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Estado de Minas

Acusado por sumi�o de Amarildo � denunciado por tortura


postado em 27/11/2013 10:35

Preso desde 4 de outubro acusado de envolvimento na tortura seguida de morte e oculta��o do cad�ver do pedreiro Amarildo Souza, o soldado da PM Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, foi denunciado � Justi�a por torturar outros dois moradores da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio.

De acordo com as den�ncias do Minist�rio P�blico do Rio, �s quais a reportagem teve acesso, as sess�es de tortura ocorreram antes do sumi�o de Amarildo, na noite de 14 de julho. As duas v�timas, menores de idade, s� decidiram denunciar o caso ap�s a repercuss�o do desaparecimento do pedreiro.


Um dos adolescentes disse � promotora Marisa Paiva que a primeira sess�o de tortura ocorreu em abril deste ano, num beco. Segundo o rapaz, Vital - junto com outros dois PMs n�o identificados - colocou um saco pl�stico em sua cabe�a, enquanto exigia informa��es sobre paradeiro de traficantes da favela, al�m da localiza��o de armas e drogas. Na mesma ocasi�o, o jovem disse ter sofrido choques. A tortura s� terminou quando a m�e do menor chegou ao local.

A segunda tortura ocorreu entre 10h e 20h de 13 de julho, v�spera do sumi�o de Amarildo, dentro do Centro de Comando e Controle (CCC) da Unidade de Pol�cia Pacificadora da Rocinha. O adolescente estava detido no local em virtude de cumprimento de mandado judicial. Segundo o menor, Vital e o soldado Adson Nunes da Silva colocaram sua cabe�a dentro de um vaso sanit�rio e acionaram a descarga. Em seguida, os PMs despiram o adolescente e amea�aram introduzir um cabo de vassoura em seu �nus. Por fim, obrigaram que ele ingerisse cera l�quida. O objetivo da tortura tamb�m seria obrig�-lo a fornecer informa��es sobre traficantes de drogas da Rocinha. Segundo o MP, as les�es corporais foram descritas no laudo de exame de corpo de delito da v�tima.

A segunda v�tima tamb�m revelou � promotora ter sido torturada duas vezes por Vital. Em maio, Vital abordou o rapaz na Rua 2 e colocou um saco pl�stico em sua cabe�a para for��-lo a fornecer informa��es sobre o tr�fico. Depois, o menor foi levado para o CCC, onde teve os p�s amarrados. Uma semana depois, por volta de 1h da madrugada, o rapaz voltou a ser abordado na Rua 2, desta vez por Vital e outros tr�s PMs que ele n�o soube identificar. O menor narrou que foi levado para um barraco, onde Vital colocou cacos de vidro em sua boca e esfregou. Nos dois casos, a v�tima s� foi liberada depois que sua m�e chegou e come�ou a gritar.

As duas den�ncias de tortura foram distribu�das para as 31ª e 40ª Varas Criminais do Rio, que j� abriram processo. Com isso, os soldados Douglas Vital e Adson Nunes tornaram-se r�us. Os magistrados, no entanto, indeferiram os pedidos de decreta��o da pris�o preventiva dos policiais. Os PMs ainda n�o constitu�ram advogados nos dois processos. Adson Nunes n�o foi localizado pela reportagem.

Liberdade negada
Na semana passada, os desembargadores da 8ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a do Rio negaram, por unanimidade, o pedido de habeas corpus feito pela defesa de quatro PMs acusados de envolvimento de Amarildo. Al�m de Douglas Vital, permanecer�o presos preventivamente os soldados Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gon�alves Coelho e Victor Vinicius Pereira da Silva.


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