Rio de Janeiro – Um documento sobre a situa��o dos �ndios da Aldeia Maracan�, que ocupam o pr�dio do antigo Museu do �ndio, ser� entregue nesta ter�a-feira pelo defensor p�blico da Uni�o Andr� Ordagcy �s secretarias estaduais da Casa Civil e de Assist�ncia Social do estado. O documento prop�e o di�logo entre os ocupantes do pr�dio e o governo do Rio.
O defensor � autor de a��es civis p�blicas, uma delas para a perman�ncia do povo da Aldeia Maracan� no local. Em nota divulgada ontem (28), o governo fluminense desistiu de demolir o pr�dio, que fica ao lado do Est�dio Jornalista M�rio Filho, o Maracan�. Segundo a nota, o pr�dio ser� reformado e tombado. Mas, de acordo com o defensor, o governo ainda insiste que haja uma desocupa��o do local pelos ind�genas que vivem l� desde 2006.
O governo pretende construir um Centro de Refer�ncia da Cultura de Povos Ind�genas, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio, e criar o Conselho Estadual de Direitos Ind�genas. A Secretaria de Assist�ncia Social informou que ir� prestar toda a assist�ncia necess�ria, inclusive oferecendo transporte para retorno �s aldeias de origem ou abrigos estatais.
“N�o sei dizer se interessa aos �ndios. Em princ�pio, eles repudiaram. A ideia deles � permanecer naquele local, at� porque hoje s�o os leg�timos propriet�rios, j� que usucapiram [adquiriram por uso] o antigo Museu do �ndio”, disse o defensor.
A decis�o de reformar e tombar o museu foi tomada depois que a Justi�a, em car�ter liminar, no dia 26, impediu a demoli��o do edif�cio, que tem 150 anos. Em nota divulgada ontem (28), o governo do Rio informou que “o estado ouviu as considera��es da sociedade a respeito do pr�dio hist�rico, datado de 1862, analisou estudos de dispers�o do est�dio e concluiu que � poss�vel manter a constru��o no local. O destino do pr�dio, ap�s o tombamento, ser� discutido conjuntamente pelo governo do estado e a prefeitura do Rio", diz a nota.