Uma testemunha teria visto um homem pardo, trajando apenas short, sendo torturado dentro dos limites da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha, em 14 de julho, dia em que o pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, desapareceu. Essa pessoa, que teria feito o relato a moradores da favela, est� sendo procurada pelo advogado Jo�o Tancredo, que representa a fam�lia de Amarildo.
Dias ap�s o sumi�o, moradores fizeram um protesto cobrando explica��es. Depois, policiais da UPP, acompanhados por familiares, estiveram em uma �rea de matagal � procura de vest�gios, mas n�o encontraram nada. Um l�der comunit�rio que pediu para n�o ser identificado disse ontem, 5, � reportagem ter ouvido de uma moradora que, horas ap�s essa busca, viu policiais circulando pela mata transportando sacos pretos.
Tancredo vai ajuizar nos pr�ximos dias uma a��o de declara��o de morte presumida, utilizada quando n�o h� corpo. Segundo ele, a lei estipula prazo de cinco anos para se declarar a morte presumida de algu�m. Por�m, em condi��es excepcionais, como um acidente a�reo, o prazo n�o precisa ser respeitado.
“A pol�cia n�o nega que tenha levado Amarildo para a UPP. E o fato concreto � que n�o h� registro dele saindo de l�. A fam�lia tem certeza de que ele est� morto”, disse. Assim que a declara��o for emitida, a fam�lia vai ingressar com uma a��o de indeniza��o contra o Estado.