades s� mesmo por motivo da pandemia. Mesmo assim, diz que adora jogar basquete com os netos e come�a a aprender viol�o, para ela um �timo exerc�cio para a mem�ria.
 
A d�cima filha de 11 irm�os, a brincalhona N�sia tem no bom humor e na proximidade com as pessoas amadas aliados para uma vida com qualidade. "Temos que estar para cima sempre. Se formos pensar bem, at� os jovens est�o estressados, tomando rem�dio para tudo", compara.
 
Com quest�es de sa�de que n�o passam muito do controle da tireoide, ela salienta que vai ao m�dico n�o para tratar doen�as, mas sim para preveni-las. Diz que encarou os primeiros meses do coronav�rus numa boa, lendo, escrevendo, arrumando a casa, selecionando livros para doa��o, conversando com os grupos de amigos.

Dona de cabelos prateados, como descreve, n�o d� import�ncia para o aspecto externo. "N�o gosto de espelhos. Dentro de mim, tenho no m�ximo 45 anos. Posso ter rugas no rosto, o que n�o pode enrugar � a alma."

 

Principais doen�as que acometem os idosos 

 
– Dem�ncias, como Parkinson e Alzheimer, entre outras
– Doen�as cardiovasculares, como hipertens�o arterial, que pode resultar em infarto agudo do mioc�rdio e derrames cerebrais
– Doen�as neurol�gicas
– Doen�as pulmonares: pneumopatias, como DPOC
– C�ncer
 –Diabetes
– Osteoporose
– Depress�o
– Entre as doen�as agudas est�o a pneumonia, infec��o urin�ria e infec��o gastrointestinal

Fontes: Ronaldo Araujo Gabriel, m�dico geriatra do hospital Madre Teresa, e Porf�rio Andrade, m�dico e diretor t�cnico do Hospital Vera Cruz

Doen�as que mais acometem os idosos

 
Um sinal importante da manifesta��o de problemas de sa�de no idoso est� relacionado � perda de atividades de vida di�ria. � fundamental procurar orienta��o m�dica e n�o associar tais altera��es como natural da idade. Alguns fatores indicam o problema, como:

  • Altera��o do humor
  • Depress�o
  • Apatia
  • Perda da mem�ria
  • Confus�o mental
  • Inapet�ncia
  • Agita��o e alucina��es
  • Desorienta��o
  • Ins�nia
  • Perda de peso
  • Altera��o da marcha e equil�brio
  • Medo de cair

Fontes: Ronaldo Araujo Gabriel, m�dico geriatra do hospital Madre Teresa,  e Porf�rio Andrade, m�dico e diretor t�cnico do Hospital Vera Cruz 


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