A luta pelo voto, a amplia��o da participa��o feminina no mercado de trabalho e a atua��o crescente na vida p�blica s�o as principais conquistas que devem ser comemoradas hoje (8) pelas mulheres no Dia Internacional da Mulher, disse � Ag�ncia Brasil o historiador Oswaldo Munteal, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). “� a mulher como sujeito da a��o, dentro da evolu��o pol�tica brasileira”, afirmou. Para o historiador, a luta pelo voto no Brasil foi uma conquista de muitas mulheres isoladamente e tamb�m do movimento coletivo de mulheres, ao participarem das for�as de trabalho nas f�bricas, no campo e no setor de servi�os.
O segundo eixo importante na amplia��o do papel feminino na sociedade � a sua participa��o na fam�lia, deixando para tr�s a imagem restrita de m�e e companheira. “A mulher adquire cada vez mais uma lideran�a no lar, n�o como representante da m�e e esposa, mas � a trabalhadora”. Esse processo de
O historiador destacou ainda que as mulheres, na entrada do s�culo 21, passaram a protagonizar os postos mais relevantes do pa�s. Um exemplo � Dilma Rousseff, eleita no ano passado a primeira presidenta do Brasil. “A mulher hoje � a grande expectativa, do ponto de vista de g�nero, de uma virada neste mundo t�o conservador que n�s temos. � um mundo muito masculino, extremamente machista e violento”. Segundo ele, esse novo eixo abre perspectivas positivas para a mulher no mundo.
O professor da Uerj tamb�m falou do papel da mulher no carnaval. A observa��o � que existe uma “coisifica��o” evidente da mulher, sobretudo nessas datas festivas, “onde aparece como grande produto nas prateleiras dos meios de comunica��o. A mulher � consumida nos meios de comunica��o como uma esp�cie de commoditie (produtos minerais e agr�colas comercializados no mercado internacional), como soja. Se consome no olhar. N�o � um consumo s� objetivo, f�sico. � um consumo do voyerismo, que atinge diversas camadas da sociedade brasileira e mundial”.
Apesar das conquistas, Oswaldo Munteal afirmou que h� muito ainda para se avan�ar na hist�ria das lutas sociais das mulheres no Brasil. “H� muito que caminhar. Mas, eu vejo, feliz, a mulher chegando ao poder. Vejo pessoas na luta para expandir a presen�a da mulher nesse campo”. Assinalou a necessidade de um processo de amadurecimento e de convencimento da sociedade civil de que a mulher tem um papel a exercer que n�o o de objeto, mas como sujeito da hist�ria.